TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Três verbos: LER / ESCREVER / EDITAR

ANO 16

21/02/2025

Agenda de Lives em página

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

2010


O monumento aos livros está em Morro Reuter, próximo a Porto Alegre. 72 livros

Estamos já vivendo a última semana de fevereiro. Estou com livros a mancheia. Três verbos determinam meu viver como homo librorum nesses meus novos tempos de neo-aposentado: ler, escrever e publicar. Os dois primeiros preenchem quase exclusivamente o meu/nosso quotidiano. O que estamos fazendo agora? Lendo  e/ou escrevendo! 

O terceiro: quantos de nós já não sonhou ser um editor? Muito provavelmente ser editor de um blogue é uma maneira ‘pequena’ de realizar este sonho reprimido. Ler também os nossos escritos nos faz editores! Ler os comentários laudatórios de nossos colegas nos faz quase detentores do Nobel de Literatura.

Faço uma experiência: edições menores; edições trazidas de excertos de edições grandes. Agora os dois momentos já anunciados. Um dos momentos preencheu meu fim de semana e ainda se espraia pelos dias que fluem. O terceiro (publicar) ainda me interroga. É irrespondível.  Eis um teste:

No sábado, um passarinho, ainda implume, caiu no foyer pela chaminé da lareira, de provável ninho no piso superior. Não voa ainda, mas se adonou e marcou sua presença em peças da casa. No domingo, com orientações de distantes pontos do país recebi recomendações para hidratá-lo e alimentá-lo. Não tive muito sucesso. Acolchoei-lhe uma caminha. Na manhã de segunda-feira, anunciei aos meus parceiros salvacionistas que o frágil passarinho fora a óbito. Engano meu. Ao ascender para dar-lhe sepultura no jardim, manifestou-se piando a doer. Então, de vez em vez, ofertei-lhe uma solução hidratante, leite morno, pirão... Não fui hábil. Penso que a oferta não foi aceita. À tarde, na expectativa que seu piar chamasse sua mãe (depois me disseram que as mães não reconhecem filhotes que foram tocados por humanos e os deserdam), levei-o a um tomar um sol, entre nuvens, nada intenso. Foi fatal. Ele morreu. Dei-lhe sepultura sob uma lápide, onde penso que vejo escrito este memorial. Sofri. Sofro. Eu não mato uma das milhares de drosophilas que se apossaram de minha cozinha, ajudei a matar um passarinho ainda implume (levando-o ao sol).

Agora um interrogante fulcral: como o episódio do frágil filhote e os cruéis crimes contra a humanidade em centros de extermínios se entretecem. Parece que não preciso responder. Até a vindoura sexta-feira.


sábado, 15 de fevereiro de 2025

Alfabetização digital, uma questão moral

 @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@


Alfabetização digital, uma questão moral###

 

 ANO 16

14/02/2025

Livraria digital em

www.professorchassot.pro.br

                  LIVRARIA VIRTUAL

EDIÇÃO

2810

ESTA BLOGADA É UM OFERTÓRIO A VERA LÚCIA RENNER, uma fazedora de palavras

Parece que o 2025 começou prá valer... Já se fala em carnaval (na segunda metade de fevereiro). Já se fala muito em preço de ovos (não de Páscoa). O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua). Na academia  tenho dito que na pandemia perdemos a sala de aula. Outra perda: não temos mais a hegemonia dos semestres letivos. Tenho colegas em 2022 e outros estão começando o 2021/1. E o 2025 agora já aparenta ser o ano passado labelado com as marcas da vacuidade.

Há não muito, de maneira usual, dividíamos os humanos em analfabetos e alfabetizados. Estes, enquanto alfabetizados na língua materna, eram — de maneira usual — qualificados como capazes de saber interpretar (ou ser capazes de redigir) um bilhete ou ser um leitor de um livro. Também, aqui se pode falar em múltiplas alfabetizações além da usual no idioma de berço: alfabetização científica, alfabetização matemática, alfabetização geográfica, alfabetização musical, alfabetização astronômica, ou ainda, em idioma(s) estrangeiro(s) etc. Talvez, pudéssemos afirmar que a Alfabetização Científica — na acepção de ler o mundo por meio da linguagem que a Ciência o descreve — se faz numa assemblage*1 de diferentes alfabetizações. Mais recentemente, depois de milênios usando múltiplas linguagens escritas, incorporamos às nossas habilidades a alfabetização digital. Nesta especificidade, de maneira mais recorrente, caracterizamos três estratos: os nativos digitais, os imigrantes digitais e os alienígenas digitais.

