TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

sexta-feira, 7 de março de 2025

Por que este ano o carnaval é mais tarde (03/03)?

  07/03/2026 Sexta-feira, 07 de março de 2025// Ano 16<> Edição 2811

Preliminarmente devo trazer uma notícia indigesta: não realizei a disfunção que na pretérita sexta-feira, 28/02,  agastou e terminou sem encerrar a última blogada do primeiro bimestre de 2025. Tento uma recuperação.

Não raro sou criticado por ser por demais igrejeiro em muito dos temas aqui assuntados. Justifico quando  me refiro que estudo (também) Ciência e Religião. Nesta edição que escrevo acerca do Carnaval (na última terça-feira 04/02 os assuntos vêm a calhar. Eis uma questão: Por que a data do Natal (25 de dezembro) é fixa e a data da Páscoa é móvel(entre 22 de março e 25 de abril)? Mais uma interrogação: Por que este ano o carnaval é bem mais tarde (03/03)?  Nos 16 anos deste blogue ofereci textos a fruir a quase cada ano.

O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua). A Páscoa ocorre sempre na primeira lua cheia do equinócio de primavera no Hemisfério Norte (ou de outono no Hemisfério Sul). Como o calendário lunar é independente do calendário solar, vemos que essa variação é de trinta e quatro dias, ou seja, cinco semanas menos um dia. Como o equinócio (quando temos o dia com 12 horas de sol e 12 horas de noite) de outono (no Hemisfério Sul) é em 22 de março, há a possibilidade de variação entre 22 de março e 25 de abril.

Ainda com ações restritas no computador, encerro este registro com convite aos crentes a que se integrem aos habitantes do Planeta em orações pelo restabelecimento da saúde do Papa Francisco e aos não crentes lembrar que torcer é uma maneira agnóstica de rezar. Torçamos pelo batalhador da Paz na Terra.


sábado, 1 de março de 2025

Por que este ano o carnaval será bem mais tarde?

28 fevereiro de 2025// Ano 16<> Edição 2809

Fevereiro se esvaziava: o primeiro bimestre de 2024 terminava e começava o mais extenso feriadão do ano começava.

Pergunta capital: Por que este ano o carnaval era bem mais tarde? Nos 16 anos deste blogue oferecia textos a fruir a quase cada ano. Tudo pronto para simplesmente aguardar o pôr-do-sol para a desejada postagem.

O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua).

A Páscoa ocorre sempre na primeira lua cheia do equinócio de primavera no Hemisfério Norte (ou de outono no Hemisfério Sul). Como o calendário lunar é independente do calendário solar vemos que essa variação é de trinta e quatro dias, ou seja, cinco semanas menos um dia. Como o equinócio (quando temos o dia com 12 horas de sol e 12 horas de noite) de outono (no Hemisfério Sul) é em 22 de março, há a possibilidade de variação entre 22 de março e 25 de abril.

Num momento quase mágico desaparecem todos os arquivos gestado durante horas. Não consigo recuperar o produzido.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Três verbos: LER / ESCREVER / EDITAR

ANO 16

21/02/2025

Agenda de Lives em página

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

2010


O monumento aos livros está em Morro Reuter, próximo a Porto Alegre. 72 livros

Estamos já vivendo a última semana de fevereiro. Estou com livros a mancheia. Três verbos determinam meu viver como homo librorum nesses meus novos tempos de neo-aposentado: ler, escrever e publicar. Os dois primeiros preenchem quase exclusivamente o meu/nosso quotidiano. O que estamos fazendo agora? Lendo  e/ou escrevendo! 

O terceiro: quantos de nós já não sonhou ser um editor? Muito provavelmente ser editor de um blogue é uma maneira ‘pequena’ de realizar este sonho reprimido. Ler também os nossos escritos nos faz editores! Ler os comentários laudatórios de nossos colegas nos faz quase detentores do Nobel de Literatura.

