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Agora um hebdomadário
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sábado, 26 de agosto de 2017
26.— Um muito significativo estar em Blumenau.
Há
incursões que fazem história, quando algo que é quase rotina se trasveste em
sumarentos momentos de aprendizagem. Na última quarta-feira, 23 de agosto, fui,
uma vez mais, à germânica Blumenau. Fiz a usual viagem: um voo de 50 minutos Porto
Alegre/Navegante mais uma viagem por terra de quase o dobro do tempo.
Atendia
a atencioso convite de estudantes do curso de Química para participar da I Semana Acadêmica Integrada de Química,
do campus da UFSC de Blumenau. Desde que UFSC está em Blumenau, a cada ano,
tenho sido distinguido com convite para estar com os corpos discente e docente.
Na
noite de quarta, tendo como anfitriã a querida colega cuiabana Ana Carolina Araújo
da Silva, atendendo ao tema que me foi proposto: “Exigências de estar no novo mundo (da Academia)” falei para cerca
de 200 pessoas. Desta fala vou destacar uma publicação de Clarissa Rodrigues,
Professora da Universidade Federal de Ouro Preto: “Emoção de ser convidada para falar no mesmo evento que o professor Attico Chassot é convidado e, ainda, ouvi-lo
começar sua fala bradando ‘Fora Temer’!”
Tenho
sempre insistido com aqueles que me convidam para uma fala que, ao
considerarmos os custos de deslocamentos, estadias etc. não é válido restringirmos
nossas atividades a apenas um encontro. Por tal, na parte da tarde, minha
sempre atenciosa colega Arleide Rosa da Silva, da FURB organizou uma atividade muito
enriquecedora para mim.
Fui
visitar a Escola de Educação Básica
Municipal Visconde de Taunay — uma escola que tem reconhecimento internacional
e por tal é certificada e laureada pela RIEC.
A
Rede de Escolas Criativas surgiu em Barcelona em 2007. Em 2012 tornou-se uma
rede internacional, a RIEC, idealizada pelo professor espanhol Saturnino de La
Torre, quando do encerramento do IV INCREA - Forum Internacional: Innovación y
creatividad: Adversidades y Escuelas creativas, realizado em Barcelona. A sede
da RIEC está localizada na Universidade de Barcelona, já está presente no
Brasil e em diversos outros países.
A
RIEC tem como missão criar uma consciência coletiva de troca para gerar ações
comprometidas, orientadas a uma educação transformadora, cujos princípios se
fundamentam na criatividade, na transdisciplinaridade, ecoformação e
complexidade. A proposta busca resgatar, reconhecer e difundir o potencial
criativo de escolas com trajetória inovadoras, que podem servir de referencial
em um processo transformador do sistema educativo.
Não
tenho condições de narrar tudo que vivencia na tarde desta quarta na EEBM
Visconde de Taunay. Talvez o mais seja reconhecer que ao invés de falar por
mais de uma hora houvesse prolongado aquela conversação sumarenta na café após minha
fala.
Recebi, com carinhosa dedicatória o livro Projetos criativos e ecoformadores na Educação
Básica: uma experiência em formação de professores na perspectiva da
criatividade*, no qual a Arleide é co-autora junto com as professoras Jeane
Pitz Pukall e Vera Lúcia de Souza e Silva que descreve significativos fazeres
de uma Escola que sonharia, no meu continuado laborar em utopias, saber existir
por todo Brasil.
*Blumenau: Nova Letra, 2017, 90 p.
ISBN 978-85-460-0151-4
Vale
ver: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/222-537011943/33321-escola-publica-catarinense-e-reconhecida-por-iniciativas-voltadas-para-a-sustentabilidade
Vale
ver também https://www.youtube.com/watch?v=b1SH7CAqFjE
& http://vtsustentavel.blogspot.com.br/
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
18.— Vale colaborar com a Wikipédia
ANO
12 |
Agora um hebdomadário
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EDIÇÃO
3312
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Antes de trazer o que fulcral nesta edição semanal, um
registro da viagem desta semana. Diferente da semana anterior que me deslumbrei
com o convite para uma banca de doutorado e uma conferência em Bogotá e depois encantei-me
com Cartagena, essa semana fiquei no Rio Grande do Sul. Na tarde e noite desta
quinta-feira estive Lajeado, onde a Univates, merecidamente se engalana no
festejamento de sua ascensão à Universidade; agora é por mérito Universidade do Vale do Taquari.
