ANO
10 |
EDIÇÃO
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Parece que ao inverno,
que deveria por ora estar aquerenciado em nossas geografias, não apetece estar conosco
em período de crises. Crises que não são privativas do Rio Grande do Sul, que
esta semana teve seus míseros trocados confiscados pela União, por estar inadimplente.
A crise não é gaúcha, é nacional. A maioria dos brasileiros está a amargar
crises geradas pelos continuados reverberar de dificuldades impostas à/pela
Presidente. O Planeta está crise. Ouvimos o escritor português Valter Hugo Mãe,
no Fronteiras do Pensamento dizer que,
em sua recente visita à Grécia, soube que 25% dos domicílios residenciais não
têm água ou energia elétrica pois seus habitantes não ter condições financeiras
para pagar por essas duas benesses.
Mas, resolvi falar
de flores neste domingo. Ou melhor, falar e mostrar flores. Porto Alegre tem floradas sazonais.
Paineiras, guapuruvús, ipês, jacarandás e muitas outras as árvores têm suas
floradas em uma palheta governada pelas estações do ano.
Nestes dias, agosto se transmutou em um veranico atípico com
temperaturas tórridas próprias de dezembro. Ora, uma secura no ar comparada a
clima saariano e ora uma umidade nórdica. Foram registradas as
maiores temperaturas mínimas em agosto em mais de 100 anos.
Estamos nos dias dos ipês e das azaleias (a da foto é do meu
jardim). Se calores temporãos atrapalham humanos, imagine-se o estonteamento
das árvores. Esta semana vi, em Porto Alegre, vários ipês-amarelos, que
usualmente solenizam a semana da Pátria, já floridos. Os ipês-rosa estão magníficos.
Os ipês-brancos são sempre mais recatados por estas geografias ainda não deram
presença. Trago amostra tomada na avenida Goethe, colhida na quinta-feira, ao
voltar do Centro Universitário Metodista do IPA.
Não são apenas os sabiás que estão anunciando que frio passou.
Minha amoreira (no 8º piso), que está na foto, há não muitos dias estava semidespida.
Agora não só vestes com garbo, mas já oferece amoras sumarentas.
Já vencemos a metade agosto. Logo ali, está setembro. Então,
teremos uma primavera de verdade. Por ora curtamos as flores temporãs.
Nos últimos dias, principalmente quando penso na atual conjuntura social e política do nosso RS, assim como do país, gosto de estar debruçado na janela do meu quarto refletindo as palavras ditas por Francisco, o argentino, sobre a necessidade de se cuidar a grande casa comum, porque nesta posição vejo lindos ipês-amarelos lindamente floridos. Faz bem...
ResponderExcluirA blogada de hoje, que traz uma pitada política, bem que poderia chamar-se ao estilo Geraldo Vandré; "Pra não dizer que não falei das flores"
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