ANO
10 |
Agora, desde Budapeste / Hungria
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EDIÇÃO
3128
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Por uma questão técnica as edições 3125 (sexta, 15 jan) e
3126 (terça, 19 jan) foram, momentaneamente, retiradas de circulação. Peço escusas.
Nestes relatos de um viajor que venho narrando, desde a última
sexta-feira, registro que na noite desta quarta-feira, cheguei à Budapeste,
procedente de Bucareste. Desde que esta viagem entrou em agenda tenho me
remetido, de vez em vez, a minha infância de filatelista. A palavra filatelia entrou, há dias no cenário de
meus escreveres, em um diálogo com meu colega Luís Otávio Amaral (UFMG), ele escreveu:
“Rutherford tem uma frasezinha engraçada e
arrogante: a ciência se divide em física e filatelia.
Eu às vezes comento com meus alunos de História essa frase. Tenho até que explicar o que é filatelia”. Concordo com o Tavinho, realmente, não sei se a maioria de meus
jovens alunos conhece um hobby, que me marcou fortemente na infância e
adolescência, chegando estender-se ao começo da adultês.
Está a perguntar o leitor o que filatelia tem a ver com meu
estar agora na muito linda cidade de Budapeste. Um dos argumentos que se
defendia para se justificar ‘colecionar selos’ era o enriquecimento de
geografia que se adquiria. Lembro de selos que diziam ‘Magyar Posta’ e se sabia identificar como sendo da Hungria. Pois,
agora, estou pela primeira vez na terra dos magiares. Este é o 49º pais que
tenho o privilégio de conhecer um pouco.
Os húngaros ou magiares — me esclarece a Wikipédia — são
um grupo étnico originário dos Montes Urais que invadiu a Europa Central e
estabeleceu-se na Bacia dos Cárpatos no século IX, fundando um Estado que seria
posteriormente conhecido como Hungria. Hoje em dia, um dos elementos
definidores da etnia magiar é a língua húngara.
Embora o termo "magiar" (do húngaro magyar,
"magiar", "húngaro") costume ser empregado como sinônimo de
húngaro, por vezes há diferenças de sentido entre um e outro.
"Húngaro" pode ser utilizado para referir-se a todos os habitantes do
Reino da Hungria (que existiu até 1946) e a todos os cidadãos da República da
Hungria (de 1946 até o presente), quer sejam de etnia magiar ou não. Neste
caso, usa-se o termo "magiar" para diferenciar os húngaros de etnia
magiar dos cidadãos húngaros de outras etnias, como a romena, as eslavas, a
alemã etc.
Na Europa central há uma tríade de cidades que tem origem na
dinastia dos Habsburgos: Budapeste, Viena e Praga. Destas, a capital da Hungria
é a maior e, talvez a mais suntuosa, que suas vizinhas austríaca e tcheca.
Budapeste é formada por três cidades separadas: as acidentadas
Buda e Óbuda e a plana Peste, separadas pelo Danúbio. Nesta conurbação há riquezas
históricas ligadas à presença dos romanos, dos otomanos e também construções
mais recentes, herdadas, por exemplo, do Império austro-húngaro.
Na manhã desta quinta, Budapeste — mais precisamente, por ora
Peste — me seduziu com a sua beleza e com a riqueza de oportunidades que terei
nesta estada de nove dias aqui.
Ontem pela manhã, a caminhada pela Vaci Utca (Utca = rua,
presente na maioria das referências de endereços) até o Mercado Central, sob
finos flocos de neve e temperatura de -1ºC mostrou os primeiros encantos da
cidade. O mercado é algo muito saboroso de ser visitado. No piso térreo há
dezenas de bancas com os mais variados produtos: carnes, frutas, pães, doces
etc. No piso superior, além de variedades de artesanatos, onde predominam
bordados, se pode tomar café com produtos da culinária magiar. No retorno, já
quase ao meio dia, a neve fora substituída por um sol hibernal.
O programa da noite não poderia ser o melhor, para encerrar o
primeiro dia completo na cidade: o balé Romeu
e Julieta, no magnífico prédio da Ópera Nacional Húngara. As duas fotos —
tomei-as uma na parte externa e a outra na parte interna — podem dar uma ideia
da suntuosidade da casa de espetáculos que os húngaros construíram para
rivalizar com ópera de Viena. O espetáculo de dança, com dezenas de artistas e
uma grande orquestra foi de quase três horas de encantamento.
Estas são as primeiras impressões. Em tempo oportuno, volto com
novos narrares. Até então.
Meu caro Chassot
ResponderExcluirTenho acompanhado tuas ferias pelos relatos do teu Blog. Realmente deve ser fantástico estar conhecendo uma terra tão enigmática como essa.
Um grande abraço e aproveite e traga mais novidades para detalharmos em nossos encontros.
Prof. Jairo Brasil
Magníficas férias. Ab querido mestre.
ResponderExcluirComo não se encantar com uma riqueza cultural dessas? Somos gratos pela corona virtual. Grande abraço.
ResponderExcluirComo não se encantar com uma riqueza cultural dessas? Somos gratos pela corona virtual. Grande abraço.
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