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sexta-feira, 1 de maio de 2020

01MAIO2020 um presidente genocida



ANO
 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
3477
Agora...já é maio. Já vivemos um terço deste heterodoxo 2020. Há que confessar, ferreteado por complexo de culpa, que se diz podermos atribuir ao nosso DNA judaico (que com o DNA grego e com o cristão parecem nos constituíram) que temos poucos fazeres a registrar neste primeiro quadrimestre deste bissexto 2020.
Janeiro ainda era clima de ano novo de número bonito. Houve férias. Elas pareciam nos agraciar por termos suportados um primeiro ano dos quatro de (des)governo.
Fevereiro apareceram rumores de novo vírus. Não sabíamos o nome. Era lá no outro lado do mundo, no Oriente que povoa nosso imaginário como algo díspar deste ‘maravilhoso’ Ocidente. Houve carnaval no qual se obliterou os tempos viróticos. Uma vez mais se baliza um senso comum: no Brasil o ano começa mesmo na primeira segunda-feira depois do carnaval e neste ano já era 02 de março.
Parecia que viveríamos tempos como dantes. Na primeira quinzena de março fiz duas viagens à Amazônia.
Primeiro fui à Marabá. Retomei ações que marcaram o início de meu segundo ano enquanto Professor Visitante Sênior da Unifesspa, Isto me enseja estar uma semana a cada mês em Marabá. Na estada de março, fiz a fala da recepção aos mestrandos da terceira turma do PPGECM. Foi muito significativo também me reunir coletiva e individualmente com meus quatro mestrandos da Unifesspa. O Daniel, meu orientando de pós-doutorado, e eu planejamos um seminário A arte de escrever Ciência com Arte para começar em março. Logo transferido para abril. Agora sabemos que não ocorrerá em maio. Talvez em junho.
Voltei à Porto Alegre.
Então, fui à Manaus. Proferi quatro aulas inaugurais na Universidade Federal do Amazonas: duas para alunos da Faculdade Medicina e outras duas para alunos do Instituto de Ciências Biológicas. Também participei do lançamento de um livro do qual sou coautor.
Com esse fazeres na primeira quinzena de março, não imaginaria que na blogada 20/MAR2020: E ... o março de 2020 terminou dia 17 escreveria: minha agenda está derruída. A minha e a de meio mundo. A agenda de março está vazia e (oh paradoxo!) nele nada mais é passível de agendamento.
E, agora que abril passou. Que fazeres — além de dezenas de abluções das mãos — podemos apresentar? Até o saboroso blogar é árduo. Tempos difíceis.
Recomendo uma vez mais a leitura, a cada sexta-feira, de PONTO WWW.brasildefato.com.br — excelente newsletter semanal do Brasil de fato.
Na edição deste dia 1º de maio, Ponto registra: “Se um dia for feito um documentário sobre como o Brasil lidou com a pandemia de coronavírus, uma cena que não poderá faltar é a do shopping center de Blumenau abrindo as portas ao som do saxofone. A cidade catarinense reabriu o comércio no dia 13 de abril. De lá para cá, os casos de coronavírus tiveram aumento de 160%. É bem verdade que a reabertura do shopping ocorreu apenas no dia 22, mas não há como fugir do inevitável: o Brasil vinha conseguindo timidamente achatar a curva de casos até o começo de abril, mas o relaxamento das medidas de distanciamento social fez a curva subir, com tendência à aceleração.”
Esta e muitas outras ocorrências podem creditar ao arauto em favor do não distanciamento social como presidente genocida.  Nesta semana, o Brasil teve os três últimos dias com registros de óbitos acima dos 400, o que sinaliza para uma tendência assustadora: com quase 50 dias desde o registro da primeira vítima, estamos em processo de aceleração, enquanto países que já foram epicentro da doença desaceleravam ou ao menos estabilizavam o ritmo de crescimento de óbitos no mesmo período. E o genocida quer culpar os governadores que não querem a inversão.
Uma recomendação final: Ponto é uma newsletter semanal que pode ser solicitada gratuitamente para newsletter@ponto.jor.br

2 comentários:

  1. Uma lástima pensar, por cultura brasuca, que a imputação de tais genocídios com nome e sobrenome de seus culpados apenas sejam "fustigados" depois de seu cinquentenário....Vejamos como foram "punidos" os torturadores de Regime Militar: um capitão expulso direto para a Presidência da República. Poisé...sabemos a que "castas" servem tais sujeitos. Lamentável. Enquanto houver rebanho o condutor (boiadeiro) não larga seu berrante!!!
    Grande abraço, Mestre.

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  2. Lamentável como anda a nossa situação Harari abre os nossos olhos quando diz que “a ciência tem suas limitações, ainda assim a ciência tem sido nossa fonte mais confiável de conhecimento, durante séculos” o fato é que não dá para o Brasil continuar seguindo alguém que faz o total descrédito da ciência. E que abandona os seu povo quando o barco está afundando, não tem o menor sentido ter o nome de “messias” pois de salvador não tem nada.

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