ANO
10 |
EDIÇÃO
3149
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Quando
em dezembro de 2014, abandonei depois de quase 9 anos, a periodicidade diária deste blogue me propus a
cada dois ou três dias postar uma edição. Nesses 15 meses fiz isso. Ontem, deveria ter postado algo, para circular nesta sexta-feira. Não consegui/não consigo faze-lo.
Nesses dias
tão difíceis, onde medos e apreensões são companhias constantes, parece não ser
tempo para me envolver na faina de blogar, de maneira usual muito saborosa.
Ontem até adormecer ouvi os buzinaços dos pregoeiros do golpe. Hoje desde o despertar
ocorre o mesmo. Agora, já quase pôr-do-sol, a raiva azucrinante parece se
intensificar.
Este
barulho, que por morar próximo ao Parcão me acostumei ser festivo ou de
alegria, hoje é insano. Não há como grenalisar as disputas. Hoje o eles e o nós não são uma questão de estar do lado da derrota ou da vitória. Não
se trata de ver quem é a favor de prender Sergio Moro ou que quer fazê-lo o louvado
patrono de uma ditadura. É estar contra aqueles que querem um regime sem
liberdades ou estar com os que sonham para nossos netos um país com os direitos
democráticos para todos.
Não é ser
contra ou favor da corrupção. Essa bandeira é mentirosa. Todos somos contra a
corrupção. Inclusive aquele que na academia, quando há aparelhos mais
disputados que podem ser usados no máximo 30 minutos, quando o contador marca
20 minutos zera para fazer mais 30 minutos, se diz contrário à corrupção, mesmo
que envergue a camisa da corrupta CBF.
Recebo
um aviso: O
silêncio neste momento é covardia e suicídio político. Não posso me acovardar. Nos últimos dias li dezenas de análises.
Algumas densamente argumentadas. Tenho me alimentado em alguns sítios. Permito-me
recomendá-los:
Eis quatro
dicas: Diário do centro do mundo //
Brasil 247 [http://www.brasil247.com/] // Caros amigos // Pragmatismo político.
A
melhor opção, necessariamente, não está com as maiores massas que são
manobradas.
Mestre Chassot!
ResponderExcluirParabéns. Mais uma vez falou seu bom senso.
Obrigado pelas sugestões de sítios. Vou em busca.
Uno-me aqueles que lutam pela democracia. Não ao golpismo.
M M
Parabéns professor VC sempre teve a minha admiração!
ResponderExcluirParabéns professor VC sempre teve a minha admiração!
ResponderExcluirBom dia Professor!
ResponderExcluirCompartilho das mesmas angústias que o senhor...Obrigada pela dica de leitura.
Bom domingo!
Mestre Chassot, adito ao meu comentário
ResponderExcluira ratificação da imensa admiração que tenho por tão privilegiada mente, como também pelo seu ilibado caráter.
Mas sou obrigado a contrapor algumas considerações. É inegável que vivemos uma das maiores crises políticas de nossa história. Política e moral. Não temos líderes. Não temos objetivos concretos. Temos uma intransigência ímpar de lado a lado. E a nação mergulha em um abismo tal qual um boeing em queda livre. É não temos paraquedas, não temos como abandonar o barco, pelo menos a esmagadora maioria. Nesse quadro lhe pergunto; como não reconhecer a má condução de nosso destino pelos atuais gestores? Afinal, onde está a evidente parcela de culpa?
Como dito no início, a intransigência de ambos os lados é o principal ingrediente de nossa atual crise.
Meu caro Chassot
ResponderExcluirNeste momento da vida política nacional, tenho também muitas dúvidas sobre de que lado está a razão. Eles próprios (a classe política, seja de que partido) construíram este ambiente nebuloso para confundir a população. Todos mentem, inúmeros se dizem donos da verdade, muitos reclamam de perseguição, alguns blasfemam impropérios, gravações demonstram grande ausência de caráter. Confesso que atualmente tenho medo até das minhas conclusões, pois não vejo nenhuma liderança confiável neste meio e a credibilidade que restou consegue separar algumas pérolas raras: Olivio Dutra e Cristovam Buarque entre eles, independente de partido.
Abraços do JB.
Sabendo de que se trata o sistema DEMOCRACIA, o significado de POLÍTICA e a importância da MEMÓRIA é com pesar que vislumbramos nitidamente uma profunda RADICALIZAÇÃO de movimentos EXTREMOS cuja bandeira é conservar uma sociedade que vivia "FELIZ" até a implementação de Políticas de INCLUSÃO SOCIAL em que milhões de pessoas tiveram ACESSO a elementos fundamentais para a sobrevivência como o direito a se alimentar melhor, acessar ensino formal entre outros. Tudo estimulado 24 horas por uma mídia oligárquica de menos de 10 famílias no país todo. Isso é negar ao OUTRO na figura dos mais necessitados o direito de PARTICIPAR dignamente da POLIS. Na vara, não! Será que a grande massa esqueceu das surras? O "moralizador" e COMANDANTE do Direito brasileiro de bandeira partidária, o Juiz Sérgio Moro, vai ignorar os historicamente chicoteados?
ResponderExcluirAbraços,
Vanderlei, cidadão, eleitor e consciente de que a Casa Comum não tem dono.
Foi bem isso q disse professor... muitos estão sendo rebeldes sem causa real.. não passam de massa de manobra! '!
ResponderExcluirMestre como poucos!!! Depois desta leitura, durmo hoje confortada em meio a tanta loucura
ResponderExcluirSinto um profundo sentimento de impotência frente a tudo isso. Não consigo argumentar com os colegas e vizinhos pró- impeachment. Há ódio e virtude (no sentido que lhe dá Nietzsche) tão profundamente instaurados que bloqueiam qualquer conversa.
ResponderExcluirComo já disse em outro lugar, é desesperador ver o macabro extermínio da política pelas velhas raposas fazendo o povo odiá-la. Essa estratégia bem conhecida do autoritarismo que parece invisível aos olhos de uma multidão em busco de heróis de palha.