Faço uma experiência: edições menores; edições trazidas de excertos de edições grandes. Agora os dois momentos já anunciados. Um dos momentos preencheu meu fim de semana e ainda se espraia pelos dias que fluem. O terceiro (publicar) ainda me interroga. É irrespondível.  Eis um teste:

No sábado, um passarinho, ainda implume, caiu no foyer pela chaminé da lareira, de provável ninho no piso superior. Não voa ainda, mas se adonou e marcou sua presença em peças da casa. No domingo, com orientações de distantes pontos do país recebi recomendações para hidratá-lo e alimentá-lo. Não tive muito sucesso. Acolchoei-lhe uma caminha. Na manhã de segunda-feira, anunciei aos meus parceiros salvacionistas que o frágil passarinho fora a óbito. Engano meu. Ao ascender para dar-lhe sepultura no jardim, manifestou-se piando a doer. Então, de vez em vez, ofertei-lhe uma solução hidratante, leite morno, pirão... Não fui hábil. Penso que a oferta não foi aceita. À tarde, na expectativa que seu piar chamasse sua mãe (depois me disseram que as mães não reconhecem filhotes que foram tocados por humanos e os deserdam), levei-o a um tomar um sol, entre nuvens, nada intenso. Foi fatal. Ele morreu. Dei-lhe sepultura sob uma lápide, onde penso que vejo escrito este memorial. Sofri. Sofro. Eu não mato uma das milhares de drosophilas que se apossaram de minha cozinha, ajudei a matar um passarinho ainda implume (levando-o ao sol).

Agora um interrogante fulcral: como o episódio do frágil filhote e os cruéis crimes contra a humanidade em centros de extermínios se entretecem. Parece que não preciso responder. Até a vindoura sexta-feira.


sábado, 15 de fevereiro de 2025

Alfabetização digital, uma questão moral

 @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@


Alfabetização digital, uma questão moral###

 

 ANO 16

14/02/2025

Livraria digital em

www.professorchassot.pro.br

                  LIVRARIA VIRTUAL

EDIÇÃO

2810

ESTA BLOGADA É UM OFERTÓRIO A VERA LÚCIA RENNER, uma fazedora de palavras

Parece que o 2025 começou prá valer... Já se fala em carnaval (na segunda metade de fevereiro). Já se fala muito em preço de ovos (não de Páscoa). O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua). Na academia  tenho dito que na pandemia perdemos a sala de aula. Outra perda: não temos mais a hegemonia dos semestres letivos. Tenho colegas em 2022 e outros estão começando o 2021/1. E o 2025 agora já aparenta ser o ano passado labelado com as marcas da vacuidade.

Há não muito, de maneira usual, dividíamos os humanos em analfabetos e alfabetizados. Estes, enquanto alfabetizados na língua materna, eram — de maneira usual — qualificados como capazes de saber interpretar (ou ser capazes de redigir) um bilhete ou ser um leitor de um livro. Também, aqui se pode falar em múltiplas alfabetizações além da usual no idioma de berço: alfabetização científica, alfabetização matemática, alfabetização geográfica, alfabetização musical, alfabetização astronômica, ou ainda, em idioma(s) estrangeiro(s) etc. Talvez, pudéssemos afirmar que a Alfabetização Científica — na acepção de ler o mundo por meio da linguagem que a Ciência o descreve — se faz numa assemblage*1 de diferentes alfabetizações. Mais recentemente, depois de milênios usando múltiplas linguagens escritas, incorporamos às nossas habilidades a alfabetização digital. Nesta especificidade, de maneira mais recorrente, caracterizamos três estratos: os nativos digitais, os imigrantes digitais e os alienígenas digitais.

Hoje, de vez em vez, encontramos situações nas quais avós se socorrem dos netos em múltiplos fazeres, nos quais são inábeis, como por exemplo, na operação de smartphones. Há crianças (e também adolescentes) que jamais escreveram com um lápis ou com uma caneta. Há os que nunca usaram suporte papel para escrever um bilhete ou uma carta ou mesmo para a redação de um trabalho escolar.

Há situações nas quais nativos digitais (= nascidos no século 21, parece ser uma adequada cronologia) se comunicam por escrito prescindindo inclusive da língua materna. Diálogos — usando apenas emojis2** — podem oportunizar uma frutuosa comunicação entre nativos digitais.

