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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

UMA EDIÇÃO PARA DESPEDIR 2021 ANO 16 ******* EDIÇÃO 2028

 Dezembro já vai à reta final. Este dezembro não é diferente de outros dezembros. Sempre mês que passa voando… no qual nunca tem lugar em nossas agendas. É um mês de  embalar sonhos de reencontros familiares e também de pensar em paradas para descansos.  

Neste dezembro já vivemos tristezas. Na edição passada eu compartilhei em um blogar um desejo de voltar a fazer um estágio-residência na Escola  Nacional de Ensino Médio do Sesc, repetindo meu estar ali em outras oportunidades. Esse sonho se esboroou. Cerca da metade dos professores foram demitidos esta semana. A escola deixará de ter alunos residentes para se transformar em uma escola só com alunos externos. Ao invés de uma escola com alunos de todas as unidades da federação só terá alunos do Rio de Janeiro. Não é fácil ver uma das pérolas educacionais ser dilapidada, na submissão ao deus Mercado. 

Neste  dezembro já houve saborosas partições do conhecimento: ‘voltei’ à Estação Jacuí, à escola onde há 74 anos fui alfabetizado para falar aos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental acerca da alfabetização científica. Estive em Porto Seguro para falar sobre o mesmo assunto na Universidade Federal do Sul da Bahia. No Instituto Federal do Rio de Janeiro, no Campus de Duque de Caxias, respondi mais uma vez a questão: a ciência é masculina? No Instituto Federal Goiano, em Urutaí, falei acerca de diferentes óculos para contemplar o mundo. Ontem,  à tarde, estive mais uma vez na Universidade Estadual do Amapá onde mostrei o quanto a alfabetização digital é requisito para uma assemblage de múltiplas alfabetizações.

A super quinta-feira, 16/12 teve ainda dois momentos significativos, um pela manhã e outro à noite. Primeiro refiro este: Miguel Nicolelis apresentou aula-show "O Verdadeiro Criador de Tudo - Como o cérebro humano esculpiu o universo como nós o conhecemos". O prestigiado cientista brasileiro diz que o nosso cérebro é como um camaleão e conforme nossa relação com os sistemas digitais, ele pode mudar sua configuração em sua forma de perceber e sentir o mundo, de se comunicar. Edu Moreira sabendo do quilate de seu convidado soube vender o Instituto Conhecimento Liberta.

Na amanhã de quinta-feira ocorreu o evento heliocêntrico (para mim): o exame de qualificação da Doutoranda Uiara Mendes Ferraz de Pinho, Professora Instituto Federal no Campus de Xapuri  e minha orientanda na Reamec. A tese doutoral "A escrita de si: narrativas sobre trajetórias formativas, singularidades e experiências de docentes orientadores que formam doutores para área de Educação em Ciências e Matemática" foi examinada e aprovada por arguta banca formada por Daniel Aldo Soares (IFG),  Silvia Nogueira Chaves (UFPA), Evandro Ghedin (UFAM) e Terezinha Valim Gonçalves ( UFPA).


Neste mês de dezembro houve duas saídas diferentes daquelas 5 saídas semanais para a academia. Fiz uma visita (o momento é tão afetuoso que não refiro como consulta) ao meu cardiologista ele disse, em brincadeira, que poderia marcar a próxima consulta para daqui a 20 anos. Outra saída foi ir ao banco fazer prova de vida.  Aproveitei para cortar o cabelo. Ainda uma dádiva desse dezembro: tenho realizado algumas vindimas. As  uvas embaladas em caixa para 3 ou 4 cachos se faz mimos para obsequiar amigos.  

 Amanhã, viverei um momento muito especial: receberei minhas filhas e meus filhos, meus 4 netos, 4 netas, noras e genros.  Há os que não encontro há quase dois anos, tempo que para alguns corresponde a um quarto de suas vidas. Há sobejas razões para viver com encantamentos a expectativa deste momento.

Esta postagem marca o início de um recesso que deve se estender até 17 de janeiro. O blogue não circulará então. Honrarei o compromisso da participação em uma banca no dia 20/01/2022 no IFES.

