ANO
14 |
AGENDA 2 0 1 9
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EDIÇÃO
3412
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Na edição extraordinária que circulou na terça-feira, dia
30/06/2019, na recordação do 13º aniversário deste blogue, dizia que neste
Annus Horribilis não cabiam muitas comemorações. Naquela mesma oportunidade lia um calhau[1]
em um artigo no EXTRACLASSE.ORG.BR publicação mensal do Sindicato dos
Professores do Rio Grande do Sul Sinpro/RS que dizia “A mistura de ignorância, obscurantismo, boçalidade e grotesco desafia
a própria linguagem para definir Bolsonaro e seu séquito”.
Hoje lia Eliane Brum (se
tivesse que escolher ler apenas um jornalista, seria ela a escolhida) na edição
brasileira do El País: Jair Bolsonaro é um perverso. Não um louco, nomeação injusta
(e preconceituosa) com os efetivamente loucos, grande parte deles incapaz de
produzir mal a um outro. O presidente do Brasil é perverso, um tipo de gente
que só mantém os dentes (temporariamente, pelo menos) longe de quem é do seu
sangue ou de quem abana o rabo para as suas ideias. Enquanto estiver abanando o
rabo – se parar, será também mastigado. Um tipo de gente sem limites, que não
se preocupa em colocar outras pessoas em risco de morte, mesmo que sejam
funcionários públicos a serviço do Estado, como os fiscais do IBAMA, nem se
importa em mentir descaradamente sobre os números produzidos pelas próprias
instituições governamentais desde que isso lhe convenha, como tem feito com as
estatísticas alarmantes do desmatamento da Amazônia. O Brasil está nas mãos
deste perverso, que reúne ao seu redor outros perversos e alguns oportunistas.
Submetidos a um cotidiano dominado pela autoverdade, fenômeno que converte a
verdade numa escolha pessoal, e portanto destrói a possibilidade da verdade, os
brasileiros têm adoecido. Adoecimento mental, que resulta também em queda de
imunidade e sintomas físicos, já que o corpo é um só. Leia
o artigo completo em: https://jornalggn.com.br/artigos/doente-de-brasil-por-eliane-brum/
Desde 28/10/2018, aquele
domingo mais triste da história do Brasil, que ficamos 2 horas esperando pelo
término da votação no Acre e a aí veio terrível notícia que ele vencera no
segundo turno. Então sabíamos pouco dele, pois armara uma farsa em Juiz de Fora
para fugar dos debates. Mas desde 1º de janeiro, a quase cada dia recebemos uma
chicotada que nos faz padecer em dores.
Em mim esta vergastada diária
aflora como uma quase esterilidade intelectual. Tenho dificuldade para
escrever, em buscar solução a desafios intelectual. Tudo causado pelo perverso
Presidente da República.
Chega por agora!...
[1]
Calhau =
(Brasil, gíria Imprensa) pequeno texto ou clichê aproveitado para preencher
claros na paginação de jornal ou de revista
Chassot, querido e caro amigo! De volta às teclas vejo-me diante de uma de suas ótimas blogadas. Somamos aos teus sentires: Dri, em consultas médicas, diz do que a fez adoecer. São as mesmas causas com sintomas que se prolongam. De minha parte, já senti de tudo, dos males físicos aos emocionais, incluindo insônia, náusea e memórias esquecidas. De um pesadelo interminável deito-me com as letras e delas retiro sopro para viver. Darei meu quinhão de participação, dentre outras formas, pela escrita, retratando os tempos - não loucos, por respeito e consideração aos que não contam com consciência como a entendemos -, perversos na acertada manifestação de Eliane Brum. Na amizade compartilhada, até para suportar dias doentios, festejo os 13 anos do teu blogue. Insista e resista, meu amigo. Vamos festejar os 15 anos, ainda que sejamos poucos compartilhando. Só não fiquemos calados. Entre os católicos existe um canto muito bonito e cheio de entusiasmo e vivacidade com esta letra: "Se calarem a voz dos profetas / as pedras falarão" - de Antônio Cardoso em:(http://www.suasletras.com/letra/Catolicas/Se-Calarem-A-Voz-Dos-Profetas/132008). Era um de nossos cantos nos bons tempos da Teologia da Libertação. Ficam as saudades e a vida rebrota de outra forma, porque se a Natureza nos ensina é que a vida, sempre, sempre encontra um meio. Solidário, abraço-te!
ResponderExcluirMilhões de brasileiros permitiram o renascer da Barbárie. Em pleno século XXI. Falhamos na fixação da Memória histórica...Claro, com a adição de outros aspectos...Resistiremos e faremos disso uma inesquecível lição para as próximas gerações...Abraços
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