Um grupo, muito mais numeroso que o anterior, são os imigrantes digitais (= a imensa maioria dos nascidos no século 20) que em suas vidas foram (por muitos anos) analfabetos digitais, mas — não raro, com árduo aprendizado — deixaram de ser alienígenas e ingressaram na tribo dos nativos digitais. Muitos fizeram essa transição sem sotaques, inclusive, com a trazida de suas habilidades, enquanto estrangeiros, e aportaram riquezas ao universo digital. Esta migração também foi/é muito ampla. Há aqueles que são (quase) do paleolítico, pois foram alfabetizados em uma pedra de ardósia escrevendo nela com uma estilete da mesma pedra. Há cerca de um quarto de século escrevi um texto3*** no qual narrei, então, os meus cinquenta anos de meu escrevinhar, iniciado em uma lousa de ardósia, emoldurada em madeira, muito semelhantes — no formato físico    e em tamanho — aos atuais tabletes.

Há um terceiro grupo: os alienígenas digitais. Este é um grupo muito numeroso e, muitas vezes, invisibilizado. A maior parte daqueles que não ‘usam’ dos recursos do mundo digital, são, cada vez mais marginalizados no hodierno. Por exemplo: são incapazes de usar os mais comuns meios de transportes urbanos, pois não conseguem operar um aplicativo (um dos ícones do mundo digital). Nos tempos pandêmicos os alienígenas digitais foram/são cada vez mais excluídos também pela inabilidade no ensino remoto. É importante mencionar que no mundo da Educação a exclusão ocorre, de maneira significativa, pela impossibilidade de acesso a hardwares necessários para acessar as ‘benesses’ do mundo digital. Vale registrar dentre os diferentes hardware nenhum é de uso tão exclusivo quanto o smartphone. A propósito: tu já emprestaste o teu para alguém?   

Hoje há que lutarmos para ensejar a migração dos alienígenas digitais para fazê-los imigrantes digitais. Assim, como ninguém discorda que se faça campanhas de alfabetização na língua materna temos que acolher, como uma questão moral, os alienígenas e fazê-los imigrante digitais. Quando alguém imigra para um país que tem um Idioma diferente, o que busca aprender por primeiro.

A cada dia chegam centenas de migrante a nosso convívio que ainda são analfabetos digitais. Há que alfabetiza-los. Há que faze-los migrantes digitais e mágico e) fantástico mundo digital.

[1] * No Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, um enólogo explicou-me que uma assemblage consiste de vinho formado pela reunião controlada de dois ou mais varietais em proporções estudadas, Assim, por exemplo, cabernet sauvignon + merlot poderiam formar uma assemblage (o substantivo é feminino, numa evocação à assembleia), ou tannat + pinot noir, outra. Observaram como esses varietais (palavra não dicionarizada, usada para indicar tipos de cepas) têm nomes sonoros. Aqui a palavra cepa (que pode ser usado para designar cebola, a partir de seu nome genérico) esta sendo usada em duas acepções no ramo das videiras: 1) caule ou tronco da videira, de onde nascem os sarmentos; ou 2) estirpe, linhagem ou tronco de família; cepo. O Houaiss me diz que assemblage significa composição artística realizada com retalhos de papel ou tecido, objetos descartados, pedaços de madeira, pedras etc e diz que a etimologia é da palavra francesa homônima assemblage (datada de 1493) 'conjunto constituído de elementos ajustados uns aos outros'. Já que estou brincando com palavras transcorreram duas que são dissonantes. Sarmento: mesmo que em Porto Alegre tenha na família Sarmento Leite das mais importantes, sarmento ser ‘vara que a videira dá cada ano’ nunca me soa bem, talvez porque evoque mais um ‘cão sarnento’. Outra é cepo, que para mim sempre foi ‘pedaço de tronco cortado transversalmente’ e não um ramo de videira.

[2] * Emojis — originados no Japão — são ideogramas e smileys usados em mensagens eletrônicas e páginas web, cujo uso está se popularizando para além do país. Eles existem em diversos gêneros, incluindo: expressões faciais, objetos, lugares, animais e tipos de clima.

[3] * CHASSOT, Attico. Sobre o ferramental necessário para o trabalho de escrever. Estudos Leopoldenses, v.32, n.148, p.37-55,1996.

