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sexta-feira, 24 de maio de 2019

24,- Respingos da Era Vitoriana


ANO
13
AGENDA 2 0 1 9
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EDIÇÃO
3406
Nesta semana ocorreu algo que se teme se repita com mais frequência. Há meses tinha agendado atividades na UFFS no câmpus de Realeza, PR. Subitamente, minha alegria de estar, mais uma vez, com os colegas de um dos campi mais originais foi cancelada. O corte de verbas para Educação, que agora devemos chamar de contingenciamento, muda cenários.
Em compensação neste domingo inicio uma jornada inédita em termos de fazeres profissionais. Vou ficar cinco semana ausente de Porto Alegre.
Na última semana de maio e na primeira de junho tenho atividades na UNIFESSPA em Marabá, PA. Nas duas semana seguintes, uma ficarei em Manaus, no seminário anual da REAMEC e na outra farei uma semana de residência na Escola do SESC no Riode Janeiro. Na quinta semana (última de junho) deverei estar, mais uma vez, em Marabá.
Muitas vezes, nesses tempos nos quais o Capitão chama estudantes e professores que protestaram no memorável 15M de “uns idiotas úteis, uns imbecis” não é fácil manter o entusiasmo, exigência muito importante em nossos fazeres de disseminar Educação. É muito desconfortável sentir uma esterilidade intelectual. Ouso dizer que este é um mal que se espraia gerando desânimo entre discentes e docentes.
Mas o Capitão não é original na suas maluquices: lembro do Jânio Quadros proibindo rinhas de galo ou fazendo de bermudas moda para os funcionários públicos; ou recordo do Collor fazendo estrepolias na Casa da Dinda ou andando de jetski no lago Paranoá.
Mas encontrei alguém de melhor pedigree para comparar desmandos do Paizão e seus três filhotes.
Nesta semana, para entender o cenário da Revolução Darwiniana, estudei um pouco o Século 19, e nele a Era Vitoriana: período que Alexandrina Victoria (1819-1901) foi Rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, (64 anos) e também Imperatriz da Índia a partir de 1876. Estes tempos foram muito significativos.
A dupla moral sexual era comum na era vitoriana. Se por um lado a rainha mandou aumentar as toalhas de mesa do palácio para que cobrissem as pernas da mesa na sua totalidade uma vez que dizia que elas podiam fazer lembrar as pernas de uma mulher aos homens, por outro, desenvolvia-se um mundo sexual clandestino onde proliferava o adultério e a prostituição.

Foram também nestes tempos que vieram em Londres (não simultaneamente) três dos maiores gênios do pensamento moderno do Ocidente: Charles Darwin, Karl Marx e Sigmund Freud. Isto nos esperança. Mesmo com dirigentes que semeiam armas podemos buscar a Paz.

Um comentário:

  1. Bom sábado, destemido viajor Chassot! És homem de asas incansáveis pelas viagens e contatos! Eu que tanto gosto das palavras, nesta semana, vi-me sufocado por muitas encruzilhadas: diante das bobagens em declarações e ações que aguentamos todo dia, lá da Administração Nacional, ao comentar com minha feliz consorte, Adriana, fiquei na tentativa de explicar sem consegui-lo. Meu amigo, não encontrei palavras novas para dizer do quão é repugnante e da constrangedora situação feita abjeta. Veja só, não consegui dizer nada e acabei gaguejando, tateando num "escuro" mental por vocábulos novos, já que as aberrações se sucedem num cotidiano sem fim. Quanto ao final de tua postagem, convenço-me de que aqueles que muito cobram de decência e moralidade, não só no privado, também no público, ficariam escondidos se tudo viesse à luz. Por isso escondem-se tanto na hipócrita moral de uma indecência total.

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