ANO
11 |
Desde os Emirados Árabes Unidos
FÉRIAS 15/24
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EDIÇÃO
3262
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Estamos, uma vez mais em Abu Dhabi. No desenho de nossas férias planejamos
sete dias em Paris, intercalados de 15 dias no Golfo Persico. O prelúdio
parisiense ocorreu de 14 a 18 de janeiro. Após este, viajamos para Doha. Assim,
estivemos cinco dias no Qtar aos quais aditamos os oito dias de cruzeiro, que
encerramos ontem em Dubai. Da maior cidade dos Emirados Árabes Unidos viemos a
sua capital, Abu Dhabi, onde ficaremos até quarta-feira, quando retornaremos à
Paris, para o posfácio da viagem, que se encerará na segunda-feira, com a viagem
Paris/Lisboa/Porto Alegre.
Assim, mesmo que tenhamos estado em Abu Dhabi, com o cruzeiro no
último sábado, na manhã de ontem, expandimos aqui nossa estada na região onde
humanos venceram a rudez do deserto criando oásis feitos por cidades modernas— ou,
mesmo futurísticas — que semearam nas areias e nas águas, onde fazem surgir
ilhas artificiais que acolhem caravaneiros contemporâneos.
A distância entre as duas capitais dos dois mais importantes dos
sete emirados é de 165 km que percorremos em sua maior parte em magnifica autoestrada,
a qual só tem acesso automóveis, com três amplas pistas em cada direção. O
senhor Muhamadh venceu o trecho em menos de duas horas com habilidade, talvez
porque em alguns trechos usasse o ‘rosário islâmico’ para recitar algumas suras
corânicas. A rodovia está assentada sobre o deserto e é margeada pelas
onipresentes tamareiras com alguns povoados, sempre com as casas agrupadas em
torno de uma mesquita.
A Wikipédia ensina que “a tamareira ou datileira (Phoenix
dactylifera) é uma palmeira extensivamente cultivada pelos seus frutos
comestíveis, as tâmaras [vale lembrar que em inglês tâmara é date]. Pelo fato de ser cultivada há
milênios, a sua área natural de distribuição é desconhecida, mas seria
originária dos oásis da zona desértica do norte de África [...]. É uma palmeira
de média dimensão, de 15 a 25 m de altura, por vezes surgindo em touceira, com
vários espiques (caule da palmeira) partilhando o mesmo sistema radicular, mas
em geral crescendo isolada. As folhas são frondes pinadas, com até 3 m de
comprimento, com pecíolo espinhoso e cerca de 150 folíolos. Cada folíolo tem
cerca de 30 cm de comprimento e 2 cm de largura”.
Existem dezenas de variedades de tamareiras. Recolho de site português
que as “tâmaras são uma boa fonte de potássio na dieta, assim como um
ingrediente útil nas formulações hidratantes para os cosméticos.[...] é também
um alimento que provém da palmeira tamareira, que em grego tem a designação de
Phoenix. O nome que ainda hoje é dado ao fruto – Dactylifera – vem da palavra
grega dactylos, que significa dedos. Em árabe, a palavra tâmara significa dedo
de luz (douglat nour), devido à forma e à transparência luminosa dos frutos da
tamareira. A par destas e de outras curiosidades que giram em torno deste
fruto, o seu interesse reside fundamentalmente nas propriedades nutricionais e
cosméticas e, por consequência, nos benefícios que traz para a saúde”
http://lifestyle.sapo.pt/saude/saude-e-medicina.
Ontem à noite na janta, encantado com tudo que já ouvi nestes
últimos dias tomei, pela primeira vez suco de tâmaras. Gostei muito. Lembro
nesses dias as leituras de Karl May (1842—1912), um ficcionista alemão, onde um
dos livros era ‘Laranjas e Tâmaras’
que narrava histórias de beduínos.
Desejo em um sonho fantástico,
ofertar a cada uma e cada um dos leitores destas edições férias 2017, algumas
tâmaras. E que façam bom proveito