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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

EM UM DIA DOS PAIS

 

109/08/2024

  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 18

EM UM DIA DOS PAIS 

  3.791 

                   

Já estamos no segundo blogar agustino/2024. Mais uma vez, repito algo da edição pretérita: desde a pandemia (para mim) os meses parecem fugar. Além das provas matemáticas mostradas na edição passada, talvez os múltiplos eventos que se entrelaçam a cada semana ratificam está continuada aparência de fuga.

Exemplifico isso aqui e agora: o tema heliocêntrico dei a conhecer na manchete título: adesão à data homenagem deste domingo. Antes de assuntar as homenagens aos pais, sumarizo algumas pérolas que poderiam ser centrais: 

No Roda Viva da última segunda-feira esteve no centro  da roda Rosa María Torres foram quase duas horas memoráveis. Quem não teve a ventura de assisti-lo e se interessa nos processos de escrita, vale buscar o YouTube! Rosa é Pedagoga, linguista, jornalista educacional e especialista em educação básica. Trabalhou em vários países dentro e fora da América Latina. Entre outras ações, foi diretora pedagógica da Campanha de Alfabetização “Monseñor Leonidas Proaño”, no Equador (1988-1991). Foi assessora educacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Nova Iorque e editora do boletim trimestral Education News (1992-1996), ação de destaque da organização.Entre 1996 e 1998, foi diretora de programas para América Latina e Caribe da Fundação Kellogg e, de 1998 a 2000, foi coordenadora da Área de Inovações Educacionais

Na tarde desta  quinta-feira a Morada dos afagos recebeu uma visita muito querida: o coordenador do campus de Novo Hamburgo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia IFSUL.  O Marcus é, também, presidente da Sociedade Brasileira de Ensino de Química. O assunto central da agradável conversação  —  que há tempo não ocorria presencialmente  —  foi acerca das generosas ações de alunos, funcionários e docentes durante as enchentes. Essas são inenarráveis, tais as suas magnitudes.

“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois nós narramos suas histórias.”

Para Afonso Oscar Chassot (1906-1987),

 meu pai, que, mesmo nunca tendo visto seu

 nome 

impresso em um livro ou jornal, 

muito me ensinou: 

 gostar de ouvir notícias, instrumental importante para conhecer e entender a história e 

a vibrar com a profissão, 

marceneiro hábil que era, trabalhando a madeira com amor.

Para ele, este livro e estes versos, 

adaptados da poeta Hannah Szenes (1921-1944):

Bendito o fósforo que ardeu e acendeu a fogueira!

Bendita a labareda que ardeu no âmago do coração!

Bendito o coração que soube parar com honra!

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Esta dedicatória  — preito de comovida admiração e saudade  — esteve presente, no último quarto de século, como texto referência em significativa presença de  livros e artigos do Brasil.

Há cerca de um ano a Editora Moderna/Santillana decidiu não mais edita-lo como livro físico. Festejo alvissareira notícia: José Roberto Marinho Livraria da Física (da USP) já está na liderança desta festejada notícia.

“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois narramos suas histórias.”

Ainda evoco uma cena do frio dia 9 de julho de 1987. Era uma quinta-feira, dia normal de trabalho. Havíamos velado meu pai durante toda noite. Na metade da manhã houve uma missa e depois se formou um cortejo fúnebre da cidade de Montenegro até o cemitério do Faxinal. Num momento, de um dos carros em que estou e olho para trás. Vejo dezenas de carros, que se estendiam por pelo menos por três quarteirões. Perguntei-me: que fizera esse marceneiro, para que tanta gente deixasse os seus fazeres para vir sepultá-lo num bucólico cemitério, não muito distante da casa onde nascer.

A narrativa que encerra esta blogada envolve  meu irmão Sirne (1940 - 2002) o segundo dos oito filhos, Ele era um ano e dezoito dias mais novo que eu; sempre foi mais forte que eu apesar da diferença de idade. Se a discussão de alguma coisa terminava em briga, sempre (ou quase sempre) era ele quem vencia. Um dia, recordo que voltávamos para casa pela rua João Pessoa e vimos que em cada casa havia sido há não muito tempo colocada propaganda política. Meu irmão e eu, pressurosos, nos pusemos a coletar de casa em casa as propagandas eleitorais que estavam disponíveis. Chegamos em casa radiantes com nossos troféus. Meu pai, olhando a natureza do conteúdo do material coletado, não teve dúvida, passou-nos uma reprimenda, dizendo que não podíamos ter retirado a propaganda política, mesmo que fosse do adversário de seu candidato de escolha. Depois de nos repreender, nos passou uma lição importante: - Vocês agora voltem a cada casa de onde retiraram material e o devolvam.

.“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois nós narramos suas histórias.

4 comentários:

  1. Professor, mesmo tendo o privilégio de já conhecer os fatos narrados, sigo me emocionado ao revisitá-los. Seu Oscar existe, pois nós seguimos narrando suas histórias...

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  2. Naquele tempo existia um homem ele existiu e existe ainda,pois enquanto evolui em seu aprendizado, aguarda sua vez de retornar e tornar-se a cada existência, um ser melhor, através do Amor.

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  3. Que agradável blogada nesta manhã de domingo Professor, um excelente dia dos pais pra nós!

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  4. Venho aqui agradecer pelo belo registro de nossos ancestrais!!

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