ANO
13 |
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EDIÇÃO
3390
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Depois de quatro
semana estou de volta. Muito aconteceu desde 28 de dezembro, quando circulou a última
edição deste blogue. Temer era o Presidente, agora é o pai do Flávio, com previsíveis
desmandos e desmanches.
Houve férias e como todas:
sempre muito curtas. A edição 2019 saborosamente
curtíssimas. Acrescentei mais um país a minha lista de países que já estive: 52º República Dominicana. E estando em Santo Domingo estive no primeiro
sítio urbano que os europeus fizeram no Novo Mundo. Então, pude estar na primeira
catedral e ver também a primeira universidade da América.
Mesmo que hoje
quando viajamos não nos descolamos de nosso mundinho o retorno sempre nos
encontra desadaptados. Quando podemos guardar o passaporte não somos mais alienígenas.
Quando no último
domingo retornava ao Brasil, no borbulhar de notícias dois destaques: um
doloroso, outro sumarento.
O dolorosamente impactante: o anúncio dos rituais de despedidas do meu ex-aluno
na PUC e ex-colega na UFRGS: Prof. Dr. VALTER STEFANI, que falecera no sábado. Agora
não encontrarei mais o vibrante professor de Química Forense nos eventos científicos.
Lembrei muito do Valter nos últimos dias. Meu amigo Edni Oscar Schroeder fez
uma admirável síntese do Valter: Foi
um Colaborador na origem da Área de Educação Química da UFRGS - segurando uma
barra com os, então, "pesquisadores” no nosso ainda
continuado embate absurdo entre Ciência hard e Ciência soft. Obrigado Valter! pelas
significativas parcerias que tornam inarráveis as divergências que tivemos.
Um anúncio sumarento: Tomava
conhecimento que entre os dias 21 e 24 de janeiro no Instituto Latino-Americano
de Estudos Avançados da UFRGS ILEA a 9ª Escola de Verão, com o tema Revoluções Científicas
atuais. As atividades seriam
realizadas no Auditório do ILEA, no Campus do Vale, sempre das 14h às 18h,
conforme a programação disponibilizada (na reprodução).
Consultei a
programação. Falto com a modéstia: parecia
que programação fora produzida para mim. Era tudo que eu precisava para
apaziguar incruentas saudades determinadas pelas férias que se esvaiam. Não
precisei de outro convencimento para estar na tórrida tarde de segunda-feira
21, no auditório do ILEA. Repeti a dose na terça, quarta e quinta e lamentei
que não houvesse atividades hoje, sexta-feira. Foram nove mesas redondas com 23
conferencistas. Cheguei a pensar em fazer alguns destaques. Teria que referir
mais que duas dezenas se tal fizesse.
Haviam cerca de 500
inscritos, de meia centena de departamentos da UFRGS, parte dos quais lotaram
nas quatro tardes o auditório do ILEA e outros acompanhavam a transmissões em
tempo real pelo Facebook.
Eu devo dizer, que
em minha graduação e na aurora de meu 59º ano de professor não recordo que em
um evento tenha fruído tão densos e qualificados conhecimentos. Não foram só
novos saberes que foram partilhados, mas também assuntos que ensinei (ou
ensino) foram trazidos com competência. Assim, além de o que o como se transmutou em esplendorosas aulas de didáticas.
Esta 9º Escola de Verão do ILEA foi verdadeiro maná para estes dias cinzentos
que estamos vivendo.
Tive um algo mais
por não ter optado a acompanhar pelo Facebook a Escola de Verão: encontrar colegas
que não via há muito. Isto é algo que faz bem para o cérebro. Uma evidência que
em cada um dos quatro entardeceres voltei de carona com um colega. E mais: foi
muito gratificante ter recebido depoimentos de alguns colegas — como por
exemplo do Prof. Dr. Rui Oppermann, Reitor da UFRGS — acerca da importância de
meu ser professor na sua formação.
Muito competente e
querido Professor José Vicente Tavares dos Santos, diretor do ILEA, que venha
uma 10ª Escola de Verão! A 9ª parece ser um bálsamo para viver a espera nesses
dias procelosos que se inauguraram no Brasil depois do doloroso domingo, 28 de
outubro.