A alfabetização digital como nós, a maioria dos leitores deste texto temos que aprender  Há que ensejar a muitos as benesses ofertadas por essas novas tecnologias.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Duas face de uma mesma moeda

 

     Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025// Ano 16<> Edição 2809


##############################

Dei-me duas sumarentas paradas no meu blogar usual do entardecer de cada sexta-feira. Vale referir que em diferentes estratos do mundo cristão se faz feriadão entre o Natal e o Ano Novo. Assim, foram muito bem aproveitados esses dias da virada 2024/2025. Há muitos que cantaram loas ao ano que se encerrava. Eu mesmo amealhei, em quatro de maio, uma retirada em alta do Hospital Mãe de Deus.

Refiro que o recesso natalino teve quase quatro semanas, que fruí  em um não blogar, que ainda se faz saudades. O recesso da virada 2024/2025, de tempos iguais ao natalino, foi muito saboroso. Vividas as duas paradas, estamos já agora encerando a primeira semana do segundo mês do ano;  vencidos os blogares de recesso, agora entramos em tempos já tidos como normais.

Uma mensagem (talvez, melhor dizendo: uma medalha!) com dois lados.

Uma das faces da medalha: Fernando se apresenta; ex-aluno da licenciatura do IPA; gerenciador de um canal do You Tube; popularizar a Ciência. 

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, seu ex-aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!! Fernando

Vou deixar meu whatsapp se lhe interessar pode entrar em contato. 51 9****22291

Os tempos se alteram:  Esta (in)esperada mensagem chegou, como outras centenas eram para ser pelo meu aniversário (06Novembro)  mas foram ‘expedidas’ no ocaso de 20Janeiro. Como poucas mensagens (como a do Fernando) requeriam respostas custei-me a perceber porque eu estava recebendo cumprimentos exóticos.  

 Uma das faces da medalha: Fernando se apresenta; ex-aluno da licenciatura do IPA; gerenciador de um canal do You Tube; popularizar a Ciência

A mensagem enviada tem duas dimensões: uma evocação de aulas de há mais de 10 anos e no segunda lado da medalha traz uma dimensão espiritual que nunca antes vivi algo tão emocionante;

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, seu ex-aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!!# Fernando


Neste momento desafiador, quero que você saiba que não está sozinho. A doença de Parkinson pode travar alguns movimentos, mas nunca a sua força interior, coragem e determinação. Cada dia é uma prova da sua resiliência e da sua capacidade de enfrentar obstáculos com dignidade.

Lembre-se de que pequenos passos ainda são progresso, e cada vitória, por menor que pareça, é motivo de celebração. Você é uma inspiração para todos nós.

Fernando Noguez

O que precisar e estiver dentro do meu conhecimento e alcance estou a disposição! Atualmente sou professor, editor de vídeo de uma agência que representa um game na américa latina

Grande Mestre Chassot!

 Saudades do mestre, um forte abraço.

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, 

Seu ex aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!!

Vou deixar meu whatsapp se lhe interessar pode entrar em contato. 51 984****291



Fernando

Fernando Noguez

Grande Mestre Chassot! Saudades do mestre, um forte abraço.

Dois destaques: Depois dos dois lados da medalha refiro duas visitas: 

Ontem: 06/02/2024 Guy Bastos Barcellos FURGrande

Hoje: 07/02/2024 Rosa Maria Coitinho UPasso Fundo

 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

KINDER versus AVENIDA BRASIL

 

Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025// Ano 16<> Edição 2808


22.- : leitores de mais história aqui identificam que esta edição   —  segunda-feira, 22 de outubro de 2012  —  foi publicada duas vezes. Há razões para tal. Nessa reedição, adito também sumarentos comentários de leitores. Alguns desses leitores que fazem saudades. 

Mais de 12 anos não fez muita diferença. Muito provavelmente ninguém há de estranhar a ausência de inteligência artificial. Ela ainda não se fazia presença. Semana passada fiz um curso sobre IA de quatro noites. Anunciavam algo de 16 mil participantes.  Isso e outras pérolas eram discutíveis. 

ATÉ AQUI A PREPARAÇÃO PARA A REEDIÇÃO! APÓS A REEDIÇÃO!

veja o parágrafo ao final. 

