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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

30.- Para não dizer que não falei de flores...



ANO
 13
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EDIÇÃO
3386
Novembro se esvai. Se esvai lânguido. Novembro não era assim lúbrico. Ao contrário. Ele se fazia com garbo o predecessor do festeiro dezembro. Este ano parece que ele não termina.
Seu antecessor ofereceu para muitos de nós dois domingos (7 e 28) que ainda sabem a fel. E por isto novembro não poderia ser diferente.
Novembro foi de continuados pesadelos que – lamentavelmente – não foram pesadelos... Era bode entrando e saindo da sala a toda hora.
Pensei muito acerca do que iria blogar nesta sexta-feira. A muitas propostas um censor mágico vetava meu intento. Não me cabia achar no mínimo de mau tom um militar colombiano ser o ministro da Educação ou um destemperado mental ser o Chanceler. Não adianta a minha opinião.
De repente me dei conta que tinha um lindo assunto inédito para a blogada do dia que despede novembro. O ciclo das flores de Porto Alegre.
Não sou botânico, mas me encanta ver a sazonalidade de florações que enfeitam a cidade, que uma vez se dizia a cidade sorriso. A violência semeada pela droga fê-la perder o título. Mas as diferentes florações que embelezam a cidade, por enquanto, se mostram impunes a violência.
Detectei quatro ciclos muito bem marcados na cidade. Há outros, e talvez algum leitor expanda minha contagem. Eis a minha relação.
 Em abril dezenas de paineiras primeiro fazem a cidade rosácea e depois as flores se transformam em painas que brisas outonais espalham pela cidade.
No inverno as árvores se aquietam. Não há floradas. Mas, a seguir a natureza se tinta à primavera.
Mas quando começa setembro os ipês de diferentes cores, mais especialmente os rosas e os amarelos avisam que a Semana da Pátria (que os coxinhas, agora, acham que é só deles) está por começar. Os ipês brancos são mais raros por estas bandas. Na minha rua tem minguado ipê branco que eu acredito que seja só meu.
Outubro são os imponentes jacarandás que tintam de roxo muitas ruas anunciando que é tempo de feira do livro na Praça da Alfândega. Sei que há mais de 100 espécies de jacarandás, mas os nossos que a esta época estão ‘frutificando’ são os mais bonitos.
Agora, nos tempos em que novembro se transmuta em dezembro, há dezenas de flamboaiã (se os chamo de flamboyant eles parecem mais elegantes) lindamente floridos ornamentando a cidade com floradas magníficas. As duas fotos que ornamentam este texto foram feitas esta semana pelo meu filho André. Ratifica-se a tese: uma boa foto vale mais 1001 palavras.
Sei que deixei de referir algumas árvores ornamentais da cidade. Mas, se há de dizer que falei de flores neste novembro custoso.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

23.- "Uma brecha entre o passado e o futuro".



ANO
 13
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EDIÇÃO
3384

 