Desejo agradecer às leitoras e aos leitores a parceria nas 49 edições de 2021. Sonho que 2022 tenhamos edições nas quais não precisemos gastar pólvora em chimango. Este ano tal foi recorrente. Adito aqui e agora votos de muitas alegrias nos dias festivos que advêm. Nos leremos, já com saudades, em dias que são próximos. Até, então!


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

UM SONHO QUE SE ESBOROA ***** ANO16 **** EDIÇÃO 2027

Quando se lamenta os descalabros do governo da República, de maneira especial nas áreas da Educação, da Saúde e do Meio Ambiente, nos referimos ao que se faz e também ao que não se faz nestas áreas nestes  tempos pandêmicos.  Há que lembrar que existe uma grande destruição de ganhos históricos, principalmente na área da Educação. É doloroso reconhecer que conquistas significativas são simplesmente destruídas. Trago um exemplo: na última edição do mês de novembro deste  blogue comentava um sonho que transcrevo “Ontem recebi, enviado pelos meus colegas Gustavo e Frederico, da Escola de Ensino Médio Sesc Rio de Janeiro, o livro Aula núcleo de Ciências da natureza: espaço de inovação, diálogos e práticas interdisciplinares. Se diz, em uma dedicatória: sua produção é uma inspiração. Acompanhava o livro uma camiseta do caminho das Ciências, no qual figuro. Estes mimos só ajudam a querer bisar a residência que fiz em tempos pré-pandêmicos. Agora pensaria em um mês e não uma semana, como antes.”


Parece que sonhar está proibido. Meu desejo em re
petir um estágio-residência na Escola de Ensino Médio SESC se esboroou (pelo menos por ora).  Antes de relatar o catalisador de sumidouros de sonhos vou reavivar relatos mais de uma vez presentes neste blogue acerca da mais preciosa pérola educacional que eu conheço.

Em novembro de 2017 recebi um convite para participar de um seminário com o instigante título: Expansão de Fronteiras para a Educação Científica. Aceitei. Em uma segunda-feira de agosto de 2018 tive o privilégio pela manhã e pela tarde, conhecer um pouco a  Escola Nacional de  Médio. Voltei em 2019 e então por uma semana vivi uma experiência educacional me fez desejar submergir ainda mais na  Escola Sesc de Ensino Médio. Ela  se caracteriza por oferecer uma educação efetivamente integral para uma comunidade de alunos e alunas que representa a vasta diversidade cultural brasileira. Os estudantes vêm de todos os estados do Brasil (selecionados dentro da cota de vagas para cada uma das 27 unidades da federação, para formar, juntamente com a equipe de educadores, uma comunidade de aprendizagem. Instalada em um campus de 131 mil metros quadrados em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A instituição conta com uma privilegiada estrutura de ensino, com Espaço Cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte, complexo esportivo, restaurante, além das vilas residenciais para quase 500 alunos e alunas dos três anos do Ensino Médio. Dos cerca de 80 professores, a metade mora em vilas especiais para professores no campus. As salas de aula foram projetadas para atender até 15 estudantes. Estudar na Escola Sesc de Ensino Médio confere a todos os alunos e alunas direito ao material pedagógico (incluindo um notebook), uniformes, moradia, alimentação, assistência médica e odontológica. 

A oportunidade de viver a experiência da residência é uma das faces mais ricas do projeto da Escola Sesc de Ensino Médio. Viver como residente traz a possibilidade do profundo desenvolvimento da autonomia, estimula trocas entre jovens oriundos de todas as regiões do país, aproxima professores e alunos, e permite a construção de valores de cidadania. O principal objetivo da Escola é a efetiva transformação da vida dos jovens, que se desenvolvem sob todos os pontos de vista e concluem o Ensino Médio prontos para seus projetos de vida. 