De repente, na noite da última sexta-feira, especialmente, quando me deslocava do encerramento do 32º EDEQ no Planetário da UFRGS para atividade acadêmica no Centro Universitário Metodista do IPA, me senti um alienígena.

Noticiava-se (já ouvira, algo nos noticiosos ao desjejum) que o Brasil ia parar, devido ao imprevisível final de uma novela. Falava-se que o país teria colapsação de energia. E eu não sabia nada do assunto. Sinto uma sensação de excluído quando não entendo de uma notícia.

Era informado que naquela noite terminaria uma novela. Soube então o título da mesma. Será que teria ver aquela desgrenhada e quilométrica avenida que se serpenteia lentamente quando se chega ao Galeão, ou melhor, ao ‘Aeroporto Maestro Antônio Carlos Jobim’ na Cidade Maravilhosa, que no percurso da Avenida Brasil não assim tão maravilhosa.

Quando se dizia que o Brasil inteiro parava, professores e mestrandos ouvíamos de dois muito competentes profissionais, durante aula no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão apresentar a “Kinder”.

Não sei das emoções que teve o encerramento da novela, mas para mim jamais me impactariam como ao saber, pelos depoimentos de Carla Rejane Crixel Fernandes e Guilherme Barnasque Duarte, que desde 1988, há em Porto Alegre uma instituição presta atendimento interdisciplinar a bebês, crianças e adolescentes portadores de deficiências múltiplas, sem condições financeiras. Ela é a única no gênero que oferece educação especial para deficientes múltiplos com comprometimento grave, integrando a reabilitação e habilitação.

A Kinder acredita no potencial de aprendizagem do ser humano, independente do grau de lesão física, sensorial ou mental, propiciando a estas crianças e jovens o direito de ir à escola (www.kindernet.org.br).

Parece não haver dúvidas que pelo menos uma fração de brasileiros na noite teve uma programação muito mais relevante. Mas ontem minha leitura de jornais me atualizou um pouco.

Os noticiosos contaram que o último capítulo de Avenida Brasil, exibido nesta sexta-feira pela Globo, teve muitas emoções. Carminha confessou ter matado Max, foi presa, saiu da cadeia três anos depois e foi recebida por Lucinda no lixão. Se reconciliou com Nina e Jorginho. Cadinho acabou casando oficialmente com suas três mulheres, que largaram Jimmy após uma discussão – elas queriam só dinheiro e ele se+xo.

Realmente ‘emocionante’. Mas li mais: a novela 'Avenida Brasil' ganhou destaque na mídia internacional

Rendeu assunto também para a mídia internacional. O site do jornal britânico “The Guardian” destacou o fato de a presidente Dilma Rousseff ter adiado o comício que faria com Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, para não perder quórum por conta da novela (o evento aconteceria no mesmo horário, às 21h). O assunto ainda rendeu reportagens no site da BBC da América Latina e Caribe.

O jornal francês “Le Figaro” creditou a popularidade da novela ao “inovador” retrato da ascensão social dos brasileiros. “O Brasil está apaixonado por uma novela”, defendeu a publicação logo no título.

Realmente, há que por reserva a manchetes consagradas como estas: “O Brasil inteiro pulou carnaval durante três dias” (nos jornais de quarta-feira de cinza); “O país inteiro parou para assistir o jogo do Brasil” (recorrente durante a Copa do Mundo); “Nesta sexta-feira todo o Brasil aguarda emocionado para saber quem...” (nos noticiosos de 19OUT2012). 

Postado por Attico CHASSOT às 00:09  

9 comentários:

  • Unknown22 de outubro de 2012 às 01:03
    Muito boa noite, Ms. Chassot,
    muito impressionante a sua percepção,
    de como foi a novela,
    és sem dúvida genial,
    muito grato em ler suas sábias palavras,
    abraço,
    Irineu Batista.
    ResponderExcluir

