ANO
ANO 14 |
AGENDA 2 0 2 0
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EDIÇÃO
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Esta é a primeira edição
de março. Há os que a entendem como a primeira edição de 2020, pois enquanto aditos
a um discutível senso comum, entendem que o ano novo no Brasil só começa na
primeira segunda feira depois do carnaval. Os que suportamos, com dores, o maltrato
do governo à educação neste janeiro e fevereiro nos exclui desta proposição.
Hoje, esta edição é mais
uma vez postada Marabá. Depois de extenso recesso, nos meses de janeiro e
fevereiro, a 11ª viagem de 2019 à Marabá, em dezembro, já parecia remota.
Cheguei à madrugada de segunda-feira. Estava programado para chegar 24 horas
antes. Problemas com voos, me fizeram alterar planos.
Na última edição deste
blogue (27/02) apresentei o primeiro movimento da fala que preparara, para
recepção dos mestrandos da terceira turma do Programa de Pós-Graduação em
Educação em Ciências e Matemática da Unifesspa. Eu fizera as aulas inaugurais
em 2018 e 2019, agora, uma vez mais, em 2020. Candidatei-me fazer a aula de
abertura em 2043 quando o programa fizer bodas de prata.
Quanto ao prelúdio desta
terça-feira é no mínimo instigante surge em sua abertura: eu te dou um novo mandamento não
grenalizarás. No segundo movimento ofereci algumas perspectivas
teóricas para fazer dissertações sejam marcadas por estarem na Amazônia,
envolvendo especialmente saberes da Amazônia.
O terceiro movimento era modesto, porém
desafiador o quanto é significativo ser
curioso: hoje em oposição aquilo que muitos de nós muitos ouvimos em
infância e adolescência, há que inverter o imperativo: menina seja curiosa! / menino
seja curioso! Aqui mesmo que consultemos para satisfazer a nossa
curiosidade o médico Google, o padre Google, o pastor Google, o arquiteto
Google, o advogado Google, sei lá mais quem... há uma recomendação muito
importante: há a necessidade de estarmos mais tempo ofline e muito menos tempo online.
E se conseguirmos esta inversão viveremos privilégios. Expandi comentários
acerca do ser curioso.
Recordei aos presentes,
tecendo alguns comentários, acerca de dois livros, que foram em 2019 dos livros
de não ficção mais vendidos no Brasil: Sapiens
e Homo Deus. Ambos do jovem escritor israelense Yuval Noah Harari, nascido
em 1976. Ele não usa smartphone e faz pelo menos uma hora de meditação de manhã
e outra de tarde. Também ele destaca que estar menos online produz mais tempo
para matar a curiosidade de outras maneiras.
Em se tratando de curiosidade, dei destaque a
um novo livro de Harari: 21 lições para o século 21. Narrei o
que está significando para mim per este livro. Visitamos juntos o sumário e trouxe
a algumas das 21 lições alguns comentários, que se fizeram instigantes da
curiosidade dos participante.
Ousei sugerir, que no PPGECM
se organizasse um seminário no qual durante o semestre, a cada semana fôssemos
encharcados por uma das 21 lições. Talvez, haja professores que acham que os
seus tradicionais conhecimentos são mais importantes que os assuntos, como os
que estão nestas 21 lições para o século 21 que eles não conhecem e por tal
temem sua desestabilização.
Nesta semana aqui, o meu
fazer mais significativo foi me reunir coletiva e individualmente com meus
quatro mestrando da Unifesspa.
Estar com a Jhéssica e
ver o significado de ela fazer de alunos de uma primeira série do ensino médio pesquisadores
de saberes primevos para com eles (re)escrever a história de uma comunidade foi
importante.
Redesenhar com Leilane,
da turma de 2019 como Jhéssica, uma pesquisa para entender as percepções do
ambiente natural de ontem e de hoje por indígenas da etnia Chiklrin é desafiador.
Com a Edilene, da turma
de 2020, buscar entender como produtores, atravessadores e consumidores de açaí
resistem ao uso de padrões legais de massa e volume para valorizar padrões como
a lata, a saca e outros.
Trabalhar com o Rafael,
também da turma 2020 e procurar conhecer a história da malva na produção de
fibras para tecelagem foi uma descoberta imprevista.
O bom é saber que hoje retorno à Porto Alegre,
mas dia 31 estarei aqui de novo.
Caro MESTRE: Da diminuição da grenalização avizinha-se a possibilidade da prioridade do advento da diversificação (diversidade), tão salutar às pretensões de um movimento societário verdadeiramente humanizado.
ResponderExcluirSaudades
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