Menos do que narrar palestra e os aplausos a mesma ou os sedutores convites para integrar o corpo docente da Escola, queria responder a uma pergunta natural: quando universidades, institutos federais e escolas públicas rede das diferentes esferas então à míngua de onde vem essa abundância de recursos para esta Escola? A resposta é fácil! Milhões de empregados no comércio (e em serviços assemelhados) descontam uma vez ao ano 1% da contribuição previdenciária que se destina a organizações do sistema S (Sesi, Sesc,Senar...). A Escola de Ensino Médio do Rio de Janeiro é um dos exemplos dos muitos que se poderia fazer aumentando o número de escolas do Sesc para todos os Estados da Federação. O exemplo de uma Educação gratuita e de qualidade destinada a estudantes do ensino médio oriundos de famílias cuja renda não é maior que três salários mínimos deve frutificar.

 Mas porque tudo isso corre o risco de esboroar-se? Transcrevo apenas dois parágrafos de boletim do SINPRO RJ*: Por conta de uma "mudança no plano de negócios" proposta pela Direção Nacional do SESC, a Escola Sesc de Ensino Médio está executando um processo demissional de seus professores e professoras, o que fez com que o Sinpro-Rio convocasse a categoria docente para assembleia.

Já foi apresentada à direção da instituição a pauta de reivindicações da categoria, que não foi atendida nem debatida, de forma objetiva, em mesa de negociação do sindicato com a  instituição. Os/as professores/as já estão com suas atividades pedagógicas suspensas, por deliberação da assembleia, e decidiram que continuarão assim até obterem uma resposta clara do SESC sobre o processo demissionário e sobre a existência futura da instituição". Mudanças nos “negócios” da mercadoria Educação para fazê-la mais palatável aos mercadores é a meta. Parece não se saber o que se quer destruir. Vender é preciso.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

PREITO A MARCELO AQUINO **** ANO 16 ** EDIÇÃO 2026

A vida é formada por alegrias e por tristezas. Parece ser natural que umas e outras se equilibrem / alternem dando ao viver múltiplas situações. Vez ou outra,  as alegrias são tantas que nos encharcamos nelas e não conseguimos fruí-las como seria mais aprazível. No outro lado da mesma moeda, não raro, agrandamos tanto as tristezas que quase anunciamos estarmos a naufragar.

À madrugada de terça-feira, recebi duas notícias: uma muito triste e outra muito boa. Durante a sessão da academia não conseguia responder às repetidas perguntas da Márcia, a Personal Trainer: aonde o senhor está viajando, agora? Eu procurava, com a alegria que me dava a carta do Padre Marcelo, expulsar a imensa tristeza que a morte de Sofia, 12 anos, colhida por um caminhão ao voltar para casa de bicicleta desde o centro de Igrejinha. Minutos antes, Sofia dera tchau para a minha neta Maria Clara, com quem passara a tarde. Pensava como os netos Carolina e Pedro vivem esta perda dolorosa e inédita em suas infâncias.

Já muito aprendemos a chorar nestes tempos pandêmicos. Chorei, choro com meus netos pela dor dos pais que na terça-feira sepultaram Sofia no cemitério próximo à Escola, onde ela assistira aula no dia anterior. Esqueçamos momentaneamente as tristezas. Estas, como as alegrias são, de maneira geral, incomensuráveis. 


Sem comparar alegrias com tristezas, foi oportuno memorar ofício assinado pelo  Padre Marcelo  Aquino, Reitor da Unisinos: São Leopoldo, 29 de novembro de 2021. Ilmo. Sr. Alan Coelho Chefe do Cerimonial Palácio do Itamaraty, Prezado Senhor: Fiquei agradavelmente surpreendido pela admissão de meu nome no quadro suplementar dos cidadãos a serem agraciados com a honrosas insígnia do grau de Cavaleiro da Ordem de Rio Branco, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União no dia 26 de novembro. Reconheço a legitimidade e importância desta prestigiosa honraria da República E ser lembrado pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Conselho da Ordem de Rio Branco -- prestigiosas instituições brasileiras --, me deixou muito honrado. Apesar disso, declino de receber esta condecoração, em virtude da atual incapacidade do Governo Federal de dar rumo correto para as políticas públicas para as áreas de Educação, Saúde, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Respeitosamente Prof. Dr. Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, Reitor. Nada a aditar. Feitos como este do Padre Marcelo são verdadeiros bálsamos que parecem higienizar nossas mentes dos fétidos fazeres do governo da República.

