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10 |
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Esta sexta e sábado, como ocorre a
cada duas semanas, são os dias que me envolvo em dois seminários no Mestrado
Profissional de Reabilitação e Inclusão. Ontem, em companhia da Marlis
Polidori, desenvolvi em “Pesquisa e Desenvolvimento II”: O que é Ciência, afinal? Na manhã de hoje, com o José Clóvis de
Azevedo, temos o seminário “Reabilitação e Educação” quando será central a
análise do texto: CHASSOT, Attico. Vende-se tabaco, perfume importado, Educação e
camiseta de marcas, p. 67-82, in Análise
dos sistemas de Educação Superior no Brasil e em Portugal. ARAUJO, C.M.M.;
POLIDORI, M.M. Porto Alegre: EdiPUCRS / Editora Universitária Metodista, 2012.
ISBN 978-8599738-19-1.
A blogada anterior foi catalisada
pela aquisição de vieiras no Mercado
Público no sábado. Hoje ainda escrevo na esteira do feriadão. Houve, então,
algo que não fazia há muito tempo: devorei um livro de mais de 500 páginas, em
suporte papel.
WECKER, Helene. Golen & o Gênio.
Uma fábula eterna. [The Golen and the Jinni. Tradução de Claudia Guimarães]. Rio
de Janeiro: Darkside Books, 2015, 528 p. ilust. ISBN 978-85-66636-48-2
Helene Wecker – que me conduziu em
intrigante enredo – cresceu em Libertyville, Illinois, uma pequena cidade ao
norte de Chicago. Após obter o título de Bacharel em Inglês, trabalhou como
redatora de marketing e comunicação em Minneapolis e Seattle antes de decidir
que queria escrever algo mais do que comunicados de imprensa. Assim, ela se
mudou para Nova York para dedicar-se à escrita ficcional em mestrado na
Universidade de Columbia. Ela agora vive perto de San Francisco com o marido e a
filha. Seu primeiro romance, Golen &
o Gênio foi publicado em 2013, que narra os confrontos e as barreiras
vividas por duas culturas tão próximas, ainda que aparentemente opostas.
Em Golen & o Gênio, premiado
romance fantástico que o leitor se transporta à Nova York da virada do século 20,
em uma viagem fascinante através das culturas árabe pré-islâmica e judaica.
Seus guias serão dois poderosos seres mitológicos.
Chava é uma golem, criatura feita de
barro, trazida à vida por um estranho rabino envolvido com os estudos
alquímicos da Cabala. Ahmad é um dijin, gênio, ser feito de fogo, nascido no
deserto sírio, preso em uma antiga garrafa de cobre por um beduíno, séculos atrás.
Não sei se investiria tanto tempo
numa leitura tão extensa, mesmo com texto tão primoroso. Mas o anúncio da
quarta capa me seduziu. Aliás, mais que a quarta capa, o livro tem capas
magnificas e toda a sua diagramação é muito bem produzida.
Outra sedução para ler este
calhamaço é uma adesão que fiz, já há um tempo, à metáfora
para Ciência ,
que aprendi com
Colins & Pinch [COLLINS, Harry
& PINCH, Trevor. O golem: o que
você deveria saber sobre Ciência .
São Paulo: Editora
da UNESP, 2003. ISBN 85-7139-497-0], mesmo
que seja polêmica ,
me parece adequada, dizer que a Ciência se parece mais
ao Golem (Goilem), aquele ente da mitologia judaica
que é descrito com
um gigante
de barro que
desconhece sua verdadeira força e se assemelha muito
a um bobão, mas
que tem ações ,
às vezes , de sábio
e outras de sabido . Também por isso,
valeu ler Golen & o Gênio.
Mais que saber acerca do conceito de ciência, penso que conhecer o objetivo de se fazer ciência, hoje, seja o grande problema da investigação científica. Afinal, num mundo extremamente pragmatista, materialista e, acima de tudo, consumista, para que se fazer ciência?
ResponderExcluirPenso que a crise seja de ausência de sentidos...