Primeiro celebro aqui o sucesso da blogada da última edição baseada na conhecida história do bode na sala. Desde o dia 16, sexta-feira, quando começou a circular, teve a cada dia entre 150 e 200 acessos, ou seja, houve mais de mil leitores. Quem não aproveitou e conheceu as estratégias usada pelo messiânico quase Presidente e pastor supremo da ‘igreja de deus acima de tudo’ está convidado a ler.
Esta edição é postada em Niterói, RJ, onde cheguei em torno do meio-dia. Venho para participar da I Jornada REQ-RJ (Rede de Educação Química) que ocorrerá simultaneamente amanhã em 6 cidades (Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Macaé, Arraial do Cabo, Campos dos Goytacazes e Santo Antônio de Pádua).
Fui mais uma vez acolhido com fidalguia pelo Prof. Dr. Jorge C. Messeder, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Evocamos minha estada em Nilópolis quando o título da palestra que pronunciei no Dia Internacional da Mulher — A Ciência é masculina? —, causou muita polêmica.
 Na chegada em Niterói, o Jorge fez um lindo passeio pela orla. É lindo, muito lindo o cenário que envolve a visão do Rio de Janeiro visto deste lado da Baía de Guanabara. 
Fomos almoçar no restaurante Olimpo uma muito linda concepção arquitetônica de Oscar Niemeyer que faz parte de um caminho chamado caminho de Niemeyer que começa na catedral no centro histórico e termina nesse restaurante.
Após o almoço fomos conhecer o forte de Santa Cruz da Barra uma construção que se inicia no século 17 com os franceses liderados Willegagnon depois assumidos por Portugal.
Ver prisões com masmorras prontas para uso numa nos dias militarescos atuais em propriedade militar ‘pública’ nos dias atuais dá arrepios expulsando qualquer conjectura de um possível uso atual.
Amanhã pela manhã falo na UERJ, Campus Maracanã, na capital carioca acerca de um tema que tem sido muito solicitada mais recentemente: "Uma brecha entre o passado e o futuro".
Muito me inspira para esta fala dois livros de Yuval Noah Harari (Haifa, 24 de fevereiro de 1976) que leciona no departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém. O primeiro dos livros — Homo sapiens — busca responder diferentes interrogações de nossa história enquanto humanos a respeito das quais nunca eu havia pensado. Este livro, por exemplo, foi o mais vendido na 64ª Feira do Livro de Porto Alegre neste novembro.
No outro livro Homo Deus, sempre com um olhar no passado e nas nossas origens, Harari investiga o futuro da humanidade em busca de uma resposta tão difícil quanto essencial: depois de séculos de guerras, fome e pobreza, qual será nosso destino na Terra?
Alguns apontamentos da fala: Geração 4.0/ Internet das coisas IoT/ Indústria da Medicina/ Explosão do conhecimento /Explosão da informação/ Perda dos saberes/ /Drones/ Uber/Airbnb/ Professores de aluguel/ Algoritomização/ App/ Religião do dadismo são recorrentes quando se fala em um futuro que já se faz realidade.
No presente nos deparamos com {Nativos digitais/ Imigrantes digitais/:Alienígenas digitais} {Sociedade do conhecimento <> Sociedade da ignorância} ignorância usualmente associada à violência se exigindo cada vez mais uma Cultura da Paz.
 Volto na manhã de domingo. É muito bom partilhar um pouco o meu fim de semana.
UMA PITADA DE ESPERANÇA: Há leitores deste blogue que tiveram vivências significativas nas Comunidades Eclesiais de Base CEBs, especialmente nos anos da ditadura. Será que nestes horripilantes tempos bolsonarianos não é hora de nos esperançarmos e nos organizarmos em Comunidades Democráticas de Base. O horizonte é borrascoso. É tempo de nos unirmos. Sonhando com parceria talvez até pela internet. Expectante.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

2.- É só tirar o bode da sala



ANO
 13
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EDIÇÃO
3384

 

É sabido que o ungido não é de muitas luzes. Na puída (revisão: não disse polida) instrução que recebeu, aprendeu uma historieta que temos que reconhecer tem aplicado com capacidade, ainda que a mesma seja de muito difícil entendimento. Talvez ele tenha aprendido no seu Posto Ipiranga a conhecida história do bode na sala.
Uma família que vivia apertada em uma minúscula casa. Narraram a difícil situação a um sábio que depois de ouvi-los recomendou colocar na sala um bode. A situação piorou drasticamente. Voltaram ao conselheiro. Este mandou tirar o bode da casa. Ficaram tão contentes livrando-se do grande problema pois o primeiro virou um probleminha. Pararam de lamentar o desconforto da casa apertada e festejaram a casa sem o bode. Conclusão: para resolver um problema, é preciso criar outro maior.
Casa apertada
Coloca o bode
Tira o bode

Gestão do ensino superior
Passa para MC&T sob o comando do astronauta
Volta para MEC

Dificuldade na escolha do Ministro da Educação
Viviane Senna para o MEC
Irmã do Airton não, talvez um general

Ministério do Trabalho
Extingue-se o MTeE quase nonagenário
Adita-se o MTeE a um superministério

Ministérios ditos sociais
Todos extintos
Cria-se o Ministério da Cidadania.