Enviei na terça-feira esta mensagem: Muito querido Padre Marcelo! Suma cum laude. A notícia presente em dezenas de meios de comunicação me fez muito feliz! Que ato revestido de dignidade este teu! Que bom poder dizer: ele é meu amigo. Com espraiada admiração. Embalei reminiscências. Cevei saudades. Evoquei alunos e colegas. Recordei momentos singulares do meu ser professor.

Minha história com a Unisinos é longa e distante; em 1965 e 1966 fui professor de Química Geral do Departamento de História Natural da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, unidade seminal que gerou em 31/07/1969 – dia de Santo Inácio de Loyola – a Unisinos. As aulas então eram no que hoje se denomina de Antiga Sede, no centro de São Leopoldo, próximo ao rio, em um prédio com aspecto de  um claustro interno. Não lembro muito destes meus dois primeiros anos, fazendo a estreia como professor universitário, sendo que em 1965 ainda estava no último ano da licenciatura em Química. Recordo que quando vi meu nome entre os professores do Curso de História Natural, fiquei muito orgulhoso.

Volto à Unisinos como professor, 30 anos depois, em agosto de 1995 por concurso público para o Programa de Pós-Graduação Educação. Permaneço por 25 semestres. Há uma coincidência: no primeiro e no último semestre de Unisinos: no primeiro (1995/2): sou professor simultaneamente da Universidade Luterana do Brasil – Ulbra e no último de Unisinos (2008/2) também sou professor do Centro Universitário Metodista – IPA 

Enquanto professor do Centro de Ciências Humanas, lecionei  Introdução à Filosofia da Ciência no Centro de Ciência Econômicas e Metodologia de Ensino de Ciências no curso de Pedagogia. Desenvolvi atividades de ensino e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Educação e no Programa de Pós-Graduação em Geologia. Fui por 4 anos (1998-2001) Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação; esta foi talvez a mais exigente e difícil atividade acadêmica de minha história profissional. Sempre digo que não foi fácil coordenar um conjunto de eminentes professores doutores (eram muitas estrelas para pouco céu!). Tive a gratificação de ver que a avaliação da CAPES, imediatamente após a minha gestão (onde foi implantado o doutorado) levou o curso a um dos três do Brasil (o único em de instituição privada) a ter a nata mais alta em um Programa de Pós-Graduação de Educação. Também fui representante dos Professores do Centro de Ciências Humanas no Conselho Universitário e Membro da Câmara de Graduação. Fui membro do conselho Editorial da Editora UNISINOS e seu Presidente. Esta atividade na Editora me encantava. Fui co-editor da Revista Estudos Leopoldense e posteriormente editor da Revista Educação Unisinos. Eu, então um jovem doutor (=fizera o doutorado já aposentado) na Unisinos orientei quatro doutores e dezoito mestres.

A saída da Unisinos foi bastante sofrida para mim. Em 2004 completei 65 anos e era previsto minha retirada da Unisinos. Então, o Pe. Marcelo de uma maneira muito pessoal, disse-me que eu ganhara mais três anos de sobrevida. Passaram-se os três anos e vi mais colegas sendo jubilados, sem ganharem os anos plus. Mas passados os anos de sobrevida chegou a minha vez de partir. Afortunadamente já, no semestre anterior  havia iniciado no Centro Universitário Metodista - IPA.

Para encerrar esta primeira edição de dezembro de 2021 duas narrativas evocando o estar com o Padre Marcelo: quando fiz cirurgia em 1999, ele foi muito  próximo antes e depois da cirurgia, visitando-me no hospital e em casa. Não earo, nós almoçávamos juntos. Então convidava: vamos tomar ‘nossa cachacinha’. Era um convite para irmos à biblioteca, cujos livros são acessíveis aos leitores. De meu anedotário pessoal trago extrato de um diálogo:

- Padre Marcelo, é verdade o que se conta: sempre que se pergunta algo a um jesuíta ele responde com outra pergunta?

- Professor Chassot, quem te contou isso?

