Estou, na noite das
fogueiras juninas, em uma Manaus muito chuvosa. À madrugada inicio o retorno de
minha quarta jornada viajora deste junho. A minha primeira foi na linda Macaé
no I
ENCONTRO DA REDE RIO DE ENSINO DE QUÍMICA, de onde como escrevi
retornei prenhe de acarinhamentos. Na semana que passou, vivi uma estância
mato-grossense muito boa na qual fui pela primeira vez à São José dos Quatro
Marcos e à Araputanga que me ensejou muito mais que experimentar caititu,
violando, sem saber, leis de proteção ao meio ambiente. Na semana que vem, com
a conferência na noite de quinta-feira no I Simpósio de
Pesquisa em Educação em Ciências do Estado do Espírito Santo em Vitória, encerro meu ciclo junino.
Mas o que fiz desde segunda-feira
em Manaus (sem dar nenhuma palestra ou curso)? Participei do Seminário de Pesquisa II que integra o currículo
de formação do curso de doutoramento da REAMEC-Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática.
A seguir falo do
milagre e do santo. Ou melhor, inverto
a ordem cotidiana. Apresento primeiro o santo (a REAMEC) e depois narro o milagre (o Seminário de Pesquisa II).
A REAMEC Os nove estados
amazônicos [Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins] com três polos
Belém (UFPA), Manaus (UEA) e Cuiabá (UFMT), pela conexão em rede de quase 30
universidade, oferecem o Curso de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática –
Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências
e Matemática (PPGECEM). Este curso se dá a partir da associação em REDE (AR) de Instituições de Ensino Superior da Região Amazônica
Legal Brasileira, denominada Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC).
A organização da rede tem como meta formar 150 doutores até 2020
na Amazônia Legal, por meio de ação acadêmica colaborativa entre as IES e os
doutores existentes na Região e também colaboradores de outras regiões, da área
e de áreas afins. Até o momento já foram formados 74 (sessenta e dois)
doutores.
A definição se inicia quando o Fórum de Pró-Reitores de
Pós-Graduação dos Estados que compõem a Região da Amazônia Legal, sensíveis às
carências da área de Educação em Ciências e Matemática na região propuseram, em
setembro de 2006, a criação da REAMEC (REDE AMAZÔNICA DE EDUCACAO EM CIÊNCIAS).
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Realizaram-se seminários no Amapá (2006) e São Luís (2007) –
para apresentação discussão da ideia que se anunciava. Em agosto de 2007,
aconteceu em Manaus um workshop, no qual se avançou na definição da estrutura inicial
do projeto de doutorado acadêmico e da funcionalidade da rede. Nessa mesma
reunião, foram escolhidos professores doutores das IES da Região, como
representantes estaduais, que constituíram a COMISSÃO REAMEC, responsável pela
elaboração da proposta de curso.
A comissão de elaboração da proposta de curso reuniu-se em
outubro de 2007 para início dos trabalhos. Nesse encontro pensou-se numa
proposta de curso já desenhada inicialmente no Workshop de Manaus. A partir de
então, a equipe reuniu-se em Belém e em Cuiabá para finalizar a proposta de
curso. O projeto de curso foi encaminhado à CAPES em 28 de março de 2008. Comissão
de Avaliação colocou a proposta em diligência, o que implicou uma primeira
visita em outubro de 2008, por Comissão de Consultores. Na avaliação foi
sugerida uma nova visita aos Polos Acadêmicos da Rede; esta aconteceu em
outubro de 2009. Após o encaminhamento do parecer a CAPES a recomendou o curso
em 23 de fevereiro de 2010. A partir de então houve ingressos bianuais mediante
disputadas seleções de candidatos de universidades parceiras de: 2011: 30 //
2013: 45 // 2015: 60 //2017: 30. Da primeira turma foram doutorados 29 e da
segunda 45, num total de 74 doutores.