Agricultura predadora
Ministérios Meio Ambiente + Agricultura
Ministério não serão fundidos









Deixei duas linhas; talvez haja mais uma dezena. É fácil completar. Se algum leitor quiser fazê-lo pode escrever no comentário. Agradecemos.
Há um bode fedorento e perigoso (que chama o PT de Partido Terrorista e que lambe as botas do Trump) que até agora não foi tirado da sala. É o indicado para o Ministério das Relações Exteriores.  A situação dos Médicos cubanos e transferência da Embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém são apenas dois exemplos que mostram que Chanceler nefasto poderemos ter.
UMA PITADA DE ESPERANÇA: Há leitores deste blogue que tiveram vivências significativas nas Comunidades Eclesiais de Base CEBs, especialmente nos anos da ditadura. Será que nestes horripilantes tempos bolsonarianos não é hora de nos esperançarmos e nos organizarmos em Comunidades Democráticas de Base. O horizonte é borrascoso. É tempo de nos unirmos. Sonhando com parceria talvez até pela internet. Expectante.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

9.- E não é um pesadelo....


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EDIÇÃO
3382
Passou a primeira semana. Ela tinha finados. Ela foi aziaga. A segunda semana está passando. Ela tem momentos jubiloso. Mas, semana é muito amarga também. Somando e subtraindo ela sabe a caqui verde. Este blogue é tecido em Goiás  em retorno à Porto Alegre. Meus fazeres aqui estão presentes nesta blogada.
Há continuados pesadelos que não são pesadelos... Sílvio Frota fará o Enem do domingo!... acordamos e não temos aquela sensação boa do ‘que bom, estava sonhando...’
Na tessitura desta edição trago cinco breves relatos. Uns de momentos saborosos. Outros de agônicos pesadelos. Como serei cronológico, estes serão o primeiro e último. Aqueles outros três que são as cerejas do bolo.
*1 Cassado pelo Facebook Na manhã de segunda-feira, Ana Paula Gorri postou no
Facebook o inteligente e crítico comentário que se pode ver na imagem. Eu aditei o comentário que transcrevo. Querida Ana Paula Gorri! Quando li os assinalamentos que tu fizeste no sumário até eu me surpreendi; realmente é um bom livro para o index. Tomara apenas que os inquisidores não sejam pessoas tão críticas como tu. Se assim for, pouco ou nada sobrará do "Alfabetização científica: questões e desafios para a educação!"
Não consigo explicar o que aconteceu. Primeiro, a rapidação do número de curtidas e comentários. Estes muito díspares. Uns criticando Ana Paula. Outros elogiando. Uns desesperados na busca do livro. Outro dizendo do cuidado que passarão dar ao seu exemplar. À tarde, antes de ir à Feira do Livro meu comentário já tinha mais de 200 curtições e dezenas de comentários, que deixara para ler à noite. Ledo engano. Ao acessar o Face book à noite sou informado que minha postagem fora removida. Havia um aviso volátil (pois, logo ao terminar a leitura e clicar no OK ele desapareceu para sempre), ou melhor, uma severa advertência, anunciado a remoção pois eu contrariara as normas de postagens causando desabono moral e fazendo bullying nos leitores.
Fiquei estupefato. Só.
*2 64 Feira do Livro Na tarde de segunda-feira fui a 64ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Recordo que em 1957, ano que me formei no ginásio em Montenegro, vim à Porto Alegre em função da formatura e fui pela primeira vez a uma feira de livros. Maravilhei-me. Era a 3ª. Desde então, das 61 que houve estive praticamente em todas. Não lembro de algum ano que tenha faltado à sumarenta experiência do contato público e íntimo com este artefato cultural tão importante na história da humanidade. Estando na feira do livro, naquela segunda-feira, aproveitei para prestigiar meu colega e amigo Guy Barros Barcelos que é autor de um capítulo (gostosa autobiografia de sua alfabetização) de livro que tinha sessão de autógrafos então.
Na tarde da próxima segunda-feira volto à feira para participar junto com outros colegas do lançamento do livro POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL PÓS -GOLPE, onde sou autor de um capítulo e também quero prestigiar a minha ex-orientanda de mestrado Karina Norman, que é co-autora de um livro sobre o ensino de enfermagem que será lançado então.
Sempre é bom retornar a feira do livro e passear entre as barracas tintadas de roxo pelas pétalas dos jacarandás e recordar outras feiras onde autografei livros e onde descobri preciosidades, especialmente nos balaios das liquidações.
A feira do livro de Porto Alegre é um espetáculo sempre muito esperado para cada começo de novembro de cada ano