Esta edição já estará circulando quando está noite falo em Porto Seguro, na Universidade Federal do Sul da Bahia tentando maravilhar-nos com uma assemblage de alfabetizações. Esta chamada do tema desta noite evoca o encerramento dos dois semestres 2021 com mestrandos e doutorandos do IFES. Em https://padlet.com/manuellaamado/z578gwf0jchxs8bn está um excerto do happy end do entardecer desta quinta-feira, no Espírito Santo.

 


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

BlackFriday: DIA DE LAUDAÇÃO MAIOR AO DEUS MERCADO

ANO 16     ******  EDIÇÃO 2025 

A blogada de encerrar novembro é prenhe de emoções. Por tal, anuncio uma edição tecida no alinhavar sumarentas emoções. Não deixa de ser significativo um desses patrolamento que o deus Mercado faz de algo que se comemorava no Brasil, numa imitação dos estadunidenses; afinal, deles nós não aprendemos apenas o Halloween. Se perguntarmos: Qual a origem desta tão badalada Black Friday? não serão muitos os que associam ao Dia Nacional de Ação de Graças comemorado na última quinta-feira de novembro (ou se quisermos ser mais precisos: na quinta-feira faz transição do ano litúrgico, com o começo do período do Advento, com a preparação do Natal. Nos Estados Unidos esta festa é conhecida como Thanks Given Day, quando entre outras coisas se come peru e se troca presentes. Como comércio pode ter sobras das ofertas para compra de presentes e muitos trocam os presentes. A sexta-feira que sucede essas comemorações é um dia de grande movimento no comércio; é isso que nós assistimos, quando nem sequer se faz referência (eu pelo menos não vi ninguém celebrar, este ano, o Dia Nacional de Ação de Graças, que entre nós já teve até patrocínio de um banco) apenas ouvimos referir à comercial Black Friday.

Esta foi uma semana de cinco lives e uma banca. Quase ao pôr do sol desta sexta-feira fiz uma fala inserta nas comemorações dos 50 anos de criação do Curso de Química na Universidade Federal de Viçosa. O Professor Vinícius Catão sugeriu e mediou as discussões da fala: Uma brecha entre nosso passado e o nosso futuro. Na segunda-feira, em atividade organizada pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro campus Duque de Caxias discuti: A alfabetização científica -- que tem como pré-requisito a alfabetização digital -- é um direito universal. Na terça-feira, à tarde, trouxe esta mesma discussão em uma atividade do Instituto Federal do Mato Grosso, no Câmpus de Cuiabá. Ainda na noite de terça-feira, no IF Goiano, no câmpus de Urutaí, fiz uma das palestras mais requisitadas do meu portfólio: A ciência é masculina? É, Sim senhora! Lamentavelmente por problemas com a plataforma escolhida a atividade foi muito prejudicada. Manifestei então e ratifico aqui: Estou disponível, ainda neste mês de dezembro a repetir a palestra, até para aplacar minha frustração. Na quarta feira,  numa promoção do Programa de pós-graduação em Ensino de Ciências, no câmpus de São Luís da Universidade Federal do Maranhão defendi, uma vez mais, o direito universal à alfabetização científica. 

Parece importante afirmar (mesmo que dispensável para aqueles que me acompanham há mais tempo) que em todas as minhas falas uso como prefácio e também como posfácio, como antídoto às políticas bolsonaristas que degradam o meio ambiente a encíclica laudato si’ do Papa Francisco.


Mas, maior emoção do que nessas cinco lives há um registro maior, em outra dimensão que merece narrar: Ontem, quinta feira, 10 minutos depois de terminar uma banca que envolveu toda manhã, (inclusive cancelei a minha ida à academia) sai sob um sol intenso e VINTE minutos depois de sair de casa já estava  vacinado no Centro de Saúde Santa Cecília (cerca de 01 quilômetro da minha casa) depois de atravessar as múltiplas sinaleiras do complexo viário que há sobre a avenida  Protásio Alves! Às 11h45min já estava mais uma vez em casa, O sol do meio-dia, sem os ventos de finados, fez uma temperatura de 32 graus agradável para fazer a minha pequena maratona. É muito bom ter feito a dose de reforço. Está aumentada a esperança de vencer o vírus.