Os doutorandos fazem seleção para uma de cada uma das duas
linhas de pesquisa: Linha A: Formação de
Professores para a educação em Ciências e Matemática; Linha B: Fundamentos e Metodologias para a Educação em Ciências e
Matemática. Muitas das produções da rede são disseminadas pela: REVISTA da Rede Amazônica de Educação em
Ciências e Matemática ISSN: 2318 - 6674
O Seminário de Pesquisa II Antes de fazer o
exame de qualificação, que antecede à defesa de tese, cada doutorando da REAMEC
deve fazer ao final do primeiro ano de curso o Seminário de
Pesquisa I e mais ou menos na
metade do curso (cerca de meio ano antes do exame de qualificação: o Seminário de Pesquisa II. Estes seminários, ocorrem durante uma semana, em
uma das três cidades polos (Belém, Manaus ou Cuiabá). Os rituais da semana dos
seminários I e II são os mesmos.
Nesta semana, além de palestras ou seminários,
cada doutorando deve fazer uma exposição acerca de seu projeto de tese, durante
20 minutos a uma banca formada por dois doutores, o orientador e um doutorando
do grupo, com a participação dos demais doutorandos e professores de cada uma
das duas linhas de pesquisa. A um mês do seminário, o doutorando deve enviar
aos três componentes o seu projeto de tese.
O ritual de cada uma
das cerca de 10 bancas diárias (de cada Linha de Pesquisa) de uma hora cada, contempla
a já referida exposição de 20 minutos seguida com um diálogo de 10 minutos com
um doutorando de sua turma e linha de pesquisa. A seguir há comentários e inquisições
por 10 minutos de cada um dos dois doutores e encerrando-se a banca com a fala
do orientador por 10 minutos.
Assim, esta semana
houve 2 vezes (uma por Linha de Pesquisa) trinta bancas, como a que descrevi
acima. Na manhã de terça-feira houve uma fala do diretor de Educação Básica do
Ministério de Educação; segunda-feira uma plenária de abertura e hoje, uma de clausura.
Como descontrair é preciso, ontem à noite, confraternizamos com a cozinha
amazônica. E estava muito bom.
Agora, na torcida
para às 3h50min começar a voltar para amanhã ao entardecer, a Gelsa e eu
receber filhos, noras, genros e netos, no arraial da Morada dos Afagos e
comemorar as festas juninas.
Dura jornada no Seminário em Manaus e grande Reamec, parabéns!!! Desejo bom retorno ao RS para curtir a família na confraternização bjs!!!
ResponderExcluirQuerida Patricia,
Excluirobrigado por tua postagem, quando eu ainda estava em Manaus.
Em mais de uma vez, no extenso mas significativo Seminário da REAMEC, lembrava que em futura edição estarás pré-qualificando teu projeto.
Agora, retornado a Porto Alegre, tenho mais oportunidades de continuar nossos estudos.
Com expectativa,
Depois da "peleja" e do "andejamento", amico Chassot, de volta ao conforto, segurança e afago do Canto. Que neste, entoem-se cantos altos de alegria pelas festas e pelas tradições, identidades que nos unem como povo. Seja a celebração da alegria compartilhada o ponto alto por estadas e mais estadas, em nosso Brasil, nem sempre adormecido. Desta "Terra Rasgada", com o Bem-te-vi a nos ensinar que a vida brota da terra, nosso abraço sempre aberto para acolhê-lo e a quem contigo estiver. Se por aqui passar, achegue-se e vamos festejar a amizade! Élcio e Adriana, Sorocaba.
ResponderExcluirMuito querido Élcio,
Excluirter asas nos pés qual Mercúrio é bom, pois estas, por conhecer caminhos, fazem o melhor: sabem os tempos para voltar a nos aquerenciar. Foi muito bom voltar a Morada dos Afagos ontem, já preparando os arreios para na quinta-feira ir à Vitória ES.
Obrigado