ANO 15 |
Agenda de Lives em página |
EDIÇÃO 3700 |
Aqui, e em muitos outros espaços, é tempo de
encerrar logo este bissexto 2020 aziago. Já é tempo de cantarolar musiquinha
xaroposa “Adeus, ano velho!”
Está é última edição deste blogue este ano.
Volto, muito provavelmente, 15 de janeiro de 2021. Mesmo sem sair, por estes
dias, nem para o jantar com familiares, parece que me irmano, como nunca
dantes, nesta tão esperada virada de ano (em férias).
Esta é 48ª edição do blogue deste ano. Quantidade
coerente para uma edição semanal, com período de férias. Nestes quase 15 anos
de circulação, durante um tempo, houve edições diárias (quase não crível para
mim) e depois com número variável de edição semanais. Já, há três anos, postar
a edição semanal, ao pôr-do-sol das sextas-feiras, determina, não apenas o
início do shabath, como também, estar então num fruído fim de semana.
As viradas de anos são usualmente tempos de
muito afeto que entrelaçam crentes e incréus. Todos nós — desde as crianças que
são mais hábeis que nós em certos artefatos tecnológicos até homens e mulheres mais
anosos, que qual Edgar Morin, continuam distribuindo saberes — estamos mais
solidários nestes tempos. Isto faz que nesta edição — diferente de quase todas
minhas blogadas destes 2019 e 2020 —, não arremessarei dardos farpados contra o
presidente da República. Neste período de desejar Paz e Saúde, respeitando a
liturgia do cargo, incluo o presidente Messias.
A recém nominação de um dos mais importantes e
admirados intelectuais coetâneos foi para não deixar sem um registro algo muito
emocionante, que mulheres e homens de dezenas de países das Américas, da
Europa, da África e talvez de outros continentes (que não registrei),
vivenciamos, nesta quarta-feira, dia 16. Edgar Morin (Paris, 08 de julho 1921)
com quase 99,5 anos, pronunciou por quase 1 hora, a conferência magistral do 3º
Congresso Mundial de Transdisciplinaridade, Trouxe, com encantadora lucides uma
narrativa escorreita, permeada de exemplos da Química e da biologia,
especialmente da evolução de primatas. Respondeu perguntas, não aparentou
cansaço e não percebi em nenhum momento esquecimento.
Realmente foi estimulante (e, porquê não dizer,
encantador) o que se assistiu. Sem ter referido, nos ofertou mais desejos de que
a vacina venha também para ser facilitadora do transe que vivemos.
No olhar, com aumentada esperança para um
futuro longevo, conectei algo do passado: em junho de 2009, estava na UFPA, participando
do evento ‘2009 Ano Brasil-França’. O conferencista para o encerramento não
pode vir. O convidado à tribuna recém vacante se propôs a narrar tentativas
para mostrar possibilidades de um caminho inverso para a leitura do ‘mundo
real’: das disciplinas à indisciplina.
Foi significativo para mim, no dia 20 de junho de 2009, colaborar que a cátedra
destinada a Morin não ficasse desocupada.
Em paralelo a excepcional live acima narrada,
nesta última semana, antes de cumprir o recesso já anunciado, tive duas bancas
(uma no PPGECM na Unifesspa, em Marabá PA e outra em Cuiabá MT, em Programa de
Pós-graduação UniC e IFMT) e duas lives: ontem, na UERR, na única capital
brasileira no hemisfério Norte e hoje minha 88ª (e última live do ano) em mais
uma edição de ‘Diálogo de Aprendentes’, no IFSP no campus de São José dos
Campos. Agora, já expectante com 2021.
Aos que creem/aos que não
creem no milagre natalino de uma virgem dando à luz a um Deus // aos que
podem/aos que não podem ficar em casa para ajudar a frear a disseminação do
covid-19, a cada um dos habitantes do Planeta Terra (nossa casa comum) votos de
um muito feliz ano novo!