*3 Agora rumo aos 80 Na terça-feira, dia 6, estava de aniversário. Completei 79 anos... ou seja, já estou agora fazendo a octogésima volta em torno do sol.
As reações ou comportamentos das pessoas são completamente diferentes em relação a sua data de aniversário. Parece haver dois extremos: Uns esperam o ano inteiro e vivem esse dia e até os dias do entorno do natalício na mais completa vibração. Outros há que desejam desaparecer no dia de seu aniversário.
Entre esses dois extremos há uma série de comportamentos diferentes. Eu,, em relação ao meu aniversário, tendo mais para situação de quase querer ignorar a data. Não sou dado a grandes celebrações, às vezes, em certos números: 50, 60, 70 concedo alguma celebração. Assim, este primo 79 era para passar incólume. Mas não foi o que aconteceu. Também não se pode ser tão grosseiro e resistir a possíveis homenagens.
Antes do meio-dia, já havia mais de 200 felicitações no Facebook e mais de duas dezenas no WhatsApp e alguns telefonemas. Ao meio-dia almocei com o André Tatiana e Pedro os únicos do meu quarteto que moram em Porto Alegre.
Mas, cedo no grupo dos filhos havia vídeos com homenagens dos filhos e netos. Também no grupo dos irmãos, minhas irmãs, meu irmão e cunhados me homenagearam.
No fim da tarde viajei para Goiânia e em Goiás as manifestações pelo meu aniversário se espraiaram, conforme vou contar no tópico seguinte. Esta viagem implicou e não receber, à noite, as felicitações daqueles que ainda usam telefone fixo, algo que hoje já parece dinossáurico.
*4 No Instituto Federal de Goiás Câmpus Anápolis Minha principal atividade nesta vinda a Goiás foi participar da Sétima Semana de Química no Instituto Federal de Goiás, câmpus Anápolis. Na manhã de quarta-feira, eu que fizera há 7 anos a abertura do mesmo evento, fiz a fala inaugural para um auditório de cerca de 200 pessoas discorrendo sobre a necessidade de encontrarmos uma brecha entre o nosso passado nosso futuro.
 O entusiasmo do público que aplaudiu extensamente minha fala, depois me emocionou cantando "Parabéns a você pois foi referido que eu estivera de aniversário no dia anterior.
À tarde, participei de uma mesa redonda junto com os colegas Marlon Herbert Soares (UFG) e Eduardo Cavalcante (UnB) acerca do PIBID.
No meu segmento fiz um breve relato histórico de tempos pré-pibid / inicial do Programa/atuais para encerrar com uma análise acerca dos tempos onde já se faz caça àqueles que buscam um ensino mais politizado quando já se necessita ter um verdadeiro Manual de Sobrevivência à milícia da escola sem partido nestes tempos bolsonarianos
 *5 Universidade ultrajada Nestes horripilpantes tempos bolsonarianos, mesmo antes da temida posse, a cada dia, estamos sendo submetidos a afrontas às liberdades e também massacrados com notícias que perturbam os nossos fazeres.
Nesses últimos dias é visível uma maquinada campanha de divulgação de calúnias contra a universidade pública. Por exemplo, circula na rede um vídeo de mais de 13 minutos onde há sucessivas ofensas aos professores e aos alunos das Universidades públicas.
Se diz entre outras mentiras bárbaras e toscas que nos corredores das universidades brasileiras alunos e professores estão todos envolvidos no consumo de droga das piores e mais nocivas fazendo sexo despidos em sala de aula e nos corredores. Se mostra imagens de pichamento e amontoados de lixo de alguns lugares dizendo que aquilo reflete como estão as Universidade Brasileiras.
Eu devo dizer que nos últimos anos estive em campi de grandes e pequenas universidades e asseguro que nada disso que é mostrado nesse vídeo é visível, mesmo que o vídeo generalize afirmando ser isto imagens de várias universidades.
O propósito dessa demonização da universidade é preparação para sua privatização que já foi anunciada pelo futuro ministro da Ciência e Tecnologia — o astronauta que se locupletou com dinheiro dos brasileiros com o propósito se tornar um divulgador da ciência brasileira, mas ao invés disso organizou empresas para dar palestras a preços fantásticos.
Aliás outro aspecto que faz parte desta tentativa de demolição da universidade pública é retirada da mesma da órbita do MEC e passa-la para Ministério da Ciência e Tecnologia o que deverá trazer graves consequências não apenas do ponto de vista administrativo mas também do ponto de vista de captação de fundos uma vez que os recursos para pesquisas deverão conseguidos em convênios com empresas. Esta é uma dolorosa e triste realidade nesses tempos em que guardamos no Réveillon 2018/1964

