ANO
10 |
EDIÇÃO
3148
|
Minhas muito estimadas
leitoras / meus muito estimados leitores,
uma carta recebida do
Avaaz hoje se faz a blogada desta terça-feira. Mesmo que o assunto seja
recorrente (por exemplo, está em A Ciência é masculina? É, sim senhora! e em
mais de uma edição deste blogue) emocionei-me profundamente. Por isso o
comparto, aqui:
Aos seis anos, Hibo Wardere ouviu: “você é corajosa, forte, e
amanhã se tornará uma mulher”. No dia seguinte, foi levada a uma cabana
improvisada na capital da Somália, Mogadishu, e teve seus lábios vaginais e clitóris
removidos com uma gilete por um “cortador” local.
Hibo é uma das 200 milhões de
mulheres e meninas que, em 30 países, sofreram a mutilação genital feminina
(MGF). Mas na Somália, onde absurdos 98% das meninas
passam por isso, a ministra para as Mulheres e Direitos Humanos está tentando
proibir a prática. Especialistas locais dizem que uma onda de apoio mundial
pedindo por tolerância zero pode ajudar o governo a conseguir banir essa crueldade
em questão de semanas!
O estado autônomo de Puntland, no
nordeste da Somália, acabou de propor a proibição total da mutilação; o governo
federal já adotou políticas progressistas vindas desse estado anteriormente. Se
um número suficiente de nós pedirmos que esses governantes corajosos defendam a
vida das meninas, podemos conseguir a aprovação da lei no Parlamento. Juntem-se
ao apelo e compartilhem com todos:
https://secure.avaaz.org/po/ fgm_somalia_ban_loc/?bxAUMab& v=73934&cl=9657659127
A mutilação genital feminina é uma inquestionável violação dos direitos humanos. Não há nenhum benefício à saúde – na verdade, ela é extremamente perigosa: as meninas podem morrer de infecção devido às péssimas condições de higiene e, se sobreviverem, as cicatrizes podem atrapalhar na hora do parto e causar complicações menstruais. A crença comum é que a MGF é uma prática religiosa que aumenta as chances de casamento e serve como transição para a vida adulta. Mas líderes muçulmanos já disseram que não há qualquer base na religião islâmica.
https://secure.avaaz.org/po/
A mutilação genital feminina é uma inquestionável violação dos direitos humanos. Não há nenhum benefício à saúde – na verdade, ela é extremamente perigosa: as meninas podem morrer de infecção devido às péssimas condições de higiene e, se sobreviverem, as cicatrizes podem atrapalhar na hora do parto e causar complicações menstruais. A crença comum é que a MGF é uma prática religiosa que aumenta as chances de casamento e serve como transição para a vida adulta. Mas líderes muçulmanos já disseram que não há qualquer base na religião islâmica.
Apesar da mudança legislativa não
ser a solução final – educação e conscientização são cruciais para acabar com
essa prática –, o banimento na Somália pode ajudar a salvar a vida de
milhares de crianças que estão, nesse momento, sendo preparadas para a
mutilação. O momento é
favorável: o governo é progressista, uma proibição parcial foi anunciada no ano
passado e especialistas dizem que ¾ dos parlamentares devem apoiar a
iniciativa.
O governo de Puntland e a
ministra para as Mulheres e Direitos Humanos são os líderes dessa reforma, e
mensagens de esperança e incentivo vindas da nossa comunidade servirão como
motivação para colocá-la na ordem do dia no Parlamento. Quem pede nossa ajuda
urgente é o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que trabalha incansavelmente
para erradicar a MGF na Somália. Assinem
a petição e compartilhem com todos:
Nossa comunidade já lutou contra
práticas que humilham e abusam de mulheres e meninas. A batalha para acabar com
esses costumes é uma das mais importantes do nosso tempo, para criar um mundo
no qual nossas irmãs e filhas tenham as mesmas chances que nossos irmãos e
filhos. A Somália tem o maior índice de mutilação genital feminina do mundo;
assim que essa prática for ilegal lá, pode ser um símbolo de esperança para o
resto do mundo. Vamos apoiá-los e ajudar a Somália a se tornar o emblema do fim
dessa crueldade.
Um abraço cheio de esperança, de
toda a equipe da Avaaz
Mais informações: "Desmaiei
de dor", lembra top model da Somália sobre mutilação genital (IG)
http://ultimosegundo.ig.com. br/mundo/2015-04-23/desmaiei- de-dor-lembra-top-model-da- somalia-sobre-mutilacao- genital.html
ONU pede eliminação de ‘prática violenta’ da mutilação genital feminina até 2030
https://nacoesunidas.org/onu- pede-eliminacao-de-pratica- violenta-da-mutilacao-genital- feminina-ate-2030/
8 dados chocantes sobre mutilação genital feminina no mundo (Exame)
http://exame.abril.com.br/ mundo/noticias/8-dados- chocantes-sobre-mutilacao- genital-feminina-no-mundo
Ministro somali sugere movimento para banir a MGF (em inglês) (The Guardian)
http://www.theguardian.com/ world/2015/aug/13/somali- minister-hint-fgm-ban-female- genital-mutilation
http://ultimosegundo.ig.com.
ONU pede eliminação de ‘prática violenta’ da mutilação genital feminina até 2030
https://nacoesunidas.org/onu-
8 dados chocantes sobre mutilação genital feminina no mundo (Exame)
http://exame.abril.com.br/
Ministro somali sugere movimento para banir a MGF (em inglês) (The Guardian)
http://www.theguardian.com/
Um afago dolorido em cada
uma e cada um,
attico chassot
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