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sábado, 18 de junho de 2016

18.- Uma jornada em terras tucujus

ANO
 10
MACAPÁ – AP
“Capital do Meio do Mundo”
EDIÇÃO
 3179

Anunciara na edição anterior que, de cada uma das três capitais amazônicas presentes em meu périplo junino, faria uma edição. Cumpro a primeira.
Esta é minha segunda estada em Macapá, onde cheguei no começo da quinta, quase junto com a tocha olímpica. Nesta quinta, sexta e sábado cumpri minha agenda na Semana do Químico da ABQ AP numa co-promoção das UEAP, IFAP e UNIFAP. Ministrei minicurso de nove horas em três sessões pelas manhãs; às tardes: duas mesas redonda e duas palestras. Neste domingo, por não haver poucos voos, retenho-me, até a madrugada de segunda-feira, em terra dos tucujus, indígenas que foram os primeiros habitantes da região.
Amapá, com cerca de meio milhão de habitantes, é conhecida como a “Capital do Meio do Mundo”, pois está sobre a linha do Equador. Essa excepcionalidade é muito valorizada. Assim um dos destaques turísticos é um estádio de futebol onde a linha central do gramado coincide com a linha do Equador. Uma metade do campo está no Hemisfério Sul e a outra metade está no Hemisfério Norte. Há também um conjunto cultural relativo a essa localização. Pode se ter um pé em cada um dos dois Hemisférios.
Outra característica: dentre as 27 capitais brasileiras, Macapá é única cidade que não se pode chegar por via terrestre; somente de avião ou barco. Em contrapartida a esse isolamento, se está cerca de 600 km distante de Caiena, capital do território ultramarino francês, de onde se pode chegar à Paris, em um voo doméstico.  
Dentre os destaques turísticos que incluem o monumento do Marco Zero, a Fortaleza de São José do Macapá, erguida entre 1764 e 1782 por índios e escravos na época da colonização portuguesa; tinha a função de garantir o domínio lusitano no extremo norte do Brasil. Merece especial referência o Museu Sacaca. Inaugurado, sob a denominação de Museu do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA). Em 1999 o museu foi rebatizado como "Museu Sacaca de Desenvolvimento Sustentável", em homenagem a Raimundo dos Santos Souza (1926-1999), vulgo "Sacaca", curandeiro local de grande importância para a difusão da medicina natural junto à população amapaense. Em 2002, após a criação de um novo estatuto, o museu foi reinaugurado com o nome atual: "Centro de Pesquisas Museológicas Museu Sacaca". O Museu Sacaca tornou-se uma referência regional em tópicos como biodiversidade, desenvolvimento sustentável, medicina natural, etnologia, organização socioeconômica e cultura dos povos amazônicos.
Depois desta extensa e intensa jornada que não pormenorizei só faço um registro a maneira carinhosa como foi acolhido.  Retorno encharcado de benquereres. 

4 comentários:

  1. Que maravilhoso
    Inevitável pela hora que estou lendo (meio dia), não pensar na culinaria local
    Obrigado por esta aula de geografia e conhecimentos gerais e história

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    1. Salve, Alex!
      obrigado por teu significativo cometário.
      O peixe, por se estar junto do Rio Amazonas, é muito presente na culinário saborosa de Macapá.

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  2. Bom dia, sou a Ana, ABQ AP

    Em nome da comissão organizadora ABQ AP só tenho a agradecer sua ilustre presença em nosso humilde evento, obrigada.

    Tenho uma consideração a fazer, desculpe. Vi há pouco em seu blog o olhar que você deu a Semana do Químico e a nossa terra, Macapá. Agradeço, foi lindo.
    No entanto creio eu que o Sr acabou trocando as siglas das instituições, UEAP, IFAP e UNIFAP.
    Novamente peço desculpas, mas como seu blog é bastante cobiçado, peço por favor que possa estar ajustando esse detalhe importante ��

    Sem mais para o momento, me despeço lhe desejando um ótimo domingo em nossas terras tucujus.

    Obrigada.

    Ana Freire

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  3. Estimada Ana, ABQ.
    Obrigado pelas referências que fazes ao blogue e a minha participação na Semana do Químico.
    Realmente cometi um imperdoável engano. Troquei a sigla das instituições co-promotoras coa sigla do Pará, estado-mãe do AP.
    Agradeço os votos para este domingo aqui.
    Com continuada disponibilidade,
    achassot

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