É UM JULHO MUITO ESPECIAL, esta edição se antecipa em data, ao usual entardecer das sextas-feiras. A edição de agora circula como a primeira edição do ano 18:
2009 este blogue aniversaria 2024
Chegamos a maioridade: 30/07/200 Qual a significativa ‘adjetivação-título’ para UM JULHO MUITO ESPECIAL. Desde a segunda-feira, 01/07, estamos celebrando um mês muito especial Neste dia 30/07 — a quarta sexta-feira julina deste bissexto 2024 — nos jubilamos, pois este blogar se antecipa a primeira edição do ano 18.
Esta edição faz do final deste muito rápido julho um tempo celebrável: ontem recordamos os duzentos anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães no Rio Grande do Sul. Hoje a abertura das Olimpíadas Paris2024 mostra que os esportes podem ajudar a fazer um outro mundo menos desigual. É lamentável que os belicistas não se convençam que em suas guerras só existam derrotados!
Mas voltemos à nossa chegada ao ano 18 deste blogue: as três blogadas foram blindadas com uma das mais de três mil edições. Assim no dia 05/07, recordamos o Fórum Social Mundial em Porto Alegre; dia 12 saboreamos como eram as saudosas noites de 24 de dezembro; no dia 19 foi central aqui a figura de Lutero com discussão acerca do término da Idade Média.
Hoje ofereço uma das cerejas do bolo. Não foi fácil escolher uma blogada para celebrar esta primeira edição do ano 18.
SEXTA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO DE 2014
19.- INFIEL... um livro imperdível
Neste fim de ano me deleitei com três livros — em suporte papel, é claro — que me envolveram gostosamente. Pela ordem li Infiel / Zelota /Einstein e a religião. Este último, ainda, não terminei. Os três se interconectam, como quero mostrar em três blogadas distintas, ainda em dezembro. Hoje comento algo mais do primeiro.
Antecipo, que mesmo tendo sido leituras de hora de recreio (¿por que temos que dicotomizar tempo de trabalho e tempo de lazer?) foram de muito proveito para meus estudos. A resposta à pergunta no parêntesis mereceria uma blogada especial acerca da tutela que nos fazem os deuses Cronos e Kairós.
Já em 16NOV2014, trouxe aqui um comentário prévio de Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã, quando, ainda, não havia concluído a leitura.
HIRSI ALI, Ayaan 1969 --. Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã. Título original: Infidel. Tradução de Luis A. de Araujo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 496 p. ISBN 978-85-359-1109-1.
Ao lado da ratificação do que foi registrado então, adito que a autobiografia de Ayaan Hirsi Ali, uma negra somali, da idade de meus filhos, que viveu sua infância e juventude marcada por uma fiel e dolorosa observância do islamismo, é o mais inclemente repto ao profeta Maomé e ao Alcorão que li em toda minha história. Assim, Ayaan mostra o quanto normas que estão no livro sagrado, escritas há mais de 14 séculos não pode servir de norma hoje. Por outro lado ela diz ser Maomé um pedófilo.
Esta referência está nos bastidores do livro resenhado aqui* em 05JAN2013, que recebeu comentários do seu autor paquistanês, quando Aisha narra: “Eu tinha 6 anos quando me casei com o Mensageiro, embora nossa união só tenha sido consumada quando se iniciaram minhas regras aos 9 anos de idade. Ao longo dos anos, tomei consciência de meu casamento [...]. Mais do que a maioria de mulheres de minha época, fui alvo das adagas ocultas do ciúmes e do rumor. Talvez isso já fosse esperado. Um preço que devo pagar por ser a esposa preferida do homem do homem mais reverenciado e odiado que o mundo jamais conheceu” (p. 12).
*PASHA, Kamram. A Mãe dos fiéis: um romance sobre o nascimento do Islã. [Original inglês:Mother of the Believers. Tradução: Mariluce Pessoa] Rio de Janeiro: Record. 2012. 532p, 230x160x28 mm. ISBN 978-85-01-08995-3
É preciso acrescentar que também não conheço nenhum relato de sofrimentos físicos e humilhações a que uma pessoa tenha estado submetida. Trago um exemplo entre dezenas: a ablação do clitóris, quando era uma menina de cinco anos, sem anestesia e posterior submetida à costura da vagina, também sem anestesia, deixando apenas um pequeno orifício para excretar a urina. Depois, quando do casamento, a defloração tem como consequência a imobilização para caminhar por duas semanas, tanta foram as dores e as violências físicas sofridas na noite de núpcias.
Ainda, surras frequentes e brutais da mãe por causa de possíveis violações a normas religiosas (como por exemplo, deixar mostrar partes do corpo que pudessem causar distração/excitação a homens) e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura do crânio.
Não sem razão que Ayaan mesmo fugindo para Europa e se tornando deputada de parlamento europeu pela Holanda tenha ainda hoje viver em alternados esconderijos. Vale ler. É um livro imperdível.
Leia trecho: www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12491
Ms.Chassot.
ResponderExcluirMesmo triste pela barbárie vivida historicamente pela mulher,agradeço a grande co atribuição das leituras sugeridas neste especial mês de julho.
Sempre todos nós somos seus eternos aprendizes. Obrigada por mais esra fabulosa edição.
eva armesto gonzalez en jacomelandia
ResponderExcluircelso blanco alvarez....¿el serpico orensano?
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