19.—HOMENAGENS?... SIM, OBRIGADO!

ANO  8

LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO  2565

Houve quem dissesse que, nunca como nesse ano, se homenageou tanto os professores pelo seu dia. Concordo. Quais seriam as razões desta tão simpática febre? Reparo às cacetadas que a classe está levando nas manifestações de rua no Rio de Janeiro? Desagravo por um número significativo de Unidades da Federação recorrerem ao não pagamento do piso? Um reconhecimento a uma importante categoria profissional? Talvez.

Uma emissora de rádio no dia 15, tinha um bordão: “Professor, te desejamos o salário de um deputado e prestígio de um jogador de futebol!”. Podia ter ficado numa comparação só: “Professor, te desejamos um centésimo do salário e do prestígio do Neimar.

Parece que a expansão das felicitações se deve principalmente a crescimento das redes sociais. Hoje devo ter o dobro de facefriends que há um ano. Excetuadas as felicitações internéticas, não sei se aumentaram os cumprimentos. Recebi telefonemas queridos de meus filhos e fiquei contente quando o porteiro de meu prédio me interfonou para me desejar bom dia do professor.

Não exagero se digo que recebi mais de 200 notificações do Facebook, destas cerca de ¾ eu estava ali por tabela. Recebi algumas muito comoventes. Destas me entusiasmaram mais as manifestações de ex-alunos de tempos remotos. Houve quem fizesse evocações distantes há mais de ¼ de século. Houve referencias de quem disse não se considerar ex-aluno, pois continuam aprendendo aqui no blogue, como alunos digitais.

Destacarei duas mensagens. Sei que peco por não cultivar a modéstia. Mas antes de ser acusado de não imitar violetas, que escondem suas lindas flores entre as folhas, informo que as colhi do Facebook, onde foram muito mais expostas que aqui.

A primeira é do Edu, um médico e professor que há dois anos foi meu aluno — brilhante, por sinal — no Programa de Pós Graduação em Educação da URI campus de Frederico Westphalen:

Deveria haver o verbo Atticar para que todos professores deste nosso Brasil pudessem conjuga-lo. Meu querido és exemplo de altíssima qualidade desta classe tão massacrada financeiramente, mas rica em conhecimento e com um poder de transformar até um aluno tão distraído e hiperativo como sou em um razoável aprendiz de professor. Obrigado por repassar tanto conhecimento, seu saber soam em minha memória como minutos infinitos e inesquecíveis. Professor Edú

A outra é de Fábio Batista da Costa, que pelo seu perfil no face, sei que exerce atividades no IFPI (Instituto Federal do Piauí). O Fábio participou, em julho do ano passado do 10º Simpósio de Ensino de Química em Teresina, organizado pela Associação Brasileira de Química, quando fiz a palestra de abertura. Em 15 de outubro ele postou:

Em 1º de Agosto de 2012, fiz esta publicação que reproduzo agora: Nesses tempos de celebridades instantâneas que pouco ou nenhum talento possuem além de seus atributos físicos, tive a felicidade de conhecer nessa semana durante o 10° SIMPEQUI alguém realmente célebre. Todos os presentes no evento, desde alunos de graduação até pós-doutores, o reverenciavam com olhares que iam da admiração e respeito pela carreira e obra ao encanto pela forma cordial e cativante com que conduz as suas falas. Diante dele, senti-me uma criança, não pela diferença de idade cronológica, mas pela diferença no volume de conteúdo. Sentado na primeira fila, bebia de suas palavras, buscando absorver o máximo daquele breve contato. Afinal, não eram mais palavras escritas nas páginas de um de seus brilhantes livros, mas sim a voz e a presença de Attico Chassot