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domingo, 7 de outubro de 2012

07.- HOBSBAWM: UM CONTRAPONTO FRANCÊS



Ano 7***  M A N A U S  ***Edição 2258
Um domingo eleitoral importante no Brasil e na América Latina. Aqui, as eleições municipais em 5.568 municípios brasileiros. A nível continental, a eleição presidencial na Venezuela, que envolve ‘torcida’ de quase todos os países das Américas. Minha homenagem ‘espirituosa’ às eleições está no final. Vale conferir.
Para que exerça o meu direito/dever democrático deixo Manaus nas primeiras horas deste domingo. Devo, talvez, votar antes do meio-dia em Porto Alegre.

O sábado aqui foi pleno de atividades. Quando deixava o “Bosque da Ciência” no INPA, as cigarras alardeavam o anoitecer e as cotias procuravam abrigo. Minha fala foi muito bem acolhida e mais de uma vez os macacos vieram espiar o plenário envidraçado.
Foi muito gostoso acolher, em meio a fotos e autógrafos, um grupo de professores e alunos de Química da UFAM, que vieram festejar a minha presença na Semana de Química, no dia 21 de novembro, numa estada em Manaus, por cerca de 12h (rumo a Roraima), confirmada na manhã de ontem com o Coordenador do Curso, Prof. Túlio de Orleans Gadelha Costa, em uma ação (quase) relâmpago catalisada por Tatiana Salem, via Facebook.
Como ontem fiz loas a Eric J. Hobsbawm, trago um contraponto.
Uma relação conturbada com a França, por Andrei Netto, de Paris, no Observatório da Imprensa:
Ao menos na menos na França, Eric Hobsbawn foi tratado em sua morte como em vida – como um maldito. A história da ruptura entre a intelligentsia francesa e o pensador marxista foi escancarada ao longo dos anos 90, quando da publicação seu mais célebre livro, A Era dos Extremos. Seu trabalho foi reconhecido e ganhou conversão “a todas as línguas oficiais da União Europeia, salvo uma”, como ele dizia. Ganhou ainda versões “nas línguas dos antigos Estados comunistas da Europa central e oriental”, em polonês, em checo, em romeno, esloveno, em albanês. Só então, graças à iniciativa de um editor belga e do jornal Le Monde Diplomatique, a tradução para a língua de Rousseau, enfim, aconteceu.
A melhor explicação para a indiferença talvez tenha sido dada por uma revista americana: “O apego, mesmo distante, à causa revolucionária, Eric Hobsbawn o cultiva certamente como um ponto de orgulho, uma fidelidade orgulhosa, uma reação ao tempo. Mas, na França, e neste momento, é difícil de engolir”.
A soberba da intelligentsia francesa imperou nesta segunda-feira. Foi necessário que Pierre Laurent, um intelectual de esquerda, viesse a público para uma homenagem ao autor. “Os progressistas perdem um dos seus. Todos aqueles que se interessam pela história do século 20 perdem um grande espírito, um pensamento-mundo.”
 Agora o descontraído ‘horário eleitoral’ de dois minutos promovido por este blogue: http://www.youtube.com/watch?v=ek5ObZxEL1w nele os augúrios  de um bom domingo a cada uma e cada um e a brasileiro e venezuelanos votos de bons votos.

4 comentários:

  1. Belo post, Áttico amigo! em meio a homenagens exageradas à apresentadoras que tão pouco contribuíram com o engradecimento filosófico e cultural da humanidade, teria de ser você, claro, aquele que se lembraria de revernciar o digníssimo ícone e historiador!

    Parabéns!

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  2. Limerique

    Da França ouve-se voz que esturra
    Por Hobsbawm não levanta hurra
    A todos ele não convence
    Há que diferente pense
    Pois toda unanimidade é burra.

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  3. Quanto ao nosso eminente filósofo é válida a máxima; "não se pode agradar Gegros e Troianos". Agora o que me admira é o compromisso cívico do Mestre Attico que atravessará o país para cumprir sua obrigação. Certamente lhe onerará mais do que os R$ 3,51 de multa. Neste cenário atual, de total confusão
    política torna-se quase impossível executar essa tarefa de forma prazerosa. Antigamente tínhamos dois partidos, a Arena que era governo, e o Mdb que era oposição. O eleitor tinha clareza para se posicionar. Hoje com o pluripartidarismo criou-se uma verdadeira confusão na cabeça do eleitor o que apenas propicia o surgimento de múltiplas legendas e um turbilhão de candidatos que ao final apenas garantem com a divisão dos votos a manutenção dos políticos profissionais no poder. A possiblidade de um regalo junto às tetas da pátria mãe inebria o discernimento e chegar expor o sujeito a ridículos.

    abraços

    Antonio Jorge

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  4. PS:Perdão pelos erros de digitação: .."A possibilidade de.." "e chega expor.."

    Antonio Jorge

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