ANO
10 |
EDIÇÃO
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Agora, já é
outubro. Adentrar no último trimestre do ano dá a sensação que logo vão começar
cantar noite feliz e vamos ouvir uma
figura, que a cada ano me parece mais exótica, ronronar um regressivo: ho, ho,
ho, ho! A breve chegada do horário de verão ratificará estarmos em clima de fim
de ano.
Mas, hoje esta
blogada se faz especial. Quisera, mais uma vez, viajar esta noite para
Frederico Westphalen, para amanhã acompanhar rituais de passagem. Um querido
amigo e leitor deste blogue se fará mestre (tinha escrito antes: será ungido
cavaleiro da ordem dos educadores; abandonei a metáfora, que a situação quase
exige).
Professor e
filósofo (de direito e de fato) Vanderlei Gularte Faria amanhã pela manhã
apresentará a defesa a dissertação: “O
Ensino Médio Politécnico como possibilidade de emancipação do sujeito aluno”.
Nesta
dissertação Vanderlei fala daquilo que conhece, pois há muito é professor da Educação
Básica, de uma maneira mais particular no Ensino Médio. A dissertação não é
apenas produto de uma densa prática. Esta se alicerça no estudo do histórico
panorama de preocupações com relação a esta etapa da escolarização, apresentado
nas últimas décadas, mormente por conta da proposta de mudanças pelas quais
passa/passou a educação do Rio Grande do Sul com a implantação do Ensino Médio
Politécnico.
Vanderlei
no seu trabalho apresenta discussões acerca das dimensões emancipatórias da
concepção de politecnia como
contribuição para a emancipação de alunos, em que se propõe um ensino com
significado social, interdisciplinar e contextualizado com a vida de estudantes
e professores.
Encharcando
a sua prática de professor com reflexões teóricas busca o conceito de
emancipação na relação com o Ensino Médio Politécnico, identificando elementos
essenciais na construção da politecnia como mentefato cultural para uma educação
integral.
Não
é sem razão que o Vanderlei e o Programa de Pós Graduação em Educação da URI de
Frederico Westphalen convidam para participação da banca o Professor Dr. José
Clovis de Azevedo que, enquanto Secretário de Educação no Rio Grande do Sul, foi
a alma-mater na implantação da politecnia entre nós. Isto traduz o quanto a
experiência descrita nesta dissertação terá como avaliador quem de maneira
intensa assestou óculos na busca de um outro Ensino Médio.
O
lócus da pesquisa foi uma Escola de Ensino Médio na região geo-educacional da
URI Frederico Westphalen, onde participaram gestores, professores e alunos enquanto
sujeitos da pesquisa. Estes foram partícipes na discussão de aspectos
relacionados ao Ensino Médio Politécnico com destaque para a reflexão de alguns
conceitos como a politecnia, o trabalho como princípio educativo e a educação
unitária; emergiram, então, os principais aspectos da reestruturação curricular:
os princípios das diretrizes curriculares, a interdisciplinaridade, o seminário
integrado, a pesquisa como princípio pedagógico e a avaliação emancipatória.
Da
leitura do trabalho se pode acenar com resultados que parecem significativos: o
Ensino Médio Politécnico como responsável pela concretização de uma concepção
de educação emancipadora. Talvez, o mais significativo seja o quanto, por meio
de um ensino que não se distancia da vida concreta dos estudantes, aponta para
a ressignificação dos saberes escolares ensejando uma educação mais ligada à
comunidade onde se insere a Escola, tornando-se, assim, uma espécie de convite
à permanência dos jovens na mesma por meio de um ensino mais emancipador.
Na
admiração do trabalho do Vanderlei e do Programa de Pós Graduação em Educação da
URI de Frederico Westphalen manifesto meu orgulho por ter emprestado minha
colaboração enquanto professor deste Programa.
O que "dizer" depois dessas palavras?
ResponderExcluirAinda vale muito estar na educação. Principalmente quando nosso trabalho é reconhecido por pessoas que são reconhecidamente autoridades no assunto. Com admiração multiplicada,
Vanderlei.
Professor Chassot,
ResponderExcluirentendo o motivo de sua alegria com o trabalho do Vanderlei. Ele, a deduzir de seu relato, fez algo significativo e muito importante.
Primeiro, pela maneira que acompanhei seu envolvimento na colaboração do ‘novo ensino médio’ no Rio Grande do Sul na gestão passada. Segundo, mesmo não conhecendo o Vanderlei, vejo a perspicácia dos seus comentários exarados no seu blog.
Parabéns aos dois,
L L L
É bom saber e presenciar o momento em que meu pai se tornou um mestre, querido Mestre Attico.
ResponderExcluirUm abraço,
Luvander
Muito estimado Luvander!
ResponderExcluirFeliz por poderes partilhares de um ritual de passagem tão importante.
Tu és um catalisador desta conquista.
Valeu!amigo