Hoje, de vez em vez, encontramos situações nas quais avós se socorrem dos netos em múltiplos fazeres, nos quais são inábeis, como por exemplo, na operação de smartphones. Há crianças (e também adolescentes) que jamais escreveram com um lápis ou com uma caneta. Há os que nunca usaram suporte papel para escrever um bilhete ou uma carta ou mesmo para a redação de um trabalho escolar.

Há situações nas quais nativos digitais (= nascidos no século 21, parece ser uma adequada cronologia) se comunicam por escrito prescindindo inclusive da língua materna. Diálogos — usando apenas emojis2** — podem oportunizar uma frutuosa comunicação entre nativos digitais.

Um grupo, muito mais numeroso que o anterior, são os imigrantes digitais (= a imensa maioria dos nascidos no século 20) que em suas vidas foram (por muitos anos) analfabetos digitais, mas — não raro, com árduo aprendizado — deixaram de ser alienígenas e ingressaram na tribo dos nativos digitais. Muitos fizeram essa transição sem sotaques, inclusive, com a trazida de suas habilidades, enquanto estrangeiros, e aportaram riquezas ao universo digital. Esta migração também foi/é muito ampla. Há aqueles que são (quase) do paleolítico, pois foram alfabetizados em uma pedra de ardósia escrevendo nela com uma estilete da mesma pedra. Há cerca de um quarto de século escrevi um texto3*** no qual narrei, então, os meus cinquenta anos de meu escrevinhar, iniciado em uma lousa de ardósia, emoldurada em madeira, muito semelhantes — no formato físico    e em tamanho — aos atuais tabletes.

Há um terceiro grupo: os alienígenas digitais. Este é um grupo muito numeroso e, muitas vezes, invisibilizado. A maior parte daqueles que não ‘usam’ dos recursos do mundo digital, são, cada vez mais marginalizados no hodierno. Por exemplo: são incapazes de usar os mais comuns meios de transportes urbanos, pois não conseguem operar um aplicativo (um dos ícones do mundo digital). Nos tempos pandêmicos os alienígenas digitais foram/são cada vez mais excluídos também pela inabilidade no ensino remoto. É importante mencionar que no mundo da Educação a exclusão ocorre, de maneira significativa, pela impossibilidade de acesso a hardwares necessários para acessar as ‘benesses’ do mundo digital. Vale registrar dentre os diferentes hardware nenhum é de uso tão exclusivo quanto o smartphone. A propósito: tu já emprestaste o teu para alguém?   

Hoje há que lutarmos para ensejar a migração dos alienígenas digitais para fazê-los imigrantes digitais. Assim, como ninguém discorda que se faça campanhas de alfabetização na língua materna temos que acolher, como uma questão moral, os alienígenas e fazê-los imigrante digitais. Quando alguém imigra para um país que tem um Idioma diferente, o que busca aprender por primeiro.

A cada dia chegam centenas de migrante a nosso convívio que ainda são analfabetos digitais. Há que alfabetiza-los. Há que faze-los migrantes digitais e mágico e) fantástico mundo digital.

[1] * No Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, um enólogo explicou-me que uma assemblage consiste de vinho formado pela reunião controlada de dois ou mais varietais em proporções estudadas, Assim, por exemplo, cabernet sauvignon + merlot poderiam formar uma assemblage (o substantivo é feminino, numa evocação à assembleia), ou tannat + pinot noir, outra. Observaram como esses varietais (palavra não dicionarizada, usada para indicar tipos de cepas) têm nomes sonoros. Aqui a palavra cepa (que pode ser usado para designar cebola, a partir de seu nome genérico) esta sendo usada em duas acepções no ramo das videiras: 1) caule ou tronco da videira, de onde nascem os sarmentos; ou 2) estirpe, linhagem ou tronco de família; cepo. O Houaiss me diz que assemblage significa composição artística realizada com retalhos de papel ou tecido, objetos descartados, pedaços de madeira, pedras etc e diz que a etimologia é da palavra francesa homônima assemblage (datada de 1493) 'conjunto constituído de elementos ajustados uns aos outros'. Já que estou brincando com palavras transcorreram duas que são dissonantes. Sarmento: mesmo que em Porto Alegre tenha na família Sarmento Leite das mais importantes, sarmento ser ‘vara que a videira dá cada ano’ nunca me soa bem, talvez porque evoque mais um ‘cão sarnento’. Outra é cepo, que para mim sempre foi ‘pedaço de tronco cortado transversalmente’ e não um ramo de videira.