À tarde, participei da sessão de qualificação do pedagogo Mateus
Lorenzon que apresentou sua proposta de dissertação, no Programa de
Pós-graduação em Ensino: ENSINO POR INVESTIGAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA ALFABETIZAÇÃO
CIENTÍFICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. A sessão de qualificação
foi presidida pela Professora Jacqueline Silva da Silva, orientadora da
dissertação e participaram como examinadores externos: o Professor Roque Ismael
da Costa Güllich da UFFS e eu; como examinador interno o Professor José Cláudio
Del Pino. A banca reconheceu méritos no trabalho e aditou sugestões estimulado
a continuação da proposta.
À noite falei para graduandos de Pedagogia e de
licenciaturas com professores, mestrandos e doutorando, acerca das exigências
de migrarmos das disciplinas à indisciplina.
De maneira muito frequente
tenho feito duas afirmações acerca da Wikipédia: A primeira, ela se constitui no melhor exemplo da democratização do conhecimento;
então, evoco o quanto na minha infância e mesmo na minha adolescência ter ou
não ter uma enciclopédia fazia diferença. A enciclopédia era um artefato
cultual acessível apenas aos mais abonados. Lembro que íamos ‘fazer os temas’
nas casas de colegas que tinham enciclopédia.
A outra,
o quinto sou um usuário frequente da Wikipédia; talvez uma meia dúzia de vezes
a cada dia. Tenho ainda, uma enciclopédia em 30 volumes em suporte papel (doei
uma de 20 volumes há mais de 10 anos; hoje escolas declinam doações deste gênero).
Passam meses sem que a consulte.
Este preâmbulo vem a propósito de uma mensagem
recebida de Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, pois há dois anos eu
fizera uma doação a Wikipédia da qual transcrevo excertos:
Quando eu criei a
Wikipédia como uma organização sem fins lucrativos, todos me disseram que eu me
arrependeria disso. Mas aqui estamos nós, mais de 10 anos depois, e a Wikipédia
ainda é um dos dez principais sites, mantido por uma organização sem fins
lucrativos e uma comunidade de voluntários dedicados.
Se já parei para pensar no quanto teríamos lucrado se a
Wikipédia fosse um site comum? Claro que já. Mas acredito que as pessoas não se
sentiriam tão motivadas a criar conteúdo para a Wikipédia e que você não
confiaria em nós se estivéssemos buscando apenas o benefício próprio. A
Wikipédia não é minha, é de todos.
Se todos que já contribuíram fizessem, hoje, uma nova
doação, nossa campanha de arrecadação de fundos alcançaria sua meta dentro de
uma hora. Ainda não chegamos lá. Por favor, ajude-nos a alcançar a meta de
arrecadação e a melhorar ainda mais a Wikipédia.
Por sermos um site administrado quase que exclusivamente por
voluntários extremamente comprometidos com a divulgação gratuita de
informações, seria inadequado pedir dinheiro a patrocinadores. Em vez disso,
contamos com a ajuda de leitores como você.
Sabemos que é irônico dizer “o conhecimento deve ser
gratuito” e depois pedir que você pague por ele. Mas a alternativa seria que,
se você e os outros milhões de leitores, editores e contribuintes da Wikipédia
não doassem, o princípio de livre acesso que tanto prezamos correria sérios
riscos.
Portanto, agora é hora de pedir ajuda.
Se
a Wikipédia é útil para você, pedimos que você reserve um minuto para ajudá-la
a continuar on-line, livre de anúncios e crescendo cada vez mais.