2.- Está difícil jair se acostumando



ANO
 13
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EDIÇÃO
3382

 

Perdemos. Perdemos dolorosamente. E em decorrência de fuso horário, quando às 19 horas, no Acre se terminava de votar, recebemos a notícia em uma só coronhada (palavra agora na moda) sem chance de torcer durante a apuração.
Chorei. Tive depoimentos iguais a este. Mais de uma pessoa me disse que foi a primeira vez que ‘chorou politicamente’. Ainda na noite do mofinento domingo, publiquei nas redes sociais (Instagram, onde sou neófito e Facebook) um texto produzido sob a artilharia de foguetes ensandecidos onde conto o destino de um livro que levei a votação.
Preparava uma das falas que terei na quarta-feira, 7/11, em Anápolis. Vou fugar em um momento do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’. No domingo ainda não terminara a apuração uma deputada catarinense fascista já mostrava as garras.
Se alerta aos professores para que, na eventualidade de envolvimento, questionamentos ou acusações políticas sobre sua atuação pedagógica, seja invocada a Liberdade de Cátedra assegurada pela Constituição Federal (Artigo 206 – II e III) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Artigos 2º e 3º – III e IV).
A liberdade de Cátedra – ou de ensino – surge no nível constitucional na carta magna de 1934 em seu artigo 155. Posteriormente, na CF de 1946, em seu artigo 168. Reafirmado pela constituição de 1988 – conhecida como a constituição cidadã, o docente tem plena autonomia para escolher os métodos didáticos que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
Há que estar preparados pois não sabemos nem o dia nem a escola que eles vão atacar. Isto não uma postura catastrofista. Isto é ser realista.
* https://avaliacaoeducacional.com/2018/10/29/manual-de-defesa-para-docentes/
Encerro neste dia que evocamos os que partiram antes de nós dizendo-lhes palavras que são inenarráveis aqui. Eles hoje me ouviram mais que nos outros dias.
9.- E não é um pesadelo....
ANO
 13
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EDIÇÃO
3382
Passou a primeira semana. Ela tinha finados. Ela foi aziaga. A segunda semana está passando. Ela tem momentos jubiloso. Mas, semana é muito amarga também. Somando e subtraindo ela sabe a caqui verde. Este blogue é tecido em Goiás. Meus fazeres aqui estão presentes nesta blogada.
Há continuados pesadelos que não são pesadelos... Sílvio Frota fará o Enem do domingo!... acordamos e não temos aquela sensação boa do ‘que bom, estava sonhando...’
Na tessitura desta edição trago cinco breves relatos. Uns de momentos saborosos. Outros de agônicos pesadelos. Como serei cronológico, estes serão o primeiro e último. Aqueles outros três que são as cerejas do bolo.
*1 Cassado pelo Facebook Na manhã de segunda-feira, Ana Paula Gorri postou no
Facebook o inteligente e crítico comentário que se pode ver na imagem. Eu aditei o comentário que transcrevo. Querida Ana Paula Gorri! Quando li os assinalamentos que tu fizeste no sumário até eu me surpreendi; realmente é um bom livro para o index. Tomara apenas que os inquisidores não sejam pessoas tão críticas como tu. Se assim for, pouco ou nada sobrará do "Alfabetização científica: questões e desafios para a educação!"
Não consigo explicar o que aconteceu. Primeiro, a rapidação do número de curtidas e comentários. Estes muito díspares. Uns criticando Ana Paula. Outros elogiando. Uns desesperados na busca do livro. Outro dizendo do cuidado que passarão dar ao seu exemplar. À tarde, antes de ir à Feira do Livro meu comentário já tinha mais de 200 curtições e dezenas de comentários, que deixara para ler à noite. Ledo engano. Ao acessar o Facebook à noite sou informado que minha postagem fora removida. Havia um aviso volátil (pois, logo ao terminar a leitura e clicar no OK ele desapareceu para sempre), ou melhor, uma severa advertência, anunciado a remoção pois eu contrariara as normas de postagens causando desabono moral e fazendo bullying nos leitores.
