ANO
10 |
Ainda em Budapeste / Hungria
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EDIÇÃO
3130
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Por uma questão técnica a edição 3125 (sexta, 15 jan) foi,
momentaneamente, retirada de circulação. Peço escusas.
Nas duas últimas
postagens (sexta e segunda, 22 e 25) trouxe relatos dos meus primeiros cinco
dias em Budapest; hoje posto um relato de mais dois dias: a segunda e a terça
feiras, dias 25 e 26.
A primeira
observação é um comentário, ante ao continuado tempo desagradável — e sou
comedido na adjetivação — como deve ser esta cidade e qualquer outra de clima
inclemente, na primavera ou no outono. Tivemos repetidas alterações de nossos
programas devido a chuva e a neve. Mesmos aqueles realizados sob o tempo menos
agradável ficam prejudicados. Se aqui for local de inspiração para organizar
viagens, um conselho: evite vir aqui no rigor do inverno.
A segunda-feira
começou com temperaturas muito baixas (-5ºC). A síntese do dia poderia ser sobre/sob
as pontes do Danúbio (não tão) azul. As pontes que conectam Buda e
Peste. O Danúbio está, há muito, em nosso imaginário. Primeiro, quando
estudávamos os rios da Europa e depois quando ouvíamos, a primeira vez, falar
em valsas, e dentre estas, ainda, aflora a sonoridade rodopiante de Danúbio azul de Strauss.
Permito-me
justificar o mote dado a segunda-feira. Pela manhã continuamos a usufruir do
tour que referi na postagem anterior. Em ônibus panorâmico, percorremos em duas
horas, vinte pontos de Peste e de Buda. A neve e o contínuo chuviscar não
convidavam a deixar o ônibus aquecido nas diferentes paradas. Comtemplávamos os
lindos prédios, os muitos palácios, as lindas igrejas, as imponentes estatuas
de heroicos magiares (parece que não houve na história do país mulheres dignas
de ter estátuas) e diversas praças e jardins com árvores nuas, pois o inverno
não se engalana com folhas e flores. Claro que a cidade deverá ser muito
diferente na próxima primavera. Mais de uma vez atravessamos pontes que ligam
Peste e Buda e se contatou de novo o quanto a primeira é plana e a segunda
escarpada e o quanto ambas são muito lindas.
À noite, fizemos
algo diferente. Um passeio de barco (parte do pacote que referi na postagem
anterior) sobre o Danúbio e, é claro, sob suas lindas pontes. As 16h30min já
estávamos no barco e já escurecia. Às 17 h, quando iniciamos a navegação era
noite cerrada. Durante maravilhosa uma hora contemplamos Peste e Buda lindamente
iluminadas. As pontes, à noite, oferecem um espetáculo muito bonito e
diferenciado do dia.
A Wikipédia informa:
Rio Danúbio, que divide a cidade de Budapeste ao meio, é o segundo mais longo rio
da Europa, atrás apenas do Rio Volga, na Rússia. Com aproximadamente 2,8 mil
km, o Danúbio tem sua nascente na Floresta Negra da Alemanha e atravessa o
continente de oeste a leste, passando pela Áustria, Eslováquia, Hungria,
Croácia, Sérvia e Bulgária, até desaguar no Mar Negro, na Romênia.
Na capital da
Hungria há nove pontes atravessando o Danúbio. Sete delas são liberadas para o
tráfego de veículos e pedestres, enquanto as outras duas são exclusivamente
para trens. As pontes fazem parte do cenário e da história da cidade. As três
mais antigas e também as mais conhecidas estão localizadas na região central da
cidade: a Ponte das Cadeias (na foto), a Ponte Elizabeth e a Ponte da
Liberdade. Todas elas foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial e
tiveram que ser reconstruídas.
Na terça-feira
o destaque vai para o Museu Ludwig de Arte
Contemporânea que coleciona arte internacional e húngara, e exibe
obras de arte a partir dos últimos 50 anos que foram recolhidos por Peter e
Irene Ludwig. A intenção era fazer o Oriente mais próximo do Ocidente através
da arte. A doação de 70 peças contemporâneas é a base da coleção de Ludwig. Nestas
há obras de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claesldenburg e Jasper Johns, bem
como obras significativas do hiper-realismo.
Passamos algumas
horas da manhã/tarde nesse museu vendo obras e assistindo filmes como nunca tínhamos
visto algo parecido.
Todavia o mais
original foram nossas tentativas de chegar ao Museu Ludwig. Neste ponto, a aquisição
de passagens para o tram foi algo
quase cômico. O nosso analfabetismo em húngaro ensejou situações nada triviais.
Nós e outro casal de turistas estivemos por quase meia hora diante de uma
máquina quase abestalhados. Veio então um jovem estudante e em frações de
minutos resolveu nosso problema.
À noite fizemos pela
primeira vez em 10 dias, saímos à rua com temperatura positiva (+2ºC). Faz
diferença.
Anuncio para a
edição de sexta-feira uma despedida de Budapeste. Leremo-nos, então, uma vez
mais.
Mestre, confesso minha curiosidade em saber como estes povos tratam seus educadores, principalmente da Educação Básica. Claro que não devem ser "tão valorizados", em todos os sentidos, quanto no Brasil. Grato pela oportuna carona virtual.
ResponderExcluirMeu caríssimo Vanderlei!
ResponderExcluirSe há algo que o comunismo deixa saudades aqui é a Saúde e a Educação
Pelo comentário, os resquícios do dito regime já enche de inveja.
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