Acesse https://donate.wikimedia.org
Parece que vale colaborar. Muito estimadas
leitoras e estimados leitores, relevem meu pedido. Mas parece-me uma causa
muito nobre. Eu vou renovar a doação.
domingo, 13 de agosto de 2017
!3.— Desde Cartagena
ANO
12 |
EDIÇÃO
3311
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Não é demais repetir: desde o dia 30 de julho, data que este
blogue completou 11 anos, frequência é semanal, circulando aos fins de semana;
isto é: desde pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de domingo.
Hoje escrevo na madrugada de domingo, desde Cartagena na
Colômbia — cidade que há muito desejava conhecer — onde cheguei o final da
manhã de ontem.
Na última edição deste blogue contei que já estivera neste importante
país latino-americano em 2009. Então fiz cinco falas em Bogotá (3), Medelín e
Pasto. Então, fui lembrado que não estivera em uma linda cidade colombiana. A
Wikipédia me ensinara que “Cartagena das
Índias ou, simplesmente, Cartagena
é a capital do departamento de Bolívar. É a quinta maior cidade do país, e a
segunda maior da região, depois de Barranquilla; e sua região metropolitana é a
quinta maior concentração urbana da Colômbia”.
Vim à Cartagena depois de ter estado
em Bogotá na Universidad Distrital Francisco José de Caldas, no Programa de
Doctorado Interinstitucional em Educación, onde na quinta-feira, dentro
do Seminario de Miradas Contemporáneas en
Educación apresentei a palestra “Desde a la certeza as las incertezas”.
Na sexta
participei como jurado, na apresentação pública da tese, aprovada com louvor, “Relaciones ciencia – religión y enseñanza de
la evolución. Estudio de casos con profesores de biología de educación básica
secundaria” pelo agora doutor Gonzalo Peñaloza Jiménez, A tese foi dirigida
pelo Dr. Carlos Javier Mosquera Suárez, Reitor da Universidade Distrital.
Na tarde sexta, as doutorandas Claudia Maria, Marisol e
Yamil, me oportunizaram conhecer a montanha de Monserrate, o mais conhecido dos
cerros Orientais de Bogotá. Junto com montanha de Guadalupe é um dos morros
tutelares da cidade. Monserrate tem uma altitude de 3152 metros e localiza-se
sobre a cordilheira oriental. Os morros de Bogotá, de origem sedimentaria, têm
pelo menos 16 milhões de anos de idade. Até meados do século 17 foi conhecido
como morro das Neves. A basílica do Senhor de Monserrate é lugar de
peregrinação religiosa desde a época colonial e constitui-se numa atração
natural, religiosa e gastronômica da cidade. Pode-se subir ao morro por caminho
peatonal, por funicular ou por teleférico, que foi a nossa opção. Almoçamos no
lindo restaurante Santa Clara. Lá em cima o soroche (tonturas e dificuldades
respiratórias) que ‘nos brinda’ de maneira usual Bogotá é aumentado.
Minha
referência anterior à Cartagena era através de um colombiano de Arataca: o renomado jornalista e escritor colombiano Gabriel
García Márquez, (1927—2014) laureado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1982,
autor do clássico do gênero literário realismo-fantástico latino-americano Cem Anos de Solidão, de 1967, viveu por
muitos anos em Cartagena, cuja casa vi ontem. Esta cidade foi inspiração para dois de seus livros: Ninguém Escreve ao Coronel, de 1961 e El amor en los tiempos del cólera (O Amor nos Tempos do Cólera), de 1985.
Mas é, ainda a Wikipédia que me ensina que Cartagena
tem uma das mais significantes atividades econômicas os complexos marítimos,
pesqueiros, petroquímicos e o turístico. A cidade foi fundada em 1 de junho de
1533, e foi batizada em homenagem a Cartagena, na Espanha. No entanto, o
assentamento de vários povos indígenas na região da Baía de Cartagena data de
4000 a.C. Durante o período colonial, a cidade teve um papel fundamental na
administração e na expansão do Império Espanhol nas Américas, sendo sede de
governo e moradia dos vice-reis espanhóis. O centro histórico de Cartagena,
conhecido como a cidade fortificada
onde à tarde de ontem bati pernas por mais de cinco horas, foi declarado
Patrimônio Nacional da Colômbia, em 1959, e posteriormente Patrimônio Mundial
pela Unesco, em 1984. Em 2007, suas fortificações e planejamento arquitetônico
militar foram declarados como a quarta maravilha da Colômbia.
