ANO
ANO 14 |
AGENDA 2 0 2 0
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EDIÇÃO
3477
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Agora...já é maio. Já vivemos um terço deste
heterodoxo 2020. Há que confessar, ferreteado por complexo de culpa, que se diz
podermos atribuir ao nosso DNA judaico (que com o DNA grego e com o cristão
parecem nos constituíram) que temos poucos fazeres a registrar neste primeiro
quadrimestre deste bissexto 2020.
Janeiro ainda era clima de ano novo de número bonito. Houve férias. Elas pareciam nos agraciar por termos suportados um primeiro ano dos quatro de (des)governo.
Janeiro ainda era clima de ano novo de número bonito. Houve férias. Elas pareciam nos agraciar por termos suportados um primeiro ano dos quatro de (des)governo.
Fevereiro apareceram rumores de novo vírus. Não
sabíamos o nome. Era lá no outro lado do mundo, no Oriente que povoa nosso
imaginário como algo díspar deste ‘maravilhoso’ Ocidente. Houve carnaval no
qual se obliterou os tempos viróticos. Uma vez mais se baliza um senso comum:
no Brasil o ano começa mesmo na primeira segunda-feira depois do carnaval e neste
ano já era 02 de março.
Parecia que viveríamos tempos como dantes. Na
primeira quinzena de março fiz duas viagens à Amazônia.
Primeiro fui à Marabá. Retomei ações que
marcaram o início de meu segundo ano enquanto Professor Visitante Sênior da Unifesspa, Isto me
enseja estar uma semana a cada mês em Marabá. Na estada de março, fiz a fala da
recepção aos mestrandos da terceira turma do PPGECM. Foi muito significativo também
me reunir coletiva e individualmente com meus quatro mestrandos da Unifesspa. O
Daniel, meu orientando de pós-doutorado, e eu planejamos um seminário A arte de escrever Ciência com Arte para
começar em março. Logo transferido para abril. Agora sabemos que não ocorrerá
em maio. Talvez em junho.
Voltei à Porto Alegre.
Então, fui à Manaus. Proferi quatro aulas
inaugurais na Universidade Federal do Amazonas: duas para alunos da Faculdade
Medicina e outras duas para alunos do Instituto de Ciências Biológicas. Também participei do lançamento de
um livro do qual sou coautor.
Com esse fazeres na primeira quinzena de março,
não imaginaria que na blogada 20/MAR2020: E ... o março de
2020 terminou dia 17 escreveria:
minha agenda está derruída. A minha e a de meio mundo. A agenda
de março está vazia e (oh paradoxo!) nele nada mais é passível de agendamento.
E, agora que abril
passou. Que fazeres — além de dezenas de abluções das mãos — podemos
apresentar? Até o saboroso blogar é árduo. Tempos difíceis.
Recomendo uma vez mais a leitura, a cada sexta-feira,
de PONTO WWW.brasildefato.com.br — excelente newsletter
semanal do Brasil de
fato.
Na edição deste dia
1º de maio, Ponto registra: “Se um dia for feito
um documentário sobre como o Brasil lidou com a pandemia de coronavírus, uma
cena que não poderá faltar é a do shopping center de Blumenau abrindo as portas
ao som do saxofone. A cidade catarinense reabriu o comércio no dia 13 de abril.
De lá para cá, os casos de coronavírus tiveram aumento de 160%. É bem verdade
que a reabertura do shopping ocorreu apenas no dia 22, mas não há como fugir do
inevitável: o Brasil vinha conseguindo timidamente achatar a curva de casos até
o começo de abril, mas o relaxamento das medidas de distanciamento social fez a
curva subir, com tendência à aceleração.”
Esta e muitas
outras ocorrências podem creditar ao arauto em favor do não distanciamento social como presidente
genocida. Nesta semana, o Brasil
teve os três últimos dias com registros de óbitos acima dos 400, o que sinaliza
para uma tendência assustadora: com quase 50 dias desde o registro da primeira
vítima, estamos em processo de aceleração, enquanto países que já foram
epicentro da doença desaceleravam ou ao menos estabilizavam o ritmo de
crescimento de óbitos no mesmo período. E o genocida quer culpar os governadores
que não querem a inversão.
Uma recomendação final: Ponto é uma newsletter
semanal que pode ser solicitada gratuitamente para newsletter@ponto.jor.br
Uma lástima pensar, por cultura brasuca, que a imputação de tais genocídios com nome e sobrenome de seus culpados apenas sejam "fustigados" depois de seu cinquentenário....Vejamos como foram "punidos" os torturadores de Regime Militar: um capitão expulso direto para a Presidência da República. Poisé...sabemos a que "castas" servem tais sujeitos. Lamentável. Enquanto houver rebanho o condutor (boiadeiro) não larga seu berrante!!!
ResponderExcluirGrande abraço, Mestre.
Lamentável como anda a nossa situação Harari abre os nossos olhos quando diz que “a ciência tem suas limitações, ainda assim a ciência tem sido nossa fonte mais confiável de conhecimento, durante séculos” o fato é que não dá para o Brasil continuar seguindo alguém que faz o total descrédito da ciência. E que abandona os seu povo quando o barco está afundando, não tem o menor sentido ter o nome de “messias” pois de salvador não tem nada.
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