sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

22.- DESDE A TERRA DOS MAGIARES

ANO
 10
Agora, desde Budapeste / Hungria
EDIÇÃO
 3128

Por uma questão técnica as edições 3125 (sexta, 15 jan) e 3126 (terça, 19 jan) foram, momentaneamente, retiradas de circulação. Peço escusas.
Nestes relatos de um viajor que venho narrando, desde a última sexta-feira, registro que na noite desta quarta-feira, cheguei à Budapeste, procedente de Bucareste. Desde que esta viagem entrou em agenda tenho me remetido, de vez em vez, a minha infância de filatelista. A palavra filatelia entrou, há dias no cenário de meus escreveres, em um diálogo com meu colega Luís Otávio Amaral (UFMG), ele escreveu: “Rutherford tem uma frasezinha engraçada e arrogante: a ciência se divide em física e filatelia. Eu às vezes comento com meus alunos de História essa frase. Tenho até que explicar o que é filatelia”. Concordo com o Tavinho, realmente, não sei se a maioria de meus jovens alunos conhece um hobby, que me marcou fortemente na infância e adolescência, chegando estender-se ao começo da adultês.
Está a perguntar o leitor o que filatelia tem a ver com meu estar agora na muito linda cidade de Budapeste. Um dos argumentos que se defendia para se justificar ‘colecionar selos’ era o enriquecimento de geografia que se adquiria. Lembro de selos que diziam ‘Magyar Posta’ e se sabia identificar como sendo da Hungria. Pois, agora, estou pela primeira vez na terra dos magiares. Este é o 49º pais que tenho o privilégio de conhecer um pouco.
Os húngaros ou magiares — me esclarece a Wikipédia — são um grupo étnico originário dos Montes Urais que invadiu a Europa Central e estabeleceu-se na Bacia dos Cárpatos no século IX, fundando um Estado que seria posteriormente conhecido como Hungria. Hoje em dia, um dos elementos definidores da etnia magiar é a língua húngara.
Embora o termo "magiar" (do húngaro magyar, "magiar", "húngaro") costume ser empregado como sinônimo de húngaro, por vezes há diferenças de sentido entre um e outro. "Húngaro" pode ser utilizado para referir-se a todos os habitantes do Reino da Hungria (que existiu até 1946) e a todos os cidadãos da República da Hungria (de 1946 até o presente), quer sejam de etnia magiar ou não. Neste caso, usa-se o termo "magiar" para diferenciar os húngaros de etnia magiar dos cidadãos húngaros de outras etnias, como a romena, as eslavas, a alemã etc.
Na Europa central há uma tríade de cidades que tem origem na dinastia dos Habsburgos: Budapeste, Viena e Praga. Destas, a capital da Hungria é a maior e, talvez a mais suntuosa, que suas vizinhas austríaca e tcheca.
Budapeste é formada por três cidades separadas: as acidentadas Buda e Óbuda e a plana Peste, separadas pelo Danúbio. Nesta conurbação há riquezas históricas ligadas à presença dos romanos, dos otomanos e também construções mais recentes, herdadas, por exemplo, do Império austro-húngaro.
Na manhã desta quinta, Budapeste — mais precisamente, por ora Peste — me seduziu com a sua beleza e com a riqueza de oportunidades que terei nesta estada de nove dias aqui.
Ontem pela manhã, a caminhada pela Vaci Utca (Utca = rua, presente na maioria das referências de endereços) até o Mercado Central, sob finos flocos de neve e temperatura de -1ºC mostrou os primeiros encantos da cidade. O mercado é algo muito saboroso de ser visitado. No piso térreo há dezenas de bancas com os mais variados produtos: carnes, frutas, pães, doces etc. No piso superior, além de variedades de artesanatos, onde predominam bordados, se pode tomar café com produtos da culinária magiar. No retorno, já quase ao meio dia, a neve fora substituída por um sol hibernal.
O programa da noite não poderia ser o melhor, para encerrar o primeiro dia completo na cidade: o balé Romeu e Julieta, no magnífico prédio da Ópera Nacional Húngara. As duas fotos — tomei-as uma na parte externa e a outra na parte interna — podem dar uma ideia da suntuosidade da casa de espetáculos que os húngaros construíram para rivalizar com ópera de Viena. O espetáculo de dança, com dezenas de artistas e uma grande orquestra foi de quase três horas de encantamento.
Estas são as primeiras impressões. Em tempo oportuno, volto com novos narrares. Até então.

4 comentários:

  1. Meu caro Chassot
    Tenho acompanhado tuas ferias pelos relatos do teu Blog. Realmente deve ser fantástico estar conhecendo uma terra tão enigmática como essa.
    Um grande abraço e aproveite e traga mais novidades para detalharmos em nossos encontros.

    Prof. Jairo Brasil

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  2. Magníficas férias. Ab querido mestre.

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  3. Como não se encantar com uma riqueza cultural dessas? Somos gratos pela corona virtual. Grande abraço.

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  4. Como não se encantar com uma riqueza cultural dessas? Somos gratos pela corona virtual. Grande abraço.

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