Cartagena foi um dos mais importantes portos
comerciais durante o período colonial espanhol nas Américas. Era especialmente
utilizado para escoar ouro e prata aos portos da Espanha de Cartagena, Cádiz e
Sevilha para a Coroa Espanhola. O ouro e a prata, extraídos de minas,
principalmente, em Nova Granada e no Peru eram transportados até Cartagena, e
embarcados nos galeões espanhóis, passando pelo porto de Havana, Cuba com destino
aos portos da Espanha.
Cartagena veio a se tornar, ao longo do período
colonial, um dos maiores centros do comércio de escravos oriundos da África
(juntamente com Veracruz, México; era a única cidade oficialmente autorizada,
pela Coroa Espanhola, a realizar o comércio de escravos nas Américas. Os primeiros
escravos africanos que chegaram em Cartagena usados, como mão-de-obra, como
cortadores de cana, em abrir estradas, construir prédios e fortalezas e,
também, para destruir tumbas da população aborígene do Sinú, para encontrar
ouro e outras preciosidades que faziam parte dos acessórios funerários.
Em 5 de fevereiro de 1610, foi instaurado o Tribunal
do Santo Ofício da Inquisição, em Cartagena, através de um decreto emitido pelo
rei Filipe II. O Palácio da Inquisição — que conheci na tarde de ontem e revi
esta manhã — de arquitetura colonial, concluído em 1770, ainda preserva sua
fachada original. Quando Cartagena declarou sua independência da Espanha, em 11
de novembro de 1811, os inquisidores foram intimados a deixar a cidade. A
Inquisição voltaria, depois da Reconquista, em 1815, mas acabaria por
desaparecer completamente, seis anos depois, após a derrota espanhola, forçada
por tropas lideradas por Simón Bolívar.
Nestas pouco mais de 24 horas que passei na
histórica cidade aprendi muito. Sou particularmente agradecido ao senhor Luís
Carlos, guia do Museu do Ouro, que se auto-intitula “reconhecido historiador e
professor” que extrapolou em muito os seus fazeres no Museu do Ouro levando-me
a praças (quando as praças têm bancos são parques, corrigia-me, Don Luis) igrejas e ao prédio do
extinto Tribunal do Santo Ofício.
Acerca das extensas caminhadas da tarde de
ontem e da manhã de hoje tenho uma adjetivação: árduas. O sol era muito quente,
as calçadas muito estreitas (apenas para uma pessoa) esburacadas e com degraus
muito altos. Esta manhã vis um citytour de ônibus, pela parte extra-muros. Não
valeu muito pois não era dada nenhuma informação histórica.
È muito significativo se observar o número de
luxuosos estabelecimentos comerciais (hotéis, restaurantes...) e culturais (bibliotecas,
universidades...) que foram recuperados de antigos monastérios, mosteiros,
claustros. Um exemplo de cada grupo que visitei: o hotel mais luxuoso de
Cartagena (hotel Santa Clara) foi um convento de irmãs Clarissa. A Universidade
de Cartagena tem diversas dependências, em prédios históricos, como o Claustro de los Agustins, que foi um mosteiro de frades agostinianos,
Esta blogada que complementei nos aeroportos de
Cartagena e Bogotá tem uma síntese: eu fui a Cartagena e ali aprendi bastante. Ratifico
algo que escrevi no meu diário de ontem: Fazer turismo sozinho é
algo triste. Antes do voo Bogotá/ Guarulhos pretendo
postar este texto. Amanhã será bom estar na minha Morada dos Afagos.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
05.— Inauguram as edições hebdomadárias
ANO
12 |
Agora,
com edições semanais
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EDIÇÃO
3310
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Na última edição, na tentativa conferir uma sobrevida a este
blogue, anunciei que haveria uma edição por semana, com circulação aos fins de
semana. Esta é a primeira edição hebdomadária — palavra erudita para
caracterizar um evento que ocorre a cada semana.
