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sábado, 12 de setembro de 2015

12.- A GOLEM E O GÊNIO


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3080
Esta sexta e sábado, como ocorre a cada duas semanas, são os dias que me envolvo em dois seminários no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. Ontem, em companhia da Marlis Polidori, desenvolvi em “Pesquisa e Desenvolvimento II”: O que é Ciência, afinal? Na manhã de hoje, com o José Clóvis de Azevedo, temos o seminário “Reabilitação e Educação” quando será central a análise do texto: CHASSOT, Attico. Vende-se tabaco, perfume importado, Educação e camiseta de marcas, p. 67-82, in Análise dos sistemas de Educação Superior no Brasil e em Portugal. ARAUJO, C.M.M.; POLIDORI, M.M. Porto Alegre: EdiPUCRS / Editora Universitária Metodista, 2012. ISBN 978-8599738-19-1.
A blogada anterior foi catalisada pela aquisição de vieiras no Mercado Público no sábado. Hoje ainda escrevo na esteira do feriadão. Houve, então, algo que não fazia há muito tempo: devorei um livro de mais de 500 páginas, em suporte papel.
WECKER, Helene. Golen & o Gênio. Uma fábula eterna. [The Golen and the Jinni. Tradução de Claudia Guimarães]. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2015, 528 p. ilust. ISBN 978-85-66636-48-2

Helene Wecker – que me conduziu em intrigante enredo – cresceu em Libertyville, Illinois, uma pequena cidade ao norte de Chicago. Após obter o título de Bacharel em Inglês, trabalhou como redatora de marketing e comunicação em Minneapolis e Seattle antes de decidir que queria escrever algo mais do que comunicados de imprensa. Assim, ela se mudou para Nova York para dedicar-se à escrita ficcional em mestrado na Universidade de Columbia. Ela agora vive perto de San Francisco com o marido e a filha. Seu primeiro romance, Golen & o Gênio foi publicado em 2013, que narra os confrontos e as barreiras vividas por duas culturas tão próximas, ainda que aparentemente opostas.
Em Golen & o Gênio, premiado romance fantástico que o leitor se transporta à Nova York da virada do século 20, em uma viagem fascinante através das culturas árabe pré-islâmica e judaica. Seus guias serão dois poderosos seres mitológicos.
Chava é uma golem, criatura feita de barro, trazida à vida por um estranho rabino envolvido com os estudos alquímicos da Cabala. Ahmad é um dijin, gênio, ser feito de fogo, nascido no deserto sírio, preso em uma antiga garrafa de cobre por um beduíno, séculos atrás.
Não sei se investiria tanto tempo numa leitura tão extensa, mesmo com texto tão primoroso. Mas o anúncio da quarta capa me seduziu. Aliás, mais que a quarta capa, o livro tem capas magnificas e toda a sua diagramação é muito bem produzida.
Outra sedução para ler este calhamaço é uma adesão que fiz, já há um tempo, à metáfora para Ciência, que aprendi com Colins & Pinch [COLLINS, Harry & PINCH, Trevor. O golem: o que você deveria saber sobre Ciência. São Paulo: Editora da UNESP, 2003. ISBN 85-7139-497-0], mesmo que seja polêmica, me parece adequada, dizer que a Ciência se parece mais ao Golem (Goilem), aquele ente da mitologia judaica que é descrito com um gigante de barro que desconhece sua verdadeira força e se assemelha muito a um bobão, mas que tem ações, às vezes, de sábio e outras de sabido. Também por isso, valeu ler Golen & o Gênio.

Um comentário:

  1. Mais que saber acerca do conceito de ciência, penso que conhecer o objetivo de se fazer ciência, hoje, seja o grande problema da investigação científica. Afinal, num mundo extremamente pragmatista, materialista e, acima de tudo, consumista, para que se fazer ciência?
    Penso que a crise seja de ausência de sentidos...

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