ANO
12 |
LIVRARIA VIRTUAL em
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3333
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Primeiro, celebro que esta segunda
edição januária coincide com este excepcional capicuio. Outro parecido só acontecerá
dentro de mais de três anos, se as edições ainda fossem diárias. Vivemos um
janeiro que ainda não chegou a metade, mas se faz vagaroso. Parece que espera
sofrida do dia 24 é apascentada por cágados.
Na manhã desta sexta tudo parecia dar certo.
Antes das 8 horas já tinha retornado de uma exitosa consulta, há longo tempo agendada
na RFB. Vi hoje que muitas vezes no temor do leão é infundado.
Compensações de tensões vieram a
seguir. Já uso computador há quase 30 anos. Tenho que reconhecer que neste período
escrevi muitas vezes mais que no quase meio século anterior. Não consigo
imaginar toda a minha produção escrita não fosse este recurso que ora amo de
paixão ilimitada e outras vezes abomino. Há situações que ele se compraz em
atestar meu parecimento com um jumento.
Vivi hoje uma sequência de humilhações. Primeiro, sem querer cedi a uma mensagem que desde o começo da semana me importunava. É preciso reiniciar seu computador para garantir a integridade de sua proteção antiviral. Por não seguir a ordem, de vez em vez vinha uma mensagem: “Um terrível vírus foi detectado”.
Vivi hoje uma sequência de humilhações. Primeiro, sem querer cedi a uma mensagem que desde o começo da semana me importunava. É preciso reiniciar seu computador para garantir a integridade de sua proteção antiviral. Por não seguir a ordem, de vez em vez vinha uma mensagem: “Um terrível vírus foi detectado”.
Cedi as ameaças e por mais de uma hora
tudo que via era: “Seu computador esta sendo atualizado! não desligue!”. Meia
manhã a operação foi dada como terminada.
Acesso o primeiro texto, sôfrego de
transferir ao disco rígido as elucubrações que numa madrugada insone acumulara
no meu ‘lapKopf’. Agora as páginas ao invés de correrem na vertical, como sempre
ocorrera em toda minha venturosa faina de escrevinhador, corriam na horizontal
e o número de página de cada documento era multiplicado por quatro. Custei, mas
bravamente achei solução. Era um vitorioso que descobrira sozinho o caminho.
Felicitei-me.
Ilusão. Agora toda vez que queria
escrever algo em um texto recebia uma mensagem: Esta edição é apenas de
leitura, você não está autorizado a alterar! Assim eu não era dono de nenhum dos
meus arquivos em Word. Pesquisei. Fiz muitas buscas. Nada. Todos os meus
arquivos eram invioláveis. Depois de mais de meia hora de apavoramento telefonei
para uma de minhas filhas. A Clarissa disse: “Dá um esc!” Vivas! tudo se
resolveu. Obrigado, filha. Não tinha tempo para papos. Precisa escrever. Agora
podia finalmente digitar nos ‘meus’ arquivos. Senti-me poderoso.
Mais uma ilusão em uma sexta-feira sonhada
para ser produtiva. Agora a tecla ‘Insert’ estava habilitada e se fosse mexer
em um texto tudo o que escrevia, comia
o que antes fora escrito. Menos trágico que as sinas anteriores, mas quem é um péssimo
datilógrafo como eu tem a sua produção escrita literalmente comida. Isto é não
dá para inserir, só para subsistir. Não dá para transformar camelo em caramelo pela digitação de um ra. Novas pesquisas e alguns consolos. A
‘tecla insert’ no teclado tem a mesma serventia que o apêndice no corpo humano
e recebia sugestões de como fazer uma ‘insertomia’. Recebi muitas sugestões.
Nenhuma funcionava.
Precisei dar uma saída. Longe da máquina
os anjos sopram sugestões. Retorno. Acolho uma sugestão angelical que dantes já
me salvou muitas vezes. Reiniciei o computador e voltei a ser feliz. Adoro, de
novo, meu computador. Nesta blogada compartilho minha alegria com votos de
venturoso fim de semana. E fora a tecla insert. A tentação foi escrever fora temer!
Amigo mui caro, Chassot! Já faz algum tempo que ouvi algo semelhante ao que escrevo agora: perguntado ao eletricista sobre a problemática da iluminação, respondeu que poderia ser fiação incompatível e até interrupção for conexão inadequada, o famoso fio solto; ao encanador sobre a falta de água, a resposta foi direta: cano entupido, talvez, relógio desligado ou corte por falta de pagamento. Comigo, ontem, aconteceu a 2ª hipótese, chegando de uma viagem de visitas à boa terra do Vale do Ribeira, cidades de Guapiara, Apiaí e Itaoca (SP), onde fui diretor de escola da rede estadual paulista; enfim, perguntado ao técnico em informática sobre a loucura da configuração, mause sem controle, teclas que não respondiam e até arquivos que desapareciam, a resposta, em tom de brincadeira, mas de um verdadeiro especialista, foi esta: chute ou desligue. Se estamos à merce de quem tem todos os nossos dados e nos tem, como escrito em tua última blogada, então, coroamos nosso "perdido entre circuitos e placas do PC" com um sonoro: e agora, o que faço? Chutar pode aliviar as tensões, mas desligar é uma boa possibilidade, como o reiniciar. Até nas conversas mais corriqueiras, quando o diálogo começa a ficar estranho ou ininteligível, pode-se ouvir: vamos reiniciar? Meu abraço, amigo Áttico, desta Sorocaba chuvosa!
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