ANO
8 |
WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR
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EDIÇÃO
2759
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Esta edição entra em circulação com um pequeno atraso. A quarta-feira
já avançava e eu ainda estava vindo do aeroporto. O carinhoso esforço de minha
querida colega Maria Eunice Marcondes, que percorreu intrincados labirintos
para me fazer chegar com mais presteza a Congonhas, depois da fala na USP, foi
baldado. Mesmo chegando a tempo não pude antecipar meu voo, pois o pretendido
já estava e com lista de espera.
A ir e voltar a São
Paulo no mesmo dia teve compensações acadêmicas muito significativas. A fala no
Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino
de Ciências teve um auditório repleto, talvez umas 60 pessoas que participaram
com atenção, aplaudiram com entusiasmo manifestaram seu contentamento com
pedidos de autógrafos e fotografias e com mensagens que encontrei ao chegar. Ver
no auditório alguns luminares da Educação nas Ciências no Brasil deixou-me
nervoso, mas muito gratificado. Sou grato especialmente ao Prof. Dr. Cristiano
Mattos pelo convite e pelas gentilezas dispensadas.
A preparação
do blogue foi facilitada por mensagem que recebi e transcrevo. Fazê-lo aqui
traduz a satisfação que original mensagem me trouxe. Parece que prevejo um
colaborador em futuras edições.
Estimado Mestre,
em dias passados ensaiei dois
comentários no seu blogue. Não tiveram nenhuma ressonância, pois nem o senhor
ou qualquer leitor os referiu. Acompanho seus propósitos de fazer alfabetização
cientifica neste blogue há muito: desde que senhor opinava algo a qualquer
comentário postado.
Em um de meus comentários falei acerca de afirmação muito significativa, contida dentro de um parêntesis quando o senhor assuntou chimarrão no versejar do Jair Limerique e diz não esposar este gauchismo exacerbado de alguns se julgando que são 'raça superior'. Minha outra intervenção foi quando o senhor anunciou o livro da Luciana e destacou o tênue limite entre o sagrado e o profano, mostrando a cachaça e o vinho, quimicamente similares e, liturgicamente, tão díspares. Uma demonizada e outro feito sangue divino.
Afinal, comecei uma arenga que já se espraia pelos campos ondulados das coxilhas onde a vista se perde e não falei quem sou e de onde escrevo.
Nos dois comentários mais recentes assinei como Heráclito de Parma. Fantasiei-me de cidadão da simpática cidade italiana, que nós conhecemos mais pela indústria de leite e derivados que fez má história por aqui.
Prefiro lembrar esta linda
cidade medieval, provavelmente fundada pelos etruscos, com um adjetivo muito
saboroso que nos deu: parmegiano. Só agora quando lhe escrevo, dou-me conta que
teria muito mais glamour se assinasse Heráclito Parmegiano. Há propósito, permito-me juntar uma imagem de Parma, que guardo viva
na lembrança desde 2002, quando lá estive.Em um de meus comentários falei acerca de afirmação muito significativa, contida dentro de um parêntesis quando o senhor assuntou chimarrão no versejar do Jair Limerique e diz não esposar este gauchismo exacerbado de alguns se julgando que são 'raça superior'. Minha outra intervenção foi quando o senhor anunciou o livro da Luciana e destacou o tênue limite entre o sagrado e o profano, mostrando a cachaça e o vinho, quimicamente similares e, liturgicamente, tão díspares. Uma demonizada e outro feito sangue divino.
Afinal, comecei uma arenga que já se espraia pelos campos ondulados das coxilhas onde a vista se perde e não falei quem sou e de onde escrevo.
Nos dois comentários mais recentes assinei como Heráclito de Parma. Fantasiei-me de cidadão da simpática cidade italiana, que nós conhecemos mais pela indústria de leite e derivados que fez má história por aqui.
Na verdade sou de Icujá Seco. Icujá é um riachuelo de uns 20 km, afluente do rio Jacuí. Sempre me pareceu muito simpático, leia-se sonoro, este diminutivo de riacho, talvez por evocações históricas de certa batalha. Moro as margens do Icujá, que vez ou outra se torna quase seco, permitindo atravessá-lo sem molhar muito acima das canelas.
Sou professor aposentado municipal. Fui/sou mestre-escola com anos de atuação em classes multisseriada. Trouxe a alternativa "sou" porque com muita frequência volto à escola ou para substituir um colega que precisa faltar ou para participar de algumas práticas agrícolas. Há dias falava com o diretor acerca da possibilidade de convidá-lo para algumas palestras aqui. O diretor disse que achava que o senhor não viria a esses cafundós. Então, lhe contei de suas idas recentes a Palmitinho, Caiçara... Uma maratona modelo aquela que o prof. Vanderlei fez com senhor na Escola Sepé Tiaraju seria a glória para Icujá Seco. Imagino, à noite, o senhor fazendo a palestra A Ciência é masculina? É, sim senhora! no salão paroquial e o padre Aparício o fuzilando com os olhos de bolitas saltadas. Se a internet aqui não fosse tão ruim poderíamos organizar uma visita do senhor à escola por Skype.
Mas além de ser um professor intermitente hoje sou agricultor enraizado em posturas ecológicas, ou agricultura orgânica, como insistem em referir alguns néscios. Aquelas suas blogadas em dezembro acerca de localívoros foram fundantes de algumas posturas aqui. Qualquer dia vou contar de meus cultivares.
Polímata e atencioso mestre, obrigado pelas aulas de cada dia neste blogue e agradecido por abrir espaços para charlarmos aqui.
A admiração do Heráclito Parmegiano