ANO
12 |
FÉRIAS 2018
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EDIÇÃO
3341
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Esta é a quarta edição da série ‘férias em Lisboa 2018’ que circula na quinta-feira,
dia 15 de fevereiro. Dos sete dias, que desde a sexta-feira, a Gelsa e eu fruímos
na capital portuguesa, nesta edição conto da terça-feira, 13, e da quarta-feira,
14 de fevereiro.
Aqui não há carnaval. Somente funcionários de repartições públicas
têm feriado beneficiados pela tolerância
de ponto, equivalente ao ponto
facultativo no Brasil, uma maneira quase hipócrita de (não)conceder
feriado.
Existem listagem das 10, ou 20 ou 30 estações de metrô mais
bonitas do mundo. Conheço poucas das elencadas em uma ou outra dessas listas. Lisboa tem
uma de suas estações nas listas das 20. Fomos conhecê-la na terça-feira, mas
antes de apresentá-la um preâmbulo, relacionado com as lindas estações do Metro
de Moscou, que tivemos o privilégio de conhecer: são
verdadeiros palácios, cada uma delas conta um pouco da história da Rússia,
homenageando personalidades do país. Isso acontece porque o metrô foi um dos
principais projetos arquitetônicos da URSS (o que explica a quantidade de
símbolos comunistas e mosaicos com cenas do período soviético). A afirmação,
que parece ser atribuída a Stalin: “Os ricos já tiveram palácios de mais, agora
é vez de os trabalhadores tê-los” foi realizada.
Com estas evocações, na terça-feira fomos conhecer a chamativa estação das Olaias, de Lisboa,
projetada pelo arquiteto Tomás Taveira, considerada na Europa como uma das melhores
do continente (na foto) Há que reconhecer que nos decepcionou entre outras que
conhecemos,
Ainda na terça-feira, acolhemos a sugestão enviada pelo colega e
amigo Vinicius Catão, da Universidade Federal
de Viçosa, leitor deste blogue, que nos recomendou o restaurante João do Grão como excelente
local para saborear bacalhau assado na brasa, um dos mais típicos pratos da gastronomia portuguesa. A sugestão não
poderia ser melhor. Valeu e ratificamos (merchandising free).
O dia de São Valentim — dia dos namorados no Hemisfério Norte — roubou
a cena da Quarta-feira de Cinzas, da qual não ouvimos menção, foi sumarenta no
nosso fazer turismo.
O destaque vai para a visitação de dois museus em
Belém, próximo ao monumento aos descobridores.
#1 Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia MAAT, que celebra o 1º aniversário de
sua inauguração, vale visitar
só pela beleza arrojada de seu prédio junto à imponente ponte 25 de Abril, sobre o Tejo.
As fotos dão uma pálida ideia de sua arrojada arquiteetura.
No MAAT vimos duas exposições:
1.1: TENSÃO & CONFLITO. ARTE EM VÍDEO
APÓS 2008.
Como indicado na apresentação da exibição, "nos últimos 10 anos, o vídeo revelou-se um recurso cada vez mais
incontornável para a arte nos oferecer uma expressão única das tensões e
inquietações que marcam a sociedade atual. A aptidão deste suporte para a
criação e circulação de imagens, vozes e histórias tornaram-no uma ferramenta
fundamental para os artistas contemporâneos analisarem os impactos
socioeconómicos dos acontecimentos do quotidiano. Tensão & Conflito. Arte
em vídeo após 2008 foca-se precisamente numa excecional seleção de
representações artísticas que, com rara eloquência, recorreram ao vídeo para
registar os impactos e as consequências da crise financeira global de 2008".
Entre duas dezenas de artistas que tiveram seus projetos selecionados, nosso
destaque é para a produção do vídeo do dinamarquês de Aalborg: Nikolaj Bendix
Skyum Larsen.
O MAAT, em uma admirável síntese gélsica, é o protótipo do que serão os museus do século 21.
O MAAT, em uma admirável síntese gélsica, é o protótipo do que serão os museus do século 21.
1.2 PERCEPÇÕES QUE ALTERAM A REALIDADE onde Bil Fontana, traz em tempo real, com sons e imagens, para
dentro da Galeria Oval do MAAT, o que está acontecendo na Ponte 25 de Abril. É
algo inenarrável aqui.
#2 Museu de Arte Popular de Lisboa oportunizou assistirmos Escher — a maior exposição do gênio holandês
Maurits Cornelis Escher (1898-1972). Este gravador, artista, pintor, intelectual
e matemático cujas obras marcaram e desafiam por décadas nossa cultura, mesmo
que já há anos conhecêssemos suas maravilhosas, esta exposição uma revelação
singular.
Depois destas estadas maravilhosas nos dois museus fizemos uma comemoração do Dia de São Valentim no Mercado do Campo de Ourique.
Agora, quando aqui já é quinta-feira, convido meus leitores para
uma edição no sábado, já em retorno ao Brasil.
A Arte ainda é um recurso que possibilita um olhar contra hegemônico da sociedade. Um refúgio para o real. A "Paraíso do Tuiuti" que o diga. Estação de Trem com dignidade para o trabalhador: significa uma esperança de justiça. Abraços.
ResponderExcluirAmigo Áttico! Qual foi o motivo da decepção?
ResponderExcluir" (...) fomos conhecer a chamativa estação das Olaias, de Lisboa, projetada pelo arquiteto Tomás Taveira, considerada na Europa como uma das melhores do continente (na foto) Há que reconhecer que nos decepcionou entre outras que conhecemos (...)"
Quanto à tua apresentação de "Percepções que alteram a realidade", não pude evitar em pensar como se pode alterar a percepção quando a realidade é, escancaradamente, denunciadora, abusiva, agressiva e mentirosa. Eis o que vivemos com o Vampiro Presidente, aquele, da Tuiuti. Creio que uma boa linha de resposta deva começar por este vocábulo: INTERESSES.
Mais uma vez, grato pelo espaço de desabafo! Élcio.