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12 |
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EDIÇÃO
3359
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Esta é uma blogada ‘ligeira’ para
uma semana que é densa e extensa. Não vou detalhar minha estada em dois
Institutos Federais: IF Triângulo Mineiro, campus Uberaba (onde fiz a conferência de Abertura I Congresso Integrado de Química, I CONINQUI
e ministrei um minicurso e dei uma palestra) e no IF Goiás, campus de Inhumas (onde
houve atividades com licenciandos em Química).
Também não vou detalhar o meu estar
na abertura de julho em Chapecó na Unochapecó e na Universidade Federal da
Fronteira Sul e em Porto Alegre no Colégio Dom João Becker.
Quero privilegiar três joias
recebidas lateralmente ao evento de Uberaba. Estas foram as visitações aos #1
Memorial Chico Xavier #2 Museu Arqueológico em Peirópolis #3 Casa de Lembranças
e Memórias de Chico Xavier. Nestas três visitas tive o privilégio de ter uma
arguta cicerone: a professora Danila Fernandes Mendonça, do IF Goiás, campus de Inhumas, com quem há um tempo tenho
compartilhado a disciplina de Instrumentação
para o ensino de Química. Nas visitas 1 e 3 ela foi importante de maneira
significativa pelo conhecimento que detém da vida e da obra de Chico Xavier, em
decorrência de professar a doutrina espírita. Também, ao final desta blogada há
um “para saber mais acerca de Chico Xavier” heliocêntrico nestas duas visitas.
#1 Memorial Chico Xavier Na manhã de terça-feira, por mais de 1 hora, visitamos o Memorial O
Memorial Chico Xavier que está vinculado ao Departamento de Museus da Fundação
Cultural, conta com espaços multifuncionais, com galerias de exposições,
biblioteca, Centro de Pesquisa e Documentação, auditório e praças
contemplativas. Estão expostos quadros da exposição sobre o médium Chico
Xavier, vindas do Instituto Chico Xavier de Brasília.
#2 Museu Arqueológico em Peirópolis
Na tarde da terça-feira, em cerca de 30 minutos, fomos
ao distrito rural de Peirópolis, onde já desde a década de 1940, descobertas
paleontológicas já traziam nova notoriedade para a região. Informado de que
fósseis de ossos haviam sido encontrados durante obras de retificação da linha
da Cia. Mogiana, o paleontólogo gaúcho Llewellyn Ivor Price (1905-1980),
começou a trabalhar em Peirópolis em 1947. Realizou uma escavação sistemática
na região de Caieira, entre 1949 e 1961. Como resultado, foram recuperadas
centenas de ossos fossilizados do período Cretáceo Superior (100 a 65 milhões
de anos atrás), sobretudo de dinossauros do grupo dos titanossauros.
Por quase 30 anos, o Ivor Price
pesquisou as terras do Triângulo Mineiro e de municípios paulistas. Considerado
o pai da paleontologia brasileira, permaneceu na região até 1974. Todo o acervo
de fósseis coletado por ele e seus auxiliares, ao longo de três décadas,
integra a coleção do Museu de Ciências da Terra do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), no Rio de Janeiro.
Em 1991, a Prefeitura Municipal de Uberaba
restaurou o prédio da estação e outras dependências no entorno para instalar o
"Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price", criado no
ano seguinte sob supervisão do geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro. A antiga
estação passou a abrigar um laboratório de preparação de fósseis e um pequeno,
mas atraente museu paleontológico, aberto à visitação pública e vinculado à
Fundação Cultural de Uberaba. Outros imóveis no entorno foram transformados em
residências para pesquisadores.
Dentre as atrações do museu,
destaca-se hoje o esqueleto fossilizado do crocodilomorfo do Cretáceo Superior
Uberabasuchus terrificus – descoberto na região no ano 2000 e um dos mais
completos do tipo já encontrado no mundo – que está exposto no museu ao lado de
uma réplica do animal. O Uberabasuchus terrificus pertence a uma família de
crocodilomorfos denominada Peirosauridae em homenagem a Peirópolis. Estima-se
que ele media aproximadamente 2,5 metros de comprimento e pesava cerca de 300
kg.
Mais recentemente foram descobertos
na região fósseis do Uberabatitan ribeiroi, o maior dinossauro brasileiro já
encontrado. Fósseis de três indivíduos dessa espécie foram descobertos em 2004
na região de Serra da Galga, entre as cidades de Uberaba e Uberlândia, durante
a realização das obras da duplicação da rodovia BR-050. O trabalho de retirada
dos fósseis foi concluído em 2006, após os técnicos escavarem manualmente cerca
de 300 toneladas de rochas que datavam do período Cretáceo e Paleogeno para a
extração do material. Em 2011, foram feitas novas descobertas na mesma área,
que incluem um fêmur de 1,4 metros do Uberabatitan.
Em 2011, o novo prédio e seus equipamentos
– juntamente com o Museu e o Centro de Pesquisas – foram integrados ao novo
Complexo Científico Cultural de Peirópolis vinculado à Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (UFTM) e à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior de Minas Gerais.
#3 Casa de Lembranças e memórias de
Chico Xavier Na quinta-feira, antes de deixarmos Uberaba,
fizemos uma emocionante visita ao local em que viveu e morreu Chico Xavier. A
residência de Chico Xavier foi transformada em Museu, com todos os seus
pertences pessoais. Esta é administrada por Eurípedes Humberto Higino dos Reis,
filho adotivo de Chico Xavier, que nos recebeu muito bem. O espaço é um convite
para relembrarmos os momentos vividos pelo médium, diversos objetos, fotos e
pertences tais como: todos os livros psicografados, diversas fotos e imagens,
roupas e utilitários, móveis, premiações, entre outros.
PARA SABER MAIS Francisco Cândido
Xavier, mais conhecido como Chico Xavier (Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910 —
Uberaba, 30 de junho de 2002), foi um médium, filantropo e um dos mais
importantes expoentes do Espiritismo. Seu nome de batismo, Francisco de Paula
Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo
nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros
livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda
viagem aos Estados Unidos. Chico Xavier psicografou mais de 450 livros, tendo
vendido mais de 50 milhões de exemplares, sendo o escritor brasileiro de maior
sucesso comercial da história, mas sempre cedeu todos os direitos autorais dos
livros, em cartório, para instituições de caridade. Também psicografou cerca de
dez mil cartas, nunca tendo cobrado algo ao destinatário. Seus empregos foram:
vendedor, tecelão e datilógrafo.
O legado do médium ultrapassa as
barreiras religiosas e ele é reconhecido como o maior "líder
espiritual" do Brasil, sendo uma das personalidades mais admiradas e
aclamadas no país e ressaltado principalmente por um forte altruísmo. Vem
recebendo grandes homenagens e honrarias, por exemplo: Em 1981 e 1982 foi
indicado ao Prêmio Nobel da Paz, tendo seu nome conseguido cerca de 2 milhões
de assinaturas no pedido de candidatura; em 1999 o Governo de Minas Gerais
instituiu a Comenda da Paz Chico Xavier; e em 2012 ele foi eleito O Maior Brasileiro de Todos os Tempos,
em um concurso homônimo realizado pelo SBT e pela BBC, cujo objetivo foi
"eleger aquele que fez mais pela nação, que se destacou pelo seu legado à
sociedade". (Com ajuda da Wikipédia)