EDIÇÃO
3164
|
Este relato ocorre ainda na oitiva dos últimos acordes
da retumbante final da Eurovision2016 que ocorreu neste último domingo em
Estocolmo. Refiro-me a finalíssima do Festival Eurovisão da Canção (em inglês:
Eurovision Song Contest e em francês: Concours Eurovision de la Chanson) um
concurso anual de canções, que ocorre há mais de sessenta anos transmitido pela
televisão com participantes de diversos países cuja televisão nacional
transmissora é membro do European Broadcasting Union. Desde 1956 (alguns
leitores hão de remontar-se ao Festival de San Remo), o concurso é transmitido
por televisão e também por rádio por toda a Europa. Recentemente, a transmissão
do mesmo foi também espraiada a outros países não europeus por meio dos canais
internacionais dos seus membros e também pode ser acompanhada na Internet.
Se meu leitor não assistiu abaixo há duas
palhinhas. Acessando-as muitas outras amostras serão disponibilizadas. Neste
registro, não cabe falar das emocionantes canções. Quero trazer acordes muito
laterais.
Há alguns dias laboro, com Dimitrius Gonçalves Machado, meu ex-aluno da licenciatura em Música do Centro Universitário
Metodista do IPA, textos acerca da indisciplinaridade (nas Ciências). Ainda na
noite de domingo nos perguntávamos: os espetáculos apresentados não parecem ser
um artefato cultural indisciplinar que poderiam ser um exemplo do que gostaríamos
de fazer com as disciplinas nas quais foram fragmentadas a Ciência.
Então, concordamos que aquelas peças reúnem som, luz, vídeo,
fotografia, música, dança em artefatos indisciplinares tendo já a arte compreendido a indisciplinaridade que a
ciência talvez ainda esteja por alcançar.
Mestre,
ResponderExcluirA Arte é essência, é o retrato claro do Interdisciplinar, do Transdisciplinar, é a própria convergência dos saberes. Por trás de um instrumento musical, de uma voz cantante, de um evento musical, há saberes que se acumularam no sentido de dar voz e vez à produção artística. Para que a voz saia limpa, com bom volume, com qualidade, há cuidados de saúde, há a amplificação necessária. A própria tecnologia possibilitou fenômenos musicais. Cito a Bossa Nova, o rock progressivo e o Heavy Metal como frutos de canalização de recursos de engenharia para a Música. Sem microfones, não haveria João Gilberto sussurrando ao violão microfonado seus temas. Sem teclados e sintetizadores, muito do rock progressivo se perderia. Sem as distorções e pedaleiras, as performances de instrumentistas do heavy metal passariam discretas. Música, e a Arte como um todo, bebem direto da fonte da técnica, do cuidado humano, dos saberes acumulados...
Guto,
ResponderExcluirmuito obrigado por tão pertinente comentário. A tua descrição enquanto músico competente evidencia uma indisciplinaridade: Arte, Ciência e Tecnologia. A Eurovisão tem sido um bom catalisador para mim,
Quando ouvi teu solo ao violão em http://cabmn.blogspot.com.br/2016/05/alma-feminina.html viajei nas múltiplas possibilidades de termos uma Escola que abondone as disciplinas artesianas e migre a uma indisciplinaridade feyerabendiana. Temos muito a estudar,