  • Anônimo22 de outubro de 2012 às 09:18
    O povo, alimento do capitalismo, é ensinado a não pensar, não questionar. E obras "primas" como essas são o remédio certo. O infeliz é levado a viver a irrealidade na telinha mágica. Ali ele enriquece, trai, mata, é bígamo, frequenta os melhores espaços, aprende novos bordões. E a sua estupidez e ignorância cresce exponencialmente. Pra que pensar? Tem quem pense por mim, decida por mim, diga o que é certo e errado, que roupa e cabelo usar. Não me importa se meu filho se droga, se minha mulher ou meu marido me trai, se meu aluguel está atrazado, se meu país está afundando, se meu planeta vai pras "cucuias". O importante é que naquele determinado horário vou sentar a frente do meu oráculo e lá ficarei por uma hora, e terei assunto para o dia inteiro seguinte. Plim! Plim!

    abraços

    Antonio Jorge
    ResponderExcluir

  • Leonel22 de outubro de 2012 às 14:30
    Boa tarde, Mestre!
    Bem, se o final da novela fez a Dilma adiar um discurso de apoio ao Haddad, pelo menos alguma coisa boa gerou!
    Se bem que os paulistas estão sem opção, com aquelas duas porcarias como candidatos!
    Mas, parabéns à Kinder, que merece toda a divulgação e apoio que for possível!
    Dúvida: é a única instituição do gênero em Porto Alegre ou no Brasil?
    Abraços!


    ResponderExcluir

  • Attico CHASSOT22 de outubro de 2012 às 16:56
    Muito estimado Leonel,
    obrigado pelo alerta. Não fui crítico na informação que colhi no sítio da Kinder.
    Preciso averiguar, mas é provável que seja em Porto Alegre.
    Com estima e admiração
    attico chassot

    ResponderExcluir
    Respostas

    • Anônimo22 de outubro de 2012 às 23:09
      Mestre Chassot, aqui no Rio de Janeiro e Niterói a Apae Associação de pais e amigos dos exepcionais desenvolve um trabalho bem similar.

      Antonio Jorge
      Excluir

    • Responder

  • Unknown22 de outubro de 2012 às 17:59
    Parabéns Professor. Estas Instituições precisam sempre de muito apoio de todos os níveis. Um abraço Marlis Polidori
    ResponderExcluir

  • Malu22 de outubro de 2012 às 23:11
    Prezado mestre,
    a análise feita por Antônio Jorge, na minha opinião, diz tudo. A Rede Globo, emissora com maior índice de audiência, cria o que ela quiser, desde moda, o que vai ser comido, falado usado pelo povo noticiado por outras emissoras até políticos-o que é o mais pernicioso, como ocorreu na eleição e posterior impeachman de Fernando Collor. O poder da telinha e de outras mídias é imenso.
    Abraços,
    Malu.
    ResponderExcluir

  • Attico CHASSOT22 de outubro de 2012 às 23:59
    Maria Lúcia querida, o brado kantiano precisa ser repetido: “Tem coragem de pensar e pensa! Liberta-te daqueles que querem pensar por ti, e pensa!” Então Kant vituperava contra a Igreja e o Rei; agora, parece ser que devamos bradar contra a Globo.
    Obrigado por teu retorno,

    attico chassot

    ResponderExcluir

  • Anônimo23 de outubro de 2012 às 14:49
    Olá a todos! mas me mantive atenta a todas as postagens, e não seria eu se não deixasse aqui minha humilde opinião que possui o objetivo apenas de somar ao que já foi destrinchado anteriormente! Mas o foto é:
    Não é a Globo a grande vilã, ou manipuladora de mentes, mas a televisão por si só que não assumiu seu papel de revelar fatos as pessoas ou fazer justiça, e sim desvirtuando seu papel para uma ação em massa de alienadores que possuem papeis diferentes desde alienar crianças, depois jovens e por fim adultos e o mais interessante disso é que realmente se temos coragem de pensar que pensemos, mas a grande questão é: Para conseguirmos nos desvincular daquilo que quer pensar por nós é preciso primeiro que vejamos uma razão disso,ou seja, que vejamos que existe um certo alguém ou coisa querendo controlar nosso pensar, o que é muito difícil dentro de uma mente alienada e viciada por algo! Naillin Ruiz

  • ######################################################### 

  • A KINDER sabe a quem interessa as

  •  tampas plásticas! 

  • Podemos ser intermediário.   

  • A