[2] * Emojis — originados no Japão — são ideogramas e smileys usados em mensagens eletrônicas e páginas web, cujo uso está se popularizando para além do país. Eles existem em diversos gêneros, incluindo: expressões faciais, objetos, lugares, animais e tipos de clima.

[3] * CHASSOT, Attico. Sobre o ferramental necessário para o trabalho de escrever. Estudos Leopoldenses, v.32, n.148, p.37-55,1996.

A alfabetização digital como nós, a maioria dos leitores deste texto temos que aprender  Há que ensejar a muitos as benesses ofertadas por essas novas tecnologias.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Duas face de uma mesma moeda

 

     Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025// Ano 16<> Edição 2809


##############################

Dei-me duas sumarentas paradas no meu blogar usual do entardecer de cada sexta-feira. Vale referir que em diferentes estratos do mundo cristão se faz feriadão entre o Natal e o Ano Novo. Assim, foram muito bem aproveitados esses dias da virada 2024/2025. Há muitos que cantaram loas ao ano que se encerrava. Eu mesmo amealhei, em quatro de maio, uma retirada em alta do Hospital Mãe de Deus.

Refiro que o recesso natalino teve quase quatro semanas, que fruí  em um não blogar, que ainda se faz saudades. O recesso da virada 2024/2025, de tempos iguais ao natalino, foi muito saboroso. Vividas as duas paradas, estamos já agora encerando a primeira semana do segundo mês do ano;  vencidos os blogares de recesso, agora entramos em tempos já tidos como normais.

Uma mensagem (talvez, melhor dizendo: uma medalha!) com dois lados.

Uma das faces da medalha: Fernando se apresenta; ex-aluno da licenciatura do IPA; gerenciador de um canal do You Tube; popularizar a Ciência. 

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, seu ex-aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!! Fernando

Vou deixar meu whatsapp se lhe interessar pode entrar em contato. 51 9****22291

Os tempos se alteram:  Esta (in)esperada mensagem chegou, como outras centenas eram para ser pelo meu aniversário (06Novembro)  mas foram ‘expedidas’ no ocaso de 20Janeiro. Como poucas mensagens (como a do Fernando) requeriam respostas custei-me a perceber porque eu estava recebendo cumprimentos exóticos.  

 Uma das faces da medalha: Fernando se apresenta; ex-aluno da licenciatura do IPA; gerenciador de um canal do You Tube; popularizar a Ciência

A mensagem enviada tem duas dimensões: uma evocação de aulas de há mais de 10 anos e no segunda lado da medalha traz uma dimensão espiritual que nunca antes vivi algo tão emocionante;

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, seu ex-aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!!# Fernando


Neste momento desafiador, quero que você saiba que não está sozinho. A doença de Parkinson pode travar alguns movimentos, mas nunca a sua força interior, coragem e determinação. Cada dia é uma prova da sua resiliência e da sua capacidade de enfrentar obstáculos com dignidade.

Lembre-se de que pequenos passos ainda são progresso, e cada vitória, por menor que pareça, é motivo de celebração. Você é uma inspiração para todos nós.

Fernando Noguez

O que precisar e estiver dentro do meu conhecimento e alcance estou a disposição! Atualmente sou professor, editor de vídeo de uma agência que representa um game na américa latina

Grande Mestre Chassot!

 Saudades do mestre, um forte abraço.

Olá querido mestre Attico!!!

Sou o Fernando Noguez, 

Seu ex aluno do IPA.

Queria me oferecer para gerenciar gratuitamente um canal no YouTube para o senhor, com o objetivo de alcançar mais pessoas e popularizar suas lives!!!

Vou deixar meu whatsapp se lhe interessar pode entrar em contato. 51 984****291



Fernando

Fernando Noguez

Grande Mestre Chassot! Saudades do mestre, um forte abraço.

Dois destaques: Depois dos dois lados da medalha refiro duas visitas: 

Ontem: 06/02/2024 Guy Bastos Barcellos FURGrande

Hoje: 07/02/2024 Rosa Maria Coitinho UPasso Fundo