Ano 6 *** www.professorchassot.pro.br ***
Edição 2008
Hoje, dia 31 de janeiro, às 18h será
celebrada missa de sétimo dia, em memória do Professor Roque Moraes. Esta ocorre
na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, situada na Rua Dario Totta, nº 24, em
Teresópolis, Porto Alegre.
Li no texto Colesterol e
desigualdade de Moisés Naím [Folha de S.Paulo, p. A14 27JAN2012]
que existe
(assim como o colesterol) 'desigualdade boa' e 'ruim', mas que o truque
consiste em conter a segunda no nível mais baixo possível.
O referido artigo é a propósito
do quanto, nos Estados Unidos e em outros o principal tema político de 2012 será a
desigualdade. Neste ano, haverá eleições em países que concentram 50% da
economia mundial. E, em todos eles, os protestos contra a desigualdade e as
promessas de reduzi-la farão parte do debate.
Para Moisés Naim a “desigualdade
não é nova. O que é novo é a intolerância em relação a ela. As grandes maiorias
nos países mais ricos, alquebradas por desemprego e austeridade, começaram a
interessar-se pela distribuição de renda e pela riqueza. E o interesse pelo
tema se globalizou. Por muito tempo o mundo viveu em coexistência pacífica com
a desigualdade (com ocasionais revoluções que interromperam a coexistência)”.
A propósito o autor
apresenta uma manchete do "Los Angeles Times", "os
seis herdeiros da Wal-Mart são mais ricos que a soma dos 30% dos estadunidenses
com renda mais baixa". Fiz uma ‘continha’. Se os Estados Unidos
tem cerca de 309 milhões de habitantes, seis deles têm o mesmo que têm outros
92,7 milhões. Ou seja, cada um dos herdeiros da Wal-Mart tem o mesmo que outros
15 milhões de estadunidenses. Isto é aproximadamente 1,5 vezes a população do Rio
Grande do Sul,
Parece ser senso
comum que há ai deve ter dinheiro mal havido, especialmente se entendermos que
a Wal-Mart — talvez a maior multinacional do Planeta — tem cerca de 50 anos e
opera no setor de supermercados e lojas de departamentos. É difícil ficar insensível
a tamanha desigualdade. Mesmo que no Brasil o lema seja: “Wal-Mart – É pagar menos. É viver melhor”
Mas nem todos
criticam a riqueza. O banqueiro Jamie
Dimon, presidente do JPMorgan Chase, declarou exasperado: "Não entendo nem
aceito essa coisa de criticar o sucesso ou agir como se todos os bem-sucedidos
fossem maus". A perplexidade de Dimon é baseada na suposição de que
riqueza é o modo como a sociedade estimula e premia inovação, talento e
esforço. Quem é rico merece sê-lo.
Mas nem sempre.
Grandes riquezas também podem ser fruto de corrupção, discriminação ou
monopólios. Na lista dos mais ricos do mundo, há muitos milhares de milionários
que chegaram a isso mais graças ao Estado do que ao mercado.
É ainda de Moisés
Naim a afirmação: “A desigualdade econômica em alto grau é prejudicial à saúde
de um país: acarreta instabilidade política maior, mais violência e também
prejudica a competitividade e, no longo prazo, o crescimento”.
Talvez esta
blogada pudesse ter o mesmo encerramento que a postagem de ontem: Façamos algo (e torçamos nos países em ocorrem eleições) para que UM OUTRO
MUNDO SEJA POSSÍVEL