Fiquei estupefato. Só.
*2 64 Feira do Livro Na tarde de segunda-feira fui a 64ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Recordo que em 1957, ano que me formei no ginásio em Montenegro, vim à Porto Alegre em função da formatura e fui pela primeira vez a uma feira de livros. Maravilhei-me. Era a 3ª. Desde então, das 61 que houve estive praticamente em todas. Não lembro de algum ano que tenha faltado à sumarenta experiência do contato público e íntimo com este artefato cultural tão importante na história da humanidade. Estando na feira do livro, naquela segunda-feira, aproveitei para prestigiar meu colega e amigo Guy Barros Barcelos que é autor de um capítulo (gostosa autobiografia de sua alfabetização) de livro que tinha sessão de autógrafos então.
Na tarde da próxima segunda-feira volto à feira para participar junto com outros colegas do lançamento do livro POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL PÓS -GOLPE, onde sou autor de um capítulo e também quero prestigiar a minha ex-orientanda de mestrado Karina Norman, que é co-autora de um livro sobre o ensino de enfermagem que será lançado então.
Sempre é bom retornar a feira do livro e passear entre as barracas tintadas de roxo pelas pétalas dos jacarandás e recordar outras feiras onde autografei livros e onde descobri preciosidades, especialmente nos balaios das liquidações.
A feira do livro de Porto Alegre é um espetáculo sempre muito esperado para cada começo de novembro de cada ano
*3 Agora rumo aos 80 Na terça-feira, dia 6, estava de aniversário. Completei 79 anos... ou seja, já estou agora fazendo a octogésima volta em torno do sol.
As reações ou comportamentos das pessoas são completamente diferentes em relação a sua data de aniversário. Parece haver dois extremos: Uns esperam o ano inteiro e vivem esse dia e até os dias do entorno do natalício na mais completa vibração. Outros há que desejam desaparecer no dia de seu aniversário.
Entre esses dois extremos há uma série de comportamentos diferentes. Eu,, em relação ao meu aniversário, tendo mais para situação de quase querer ignorar a data. Não sou dado a grandes celebrações, às vezes, em certos números: 50, 60, 70 concedo alguma celebração. Assim, este primo 79 era para passar incólume. Mas não foi o que aconteceu. Também não se pode ser tão grosseiro e resistir a possíveis homenagens.
Antes do meio-dia, já havia mais de 200 felicitações no Facebook e mais de duas dezenas no WhatsApp e alguns telefonemas. Ao meio-dia almocei com o André Tatiana e Pedro os únicos do meu quarteto que moram em Porto Alegre.
Mas, cedo no grupo dos filhos havia vídeos com homenagens dos filhos e netos. Também no grupo dos irmãos, minhas irmãs, meu irmão e cunhados me homenagearam.
No fim da tarde viajei para Goiânia e em Goiás as manifestações pelo meu aniversário se espraiaram, conforme vou contar no tópico seguinte. Esta viagem implicou e não receber, à noite, as felicitações daqueles que ainda usam telefone fixo, algo que hoje já parece dinossáurico.
*4 No Instituto Federal de Goiás Câmpus Anápolis Minha principal atividade nesta vinda a Goiás foi participar da Sétima Semana de Química no Instituto Federal de Goiás, câmpus Anápolis. Na manhã de quarta-feira, eu que fizera há 7 anos a abertura do mesmo evento, fiz a fala inaugural para um auditório de cerca de 200 pessoas discorrendo sobre a necessidade de encontrarmos uma brecha entre o nosso passado nosso futuro.
