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sexta-feira, 6 de março de 2020

06.—MENOS ONLINE < MAIS OFLINE



ANO
 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
34670
Esta é a primeira edição de março. Há os que a entendem como a primeira edição de 2020, pois enquanto aditos a um discutível senso comum, entendem que o ano novo no Brasil só começa na primeira segunda feira depois do carnaval. Os que suportamos, com dores, o maltrato do governo à educação neste janeiro e fevereiro nos exclui desta proposição.
Hoje, esta edição é mais uma vez postada Marabá. Depois de extenso recesso, nos meses de janeiro e fevereiro, a 11ª viagem de 2019 à Marabá, em dezembro, já parecia remota. Cheguei à madrugada de segunda-feira. Estava programado para chegar 24 horas antes. Problemas com voos, me fizeram alterar planos.
Na última edição deste blogue (27/02) apresentei o primeiro movimento da fala que preparara, para recepção dos mestrandos da terceira turma do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Unifesspa. Eu fizera as aulas inaugurais em 2018 e 2019, agora, uma vez mais, em 2020. Candidatei-me fazer a aula de abertura em 2043 quando o programa fizer bodas de prata.
Quanto ao prelúdio desta terça-feira é no mínimo instigante surge em sua abertura: eu te dou um novo mandamento não grenalizarás. No segundo movimento ofereci algumas perspectivas teóricas para fazer dissertações sejam marcadas por estarem na Amazônia, envolvendo especialmente saberes da Amazônia.
 O terceiro movimento era modesto, porém desafiador o quanto é significativo ser curioso: hoje em oposição aquilo que muitos de nós muitos ouvimos em infância e adolescência, há que inverter o imperativo: menina seja curiosa! / menino seja curioso! Aqui mesmo que consultemos para satisfazer a nossa curiosidade o médico Google, o padre Google, o pastor Google, o arquiteto Google, o advogado Google, sei lá mais quem... há uma recomendação muito importante: há a necessidade de estarmos mais tempo ofline e muito menos tempo online. E se conseguirmos esta inversão viveremos privilégios. Expandi comentários acerca do ser curioso.
Recordei aos presentes, tecendo alguns comentários, acerca de dois livros, que foram em 2019 dos livros de não ficção mais vendidos no Brasil: Sapiens e Homo Deus. Ambos do jovem escritor israelense Yuval Noah Harari, nascido em 1976. Ele não usa smartphone e faz pelo menos uma hora de meditação de manhã e outra de tarde. Também ele destaca que estar menos online produz mais tempo para matar a curiosidade de outras maneiras.
 Em se tratando de curiosidade, dei destaque a um novo livro de Harari: 21 lições para o século 21. Narrei o que está significando para mim per este livro. Visitamos juntos o sumário e trouxe a algumas das 21 lições alguns comentários, que se fizeram instigantes da curiosidade dos participante.
Ousei sugerir, que no PPGECM se organizasse um seminário no qual durante o semestre, a cada semana fôssemos encharcados por uma das 21 lições. Talvez, haja professores que acham que os seus tradicionais conhecimentos são mais importantes que os assuntos, como os que estão nestas 21 lições para o século 21 que eles não conhecem e por tal temem sua desestabilização.
Nesta semana aqui, o meu fazer mais significativo foi me reunir coletiva e individualmente com meus quatro mestrando da Unifesspa.
Estar com a Jhéssica e ver o significado de ela fazer de alunos de uma primeira série do ensino médio pesquisadores de saberes primevos para com eles (re)escrever a história de uma comunidade foi importante.
Redesenhar com Leilane, da turma de 2019 como Jhéssica, uma pesquisa para entender as percepções do ambiente natural de ontem e de hoje por indígenas da etnia Chiklrin é desafiador.
Com a Edilene, da turma de 2020, buscar entender como produtores, atravessadores e consumidores de açaí resistem ao uso de padrões legais de massa e volume para valorizar padrões como a lata, a saca e outros.
Trabalhar com o Rafael, também da turma 2020 e procurar conhecer a história da malva na produção de fibras para tecelagem foi uma descoberta imprevista.
 O bom é saber que hoje retorno à Porto Alegre, mas dia 31 estarei aqui de novo.

2 comentários:

  1. Caro MESTRE: Da diminuição da grenalização avizinha-se a possibilidade da prioridade do advento da diversificação (diversidade), tão salutar às pretensões de um movimento societário verdadeiramente humanizado.
    Saudades

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