ANO
11 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3282
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Na última blogada comentei que, em 1989, tendo cruzado a primeira
vez o Atlântico, fiz algo próprio de um marinheiro de primeira
viagem: em menos de seis semanas estive em onze países viajando de trem. Um
destes países foi a Bélgica. Foi apenas uma passadinha para carimbar passaporte.
Estive apenas em Bruxelas,
com tempo para me decepcionar com tamanho do Manneken Pis (um monumento
constituído por pequena fonte em bronze de um menino a urinar na bacia da
fonte) e me encantar com o Atomium (construído em 1958 para Expo 58, com 103
metros de altura; o monumento representa um cristal elementar de ferro ampliado
165 mil milhões de vezes) que eu estudara quando fizera o curso científico.
Sabia que deixara a cereja do bolo para saborear em outra
viagem: não fora a Bruges. Nos 28 anos decorridos da primeira viagem, estive
pelo menos duas dezenas de vezes na Europa. De vez em vez, era
cobrado/cobrava-me por não ter ido a Bruges. Estive em Saint Petersburg, na
Rússia tida como uma das cidades mais lindas do Planeta. Concordo. Ainda não fui
a chamada Veneza do Norte (aliás, título detido pelas duas cidades aqui
referidas).
Embalado pela blogada
anterior sonho com viagens. Se diz, e eu não levo muita fé nisso: “o melhor da
viagem é prepara-la!” Assim, nesta edição que circula numa madrugada de
domingo, alinhavo o que gostaria de ver, se eu fosse a Bruges por apenas dois
dias.
Não se precisa grandes
exercícios de futurição. Hoje, muito diferente de minha primeira (e única vez)
na Bélgica em 1989, quando não havia conexões internéticas, como hoje, é fácil fazer
programações.
Bruges é uma pequena
cidade famosa por abrigar diversos edifícios históricos em sua maioria góticos.
É uma das cidades medievais mais bem conservadas do mundo. Na opinião de vários
narradores de viagem é um dos lugares mais mágicos. Se dia que conhecer Bruges
é mergulhar no passado e isso parece estar presente em cada esquina, em cada canal
e em cada detalhe. Por exemplo, o barulho do cavalgar dos cavalos, pois na área
central da cidade não transitam veículos motorizados.
Fiz um pequeno cardápio
para minha visita, ora apenas imaginária:
Como não vou alugar
bicicleta me prevejo fazendo um passeio de barco pelos diferentes canais e um
tour de carruagem pela zona central. Está previsto ver muito caminhando, como
por exemplo a Praça Central (Markt Square) que tem aproximadamente 600 anos com maravilhas arquitetônicas
definidas pelos edifícios que estão ao seu redor (que ilustra esta edição).
O Minnewater Park, parque localizado próximo
à estação de trem, com o famoso Lago do Amor onde está o Jardins das Beguinas de Flandres. Devo dizer que acerca das Beguinas li um pouco para melhor
fruir esta atração.
O meu espirito igrejeiro
(= curioso por entender a religião como um artefato cultural) selecionou três atrações
nesta temática:
O Campanário, com 83m de altura,
localiza-se na Praça Central. Ele abriga um museu e enseja que se suba até seus
366 degraus (não sei se vou fazer isso) para desfrutar vista invejável da
cidade.
A Igreja do Sagrado Sangue, no 1º andar de um edifício
localizado na Praça Burg, que guarda a relíquia de um pedaço de tecido com uma
mancha de sangue que se diz ser o sangue de Jesus.
A Igreja de Nossa Senhora onde há famosa obra de
Michelangelo “A madona e o menino” e os mausoléus de Maria de Borgonha e Carlos, o Imprudente.
Há, ainda, muitos museus
dos quais se pode colocar algum neste programa. Há muitos restaurantes nos
quais uma tríade muito belga pode ser degustada: chocolate, batata frita e cerveja.
O plano parece sedutor.
Só em elaborá-lo, já viajei um pouco. Espero que meus leitores, também.
Certamente. É encantador pensar na materialização presencial de tais elucubrações...Possíveis, para o Mestre, é claro. A gente já se encanta pela possibilidade da oportunidade em participar virtualmente. Grande abraço!!!
ResponderExcluirAve, Magister. Neste navegar pelo medievo, és nosso guia genial entre vielas aquáticas e sombras do tempo adormecido.
ResponderExcluirDelicio-me com as fotos deste périplo por mundos que preservam em cada tijolo o testemunho silencioso da história.
(Cuidado nos degraus!)
Abraços