 O entusiasmo do público que aplaudiu extensamente minha fala, depois me emocionou cantando "Parabéns a você pois foi referido que eu estivera de aniversário no dia anterior.
À tarde, participei de uma mesa redonda junto com os colegas Marlon Herbert Soares (UFG) e Eduardo Cavalcante (UnB) acerca do PIBID.
No meu segmento fiz um breve relato histórico de tempos pré-pibid / inicial do Programa/atuais para encerrar com uma análise acerca dos tempos onde já se faz caça àqueles que buscam um ensino mais politizado quando já se necessita ter um verdadeiro Manual de Sobrevivência à milícia da escola sem partido nestes tempos bolsonarianos
 *5 Universidade ultrajada Nestes horripilpantes tempos bolsonarianos, mesmo antes da temida posse, a cada dia, estamos sendo submetidos a afrontas às liberdades e também massacrados com notícias que perturbam os nossos fazeres.
Nesses últimos dias é visível uma maquinada campanha de divulgação de calúnias contra a universidade pública. Por exemplo, circula na rede um vídeo de mais de 13 minutos onde há sucessivas ofensas aos professores e aos alunos das Universidades públicas.
Se diz entre outras mentiras bárbaras e toscas que nos corredores das universidades brasileiras alunos e professores estão todos envolvidos no consumo de droga das piores e mais nocivas fazendo sexo despidos em sala de aula e nos corredores. Se mostra imagens de pichamento e amontoados de lixo de alguns lugares dizendo que aquilo reflete como estão as Universidade Brasileiras.
Eu devo dizer que nos últimos anos estive em campi de grandes e pequenas universidades e asseguro que nada disso que é mostrado nesse vídeo é visível, mesmo que o vídeo generalize afirmando ser isto imagens de várias universidades.
O propósito dessa demonização da universidade é preparação para sua privatização que já foi anunciada pelo futuro ministro da Ciência e Tecnologia — o astronauta que se locupletou com dinheiro dos brasileiros com o propósito se tornar um divulgador da ciência brasileira, mas ao invés disso organizou empresas para dar palestras a preços fantásticos.
Aliás outro aspecto que faz parte desta tentativa de demolição da universidade pública é retirada da mesma da órbita do MEC e passa-la para Ministério da Ciência e Tecnologia o que deverá trazer graves consequências não apenas do ponto de vista administrativo mas também do ponto de vista de captação de fundos uma vez que os recursos para pesquisas deverão conseguidos em convênios com empresas. Esta é uma dolorosa e triste realidade nesses tempos em que guardamos no Réveillon 2018/1964
Preparava uma das falas que terei na quarta-feira, 7/11, em Anápolis. Vou fugar em um momento do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’. No domingo ainda não terminara a apuração uma deputada catarinense fascista já mostrava as garras.
Se alerta aos professores para que, na eventualidade de envolvimento, questionamentos ou acusações políticas sobre sua atuação pedagógica, seja invocada a Liberdade de Cátedra assegurada pela Constituição Federal (Artigo 206 – II e III) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Artigos 2º e 3º – III e IV).
A liberdade de Cátedra – ou de ensino – surge no nível constitucional na carta magna de 1934 em seu artigo 155. Posteriormente, na CF de 1946, em seu artigo 168. Reafirmado pela constituição de 1988 – conhecida como a constituição cidadã, o docente tem plena autonomia para escolher os métodos didáticos que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
Há que estar preparados pois não sabemos nem o dia nem a escola que eles