ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3307
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Há um tempo tenho expressado aqui, o quanto os
blogues caducam. Ou, talvez sejam incapazes de vencer a concorrência que lhe
fazem outros muitos lócus de informações e de conhecimento que se enredam nesta
mega-rede que quase desconhecíamos antes do último quartel do século 20. Assim
como, enquanto professores temos uma imensa dificuldade de superar a magia de
um smartphone nas mãos de alunos em sala de aula, hoje vemos a cada dia se esvaírem
leitores dos blogues. No começo deste ano ter cerca de trezentos leitores
diários era uma festa para quem já teve quase mil, a cada dia. Agora quando
ultrapasso de 150 iludo-me que ainda vale a pena escrever uma blogada.
Também os comentários rareiam cada vez mais. Mas...
às vezes ocorre um solitário que merece ser guindado ao texto principal, pois
se diz que não acendemos uma lâmpada para esconde-la atrás de uma porta e sim
para expomo-la.
Na penúltima
edição trouxe Amós Os, uma vez mais. Então ele ratificava uma afirmação
recorrente em minhas falas: a necessidade
de sermos curiosos. Esta edição recebeu um comentário que me permito catapultar
para que mais leitores o fruam. Ele é do escritor Élcio Mário Pinto, de
Sorocaba, cujos contos já fizeram histórias aqui. Vale fruí-lo!
Aos que acreditam, cabe: "Senhor, não permita
que em mim, a curiosidade se finde. Não permite que o meu descanso seja a
distância do querer aprender, saber e descobrir. Não me deixe, tão sossegado e
apaziguado, que não mais me interesse por encontrar as razões, as causas e os
motivos do que acontece." Aos que optam por outras vias de existência,
cabe o entendimento de que, sem curiosidade, estar não passa de ser sem razão
de existir. O que sobra de mim se perder a curiosidade ou se a tirarem de mim?
Se, pela tortura, pelo engodo, pelas mentiras e por todas as maldades daqueles
que querem me convencer de que os bonzinhos são os que saqueiam nosso país ou
pelas informações, intencionalmente, escondidas, sem a curiosidade para
entender o que fazemos e o que fazem de nós pelo que fazemos ou deixamos de
fazê-lo, não importa. Importa é que sem a santa curiosidade dos crentes ou o
desejo profundo do entendimento, impedidos ou mortos, não há existência digna
para a criatura humana. Por isso, compartilho com teus leitores, querido
Chassot, neste espaço democrático e transparente, de luta e resistência, de
persistência e busca de que, em cada querência, em cada casa e em cada canto, a
curiosidade sobreviva e grite liberdade, contra o golpe que, ainda, resiste.
Maldito seja!
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