Após tão significativo registro cabe narrar alguns eventos, nada triviais, que emolduraram os fazeres dessa semana, antes descritos. À noite de domingo, recebi a querida visita do Professor Guy Barcellos. Primeiro fomos à Avenida Mauá para ver os imponente murais, inaugurados na semana anterior. Foi uma linda visita, que merece ser repetida, mas a pé para melhor curtir os múltiplos painéis. Depois, aproveitando temperatura amena, saboreamos jantar supimpa com bom vinho sob parreira na qual já abundam muitos cachos. Na noite de terça-feira recebi a Márcia, minha personal trainer, há mais de uma dezena de anos, acompanhada do Emerson, seu marido. A comida foi apetitosa mas não podemos fruir dos bucólicos cenários dos jardins pois os ventos de finados não deram tréguas. 

Ainda cabe o registro de dois mimares: 1) os Professores Edson e Alana, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, IFRS, Câmpus de Bento Gonçalves, retribuíram, de uma maneira muito significativa e carinhosa, uma fala eu fiz na semana passada para o curso de pedagogia defendendo o direito de uma alfabetização científica para todos.  Remeteram uma cesta (aprendi que uma caixa, mesmo que não nada parecidas às cestas que nossos ancestrais usavam, por exemplo, para colheita da uva podem ser chamadas de cestas) contendo muitos quitutes de  mais diferentes espécies geleias, cremes, biscoitos e é claro uma garrafa de vinho de Bento Gonçalves a embalagem era muito bonita e acompanhada de um querido cartão agradecendo ter estado no IFSul, câmpus Bento Gonçalves. Sou imensamente agradecido por tão amável momo. 2) Ontem recebi, enviado pelos meus colegas Gustavo e Frederico, da Escola Sesc Rio de Janeiro, o livro Aula núcleo de Ciências da natureza: espaço de inovação, diálogos e práticas interdisciplinares. Se diz, em uma dedicatória: sua produção é uma inspiração. Acompanhava o livro uma camiseta do caminho das Ciências, no qual figuro. Estes mimos só ajudam a querer bisar a residência que fiz em tempos pré pandêmicos. Só que agora pensaria um mês e não uma semana como antes.


Agradeço, uma vez mais, ao meu colega e ex-aluno Jairo Brasil que soube driblar obstáculos oferecidos pelo blogspot. Ele editou e postou esta edição.


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Ao Mestre com Carinho

19 NOVEMBRO 2021

ANO 16     *************   EDIÇÃO 2024 

A blogada do dia da bandeira nacional -- da qual eles se adonaram -- não vai comemorar festejamentos próprios de tolos que alardeiam o fim da pandemia. Há pelo menos ser solidários com os europeus. Também não vou celebrar a completação do 20o mês de confinamento na Morada dos Afagos, situada em um país governado por um troglodita genocida. 

Hoje dou voz a dois colegas que queridamente me emocionaram. Ontem à noite recebi a chamada para mais uma edição da Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Química SBEnQ  http://sbenq.org.br/revista/index.php/rsbenq/issue/view/3 na sessão PALAVRA ABERTA está esta chamada:


Quando ainda recordo emocionado o 13 de março 2021, com aquela memorável celebração organizada por colegas da Unipampa, câmpus Uruguaiana, que culminou com lançamento virtual de um Festschrift, que mais recentemente se materializou em uma produção da Editora da Unijuí, já bibliografia de seminários. Depois, em 26 de outubro do mesmo 2021 houve uma carinhosa homenagem no 40o EDEQ organizado pelo curso de Química da UPF. 

Agora mais uma vez uma pergunta aflora: se no meu vestibular de 1961 eu tivesse  conseguido traçar uma elipse com tinta nankin e fosse aprovado no curso de Engenharia?  Se eu tivesse passado no vestibular de Engenharia, faço agora uma previsível hipótese: eu seria alguém triste, pois não teria experimentado os sabores de ser professor

Agradeço, uma vez mais, ao meu colega e ex-aluno Jairo Brasil que soube driblar obstáculos oferecidos pelo blogspot, e editou e postou esta edição