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terça-feira, 15 de setembro de 2015

15.- ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA, para quem?


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3081

Há uma semana, a Professora Marcia Cordeiro, da Universidade Federal de Alfenas, publicou em sua página do Facebook o texto que se constitui na blogada desta terça, aditada deste comentário: É nestas horas que me lembro do querido mestre Attico Chassot e da importância da alfabetização científica, relatada em seus livros.
Dois terços dos brasileiros não entendem conceitos básicos de ciência Uma pesquisa divulgada durante a 67ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), este ano em São Carlos (UFSCar), aponta ser pequena a parcela de brasileiros que pode ser considerada cientificamente letrada – apenas 5% das pessoas entre 15 e 40 anos.
Como destaca a Fapesp, que divulga os resultados, “isso significa que apenas essa parcela foi capaz de compreender vocabulários e conceitos básicos da ciência, usados no cotidiano, como biodegradável ou megawatt, e refletir de maneira crítica sobre o impacto da ciência na sociedade”.
Realizada pelo Instituto Abramundo (uma empresa brasileira que produz materiais de Ciências para o Ensino Fundamental www.abramundo.com.br ex-Sangari) e pelo Ibope Inteligência, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas com pelo menos quatro anos de estudo, entre março e abril deste 2015, no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Belém.
A partir das respostas, a pesquisa estabeleceu quatro níveis de letramento científico: ausente, elementar, básico e proficiente. O maior grupo é o letramento elementar (48%), seguido pelo básico (31%). E enquanto 16 % da população pesquisada não tem letramento científico, apenas 5% são proficientes.
Os grupos de letramento ausente e elementar indicam que quase dois terços das pessoas tem conhecimento muito restrito. Ou, como resume a Fapesp, “64% dos entrevistados tiveram dificuldade de responder a questões básicas, como, por exemplo, se compreendiam os efeitos de medicamentos que costumam utilizar”.
“Boa parte da população brasileira ainda não consegue fazer uso social da ciência, porque para isso é necessário saber ler e interpretar informações científicas”, avalia o consultor do Instituto Abramundo e professor da UFPE,  Anderson Stevens Leonidas Gomes.
De acordo com o Instituto Abramundo, os resultados podem ser considerados representativos de 23 milhões de pessoas entre 15 a 40 anos que completaram os quatro primeiros anos do ensino fundamental e que residem em 92 municípios das 9 regiões metropolitanas brasileiras.
Entre os que têm ensino superior, 48% atingem o nível básico e 11% podem ser considerados proficientes. “Nesse grupo de mais alta escolaridade há uma parcela significativa, 37%, com letramento científico apenas elementar e 4% que podem ser considerados iletrados do ponto de vista científico.”
O estudo diz que 61% dos trabalhadores não atingem o nível básico, sendo que 14% deles podem ser considerados cientificamente iletrados. “Apenas 4 em cada 10 trabalhadores das principais cidades do país têm a habilidade necessária para resolver problemas ou interpretar informações de natureza científica.”
* Com informações da Fapesp e do Instituto Abramundo

3 comentários:

  1. A cada dia aumenta o número de analfabetos funcionais nos bancos universitários. Isso é um termômetro da qualidade de nosso ensino.

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  2. Ao mestre com carinho...
    Ser lembrada por alguém tão singular, especial, e expressivo na área de Química é um privilégio!
    Obrigada Prof. Attico Chassot pelos ensinamentos, e mais ainda pela referência em seu blog. Me sinto lisonjeada!

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  3. A blogada mostra a distância que há para ser percorrida no quesito ensino com qualidade (científica, entre outras). Enquanto isso...precarização no investimento do ensino, cortes, arrochos, congelamento de salários e...O "Sartorão da massa que o diga": nem salários em dia. Como buscarmos formação qualificada, assim? Como estimular ao conhecimento, de fato?
    Parece que o sistema não que que se ensine..."Colhe-se o que é plantado".
    Grande abraço.

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