Escrevo no day after
à lutuosa confirmação que os tempos temerosos se estenderão. Eu
não tenho condições emocionais para narrar os sentimentos de tristeza e nojo
que me assolam.
Esta escrita é tecido na viagem de mais de três horas entre
Belém e Rio de Janeiro, donde prosseguirei à Porto Alegre.
Cheguei, pela segunda vez este ano, à capital do Pará na
tarde de terça-feira. Ontem cumpri uma agenda com dois pontos. Pela manhã, com
os colegas Leila do Socorro R. Feio, Licurgo P. de Brito e Jônatas Barros e
Barros participei da defesa de tese da doutoranda Rocío Rubí Calla Salcedo, que
teve como orientador o Prof. Dr. José Jerônimo de Alencar Alves. Na foto, da esquerda para direita: Jônatas, Jerônimo, Rocío
Rubi, eu, Leila e Licurgo.
Rubí, professora da UFAP em sua tese OS PRIMORDIOS DO ENSINO
DE CIENCIAS NA MODERNIDADE AMAPAENSE (1947–1963), investigou a introdução das
Ciências no Território do Amapá, analisando os discursos dos governantes, os
decretos de leis, os regulamentos, os jornais da época, arquivo do único colégio
de então e outros fatores relacionados à educação. Foi possível perceber o
movimento de introdução das disciplinas científicas no currículo do Colégio
Amapaense em momentos específicos, atendendo aos discursos governamentais em
vigor e em consonância com o projeto maior de introdução das ciências modernas
na Amazônia e de toda atitude de estabelecimento dos novos costumes “modernos”
na região.
Ao encerrar minha intervenção, onde trouxe análises e
contribuições à versão final evoquei um dito atribuído a Tolstoi “Se quiseres
conhecer o mundo, narra primeiro a tua aldeia”. Vi isso na postura da Rubi, uma
peruana há 15 anos no Brasil, quis conhecer como ocorreu a introdução das
Ciências no então Território Federal do Amapá criado em 1943; obtidas algumas
respostas procurou ver como tal aconteceu na Amazônia e mesmo na
multiculturalidade formada pelos Brasis.
À tarde atendi a convite do Grupo de Estudos em Educação
Matemática e Cultura Amazônica (GEMAZ) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia
e História da Ciência (GFHC) falei para mais de 100 professores, mestrandos e
doutorandos discutindo as exigentes e necessárias transição da certeza às
incertezas. Nesta atividade tive a satisfação de ter um grupo de cerca de 40
graduandos do curso de Química que usam o livro A Ciência através dos tempos em uma de suas disciplinas.
Duas perguntas foram centrais na animação das discussões: Por que não houve revoluções científicas no
Oriente? e Por que houve revoluções
científicas no Ocidente?
Houve, então, uma terceira pergunta: acerca de nossas
leituras do Ocidente e do Oriente: dados dois grupos: #1) Selvagens terroristas;
#2) Pessoas de cultura... Quem é Ocidental? Quem é Oriental? Quem são os
outros? Quem somos nós?
Depois deste relato de fazeres na primeira semana agostina
anuncio uma segunda semana muito especial. Na segunda-feira vou a São Lourenço
do Sul, para no campus da Universidade Federal do Rio Grande participar no
Curso de Licenciatura em Educação do Campo Ênfase em Ciências da Natureza e
Ciências Agrárias do 1º Seminário de Ciências na Educação do Campo: “Fortalecendo
a Formação de Professores em Ciências da Natureza e Agrárias”.
Na quarta-feira viajo à Bogotá para da defesa da tese: ”Relaciones
ciencia – religión y enseñanza de la evolución. Estudio de casos con profesores
de biología de educación básica secundaria” na Universidad Distrital Francisco
José de Caldas no Programa de Doctorado Interinstitucional em Educación e
também para proferir um seminário “Desde a la certeza as las incertezas”.
Nesta viagem sonho conhecer Cartagena de Índias, pois quando
em 2009 dei palestras em cinco diferentes universidades colombianas foi me dito
que deixara de estar em uma das mais lindas cidades. Talvez, agora.
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