ANO 16 ****** EDIÇÃO 2025
A blogada de encerrar novembro é prenhe de emoções. Por tal, anuncio uma edição tecida no alinhavar sumarentas emoções. Não deixa de ser significativo um desses patrolamento que o deus Mercado faz de algo que se comemorava no Brasil, numa imitação dos estadunidenses; afinal, deles nós não aprendemos apenas o Halloween. Se perguntarmos: Qual a origem desta tão badalada Black Friday? não serão muitos os que associam ao Dia Nacional de Ação de Graças comemorado na última quinta-feira de novembro (ou se quisermos ser mais precisos: na quinta-feira faz transição do ano litúrgico, com o começo do período do Advento, com a preparação do Natal. Nos Estados Unidos esta festa é conhecida como Thanks Given Day, quando entre outras coisas se come peru e se troca presentes. Como comércio pode ter sobras das ofertas para compra de presentes e muitos trocam os presentes. A sexta-feira que sucede essas comemorações é um dia de grande movimento no comércio; é isso que nós assistimos, quando nem sequer se faz referência (eu pelo menos não vi ninguém celebrar, este ano, o Dia Nacional de Ação de Graças, que entre nós já teve até patrocínio de um banco) apenas ouvimos referir à comercial Black Friday.
Esta foi uma semana de cinco lives e uma banca. Quase ao pôr do sol desta sexta-feira fiz uma fala inserta nas comemorações dos 50 anos de criação do Curso de Química na Universidade Federal de Viçosa. O Professor Vinícius Catão sugeriu e mediou as discussões da fala: Uma brecha entre nosso passado e o nosso futuro. Na segunda-feira, em atividade organizada pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro campus Duque de Caxias discuti: A alfabetização científica -- que tem como pré-requisito a alfabetização digital -- é um direito universal. Na terça-feira, à tarde, trouxe esta mesma discussão em uma atividade do Instituto Federal do Mato Grosso, no Câmpus de Cuiabá. Ainda na noite de terça-feira, no IF Goiano, no câmpus de Urutaí, fiz uma das palestras mais requisitadas do meu portfólio: A ciência é masculina? É, Sim senhora! Lamentavelmente por problemas com a plataforma escolhida a atividade foi muito prejudicada. Manifestei então e ratifico aqui: Estou disponível, ainda neste mês de dezembro a repetir a palestra, até para aplacar minha frustração. Na quarta feira, numa promoção do Programa de pós-graduação em Ensino de Ciências, no câmpus de São Luís da Universidade Federal do Maranhão defendi, uma vez mais, o direito universal à alfabetização científica.
Parece importante afirmar (mesmo que dispensável para aqueles que me acompanham há mais tempo) que em todas as minhas falas uso como prefácio e também como posfácio, como antídoto às políticas bolsonaristas que degradam o meio ambiente a encíclica laudato si’ do Papa Francisco.
Mas, maior emoção do que nessas cinco lives há um registro maior, em outra dimensão que merece narrar: Ontem, quinta feira, 10 minutos depois de terminar uma banca que envolveu toda manhã, (inclusive cancelei a minha ida à academia) sai sob um sol intenso e VINTE minutos depois de sair de casa já estava vacinado no Centro de Saúde Santa Cecília (cerca de 01 quilômetro da minha casa) depois de atravessar as múltiplas sinaleiras do complexo viário que há sobre a avenida Protásio Alves! Às 11h45min já estava mais uma vez em casa, O sol do meio-dia, sem os ventos de finados, fez uma temperatura de 32 graus agradável para fazer a minha pequena maratona. É muito bom ter feito a dose de reforço. Está aumentada a esperança de vencer o vírus.
Após tão significativo registro cabe narrar alguns eventos, nada triviais, que emolduraram os fazeres dessa semana, antes descritos. À noite de domingo, recebi a querida visita do Professor Guy Barcellos. Primeiro fomos à Avenida Mauá para ver os imponente murais, inaugurados na semana anterior. Foi uma linda visita, que merece ser repetida, mas a pé para melhor curtir os múltiplos painéis. Depois, aproveitando temperatura amena, saboreamos jantar supimpa com bom vinho sob parreira na qual já abundam muitos cachos. Na noite de terça-feira recebi a Márcia, minha personal trainer, há mais de uma dezena de anos, acompanhada do Emerson, seu marido. A comida foi apetitosa mas não podemos fruir dos bucólicos cenários dos jardins pois os ventos de finados não deram tréguas.
Ainda cabe o registro de dois mimares: 1) os Professores Edson e Alana, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, IFRS, Câmpus de Bento Gonçalves, retribuíram, de uma maneira muito significativa e carinhosa, uma fala eu fiz na semana passada para o curso de pedagogia defendendo o direito de uma alfabetização científica para todos. Remeteram uma cesta (aprendi que uma caixa, mesmo que não nada parecidas às cestas que nossos ancestrais usavam, por exemplo, para colheita da uva podem ser chamadas de cestas) contendo muitos quitutes de mais diferentes espécies geleias, cremes, biscoitos e é claro uma garrafa de vinho de Bento Gonçalves a embalagem era muito bonita e acompanhada de um querido cartão agradecendo ter estado no IFSul, câmpus Bento Gonçalves. Sou imensamente agradecido por tão amável momo. 2) Ontem recebi, enviado pelos meus colegas Gustavo e Frederico, da Escola Sesc Rio de Janeiro, o livro Aula núcleo de Ciências da natureza: espaço de inovação, diálogos e práticas interdisciplinares. Se diz, em uma dedicatória: sua produção é uma inspiração. Acompanhava o livro uma camiseta do caminho das Ciências, no qual figuro. Estes mimos só ajudam a querer bisar a residência que fiz em tempos pré pandêmicos. Só que agora pensaria um mês e não uma semana como antes.
Agradeço, uma vez mais, ao meu colega e ex-aluno Jairo Brasil que soube driblar obstáculos oferecidos pelo blogspot. Ele editou e postou esta edição.