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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

07.- FUNÉREAS RECORDAÇÕES


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3069

Este sete de agosto está entre duas datas permeadas de evocações muito tristes. Ontem, dia 6 evocamos os 70 anos da destruição de Hiroshima pelo lançamento da primeira bomba atômica sobre uma cidade em 1945, e no domingo, dia 9, lembraremos Nagasaki, que três dias depois, foi quase totalmente destruída, após sofrer um ataque com uma segunda bomba atômica, lançada, também, pelos Estados Unidos.
6 de agosto de 1945, um Boeing B-29 denominado Enola Gay lançou uma bomba atômica (ironicamente chamada de “little boy” ou ‘menininho’) sobre a cidade de Hiroshima, em missão bélica arquitetada pelo governo dos Estados Unidos. Sob o comando de Paul Tibbetts, o ataque tinha o objetivo de forçar o Japão a se render e, com isso, por fim à Segunda Guerra Mundial. O nome Enola Gay foi uma homenagem à mãe do piloto, Enola Gay Tibbets.
Mas a rendição japonesa não veio.
9 de agosto de 1945, uma bomba ainda mais poderosa, chamada Fat Boy (“menino gordo”,  em tradução livre), foi lançada sobre a cidade, Nagasaki. Dessa vez, cerca de 70 mil pessoas morreram.
Em menos de uma semana, no dia 15 de agosto de 1945, o Japão se rendeu ao terror, pondo fim ao conflito mundial.
Foi realmente necessário arremessar  bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki no ano de 1945, matando aproximadamente 220 mil pessoas?
E, hoje, convivemos com uma bárbara realidade: se continua  construindo bombas, mesmo saibamos que as já existentes são suficientes para destruir pelo menos três vezes o Planeta em que vivemos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

05.- Laudato Si’


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3068

Ocorre amanhã, quinta, dia 6, no Centro Universitário Metodista IPA painel que busca trazer reflexões acerca da LAUDATO SI’: Sobre o Cuidado da Casa Comum. A atividade, promoção do NEEHV–Núcleo de Estudos de Educação, Espiritualidade e Histórias de Vida terá este desenho:
Tema: "Oikouméne: a nossa casa comum":(Sala A-116, às 17h)
1. Um terremoto em uma casa dita comum - Prof. Attico Chassot
2. Cuidando a criação - Prof. Carlos Augusto Normann
3. A Terra na concepção neotestamentária - Prof. Edgar Zanini Timm (a confirmar)
4. A Terra e a terra: concepções veterotestamentárias - Prof. Norberto da Cunha Garin
No segmento que me cabe, comentarei de maneira panorâmica a Laudato Si’, apresentando alguns destaques trazidos na edição deste blogue do dia 09 de julho, que não repito aqui.
Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?” (LS§160). Esta continuada pergunta, que há muito viemo-nos fazendo, é o âmago da Laudato si’, acerca do cuidado da casa comum.
Na nominação de meu segmento, apropriei-me de metáfora de John L. Allen Jr., um vaticanólogo estadunidense, residente em Roma: Mudar no catolicismo pode ser uma coisa curiosa. Esta encíclica muito esperada do Papa Francisco sobre o meio ambiente, Laudato Si’, parece a mais recente ilustração disso.
Aos não familiarizados com o assunto, grandes transições na Igreja Católica muitas vezes parecem irromper do nada, na sequência de um longo período em que a Igreja parece ter estado paralisada no tempo. Tal foi o caso, por exemplo, com o Concílio Vaticano II, em meados da década de 1960, que lançou o catolicismo em um curso de modernização e reforma.
A encíclica Laudato Si’ parece destinada a entrar para a história como um importante ponto de inflexão, o momento em que o ambientalismo ficou em pé de igualdade com respeito à dignidade da vida humana e à justiça econômica, ao lado do ensinamento social católico. Sem dúvida, esta publicação também transforma imediatamente a Igreja Católica no principal representante moral na pressão dirigida se combater o aquecimento global e as consequências advindas das alterações climáticas.
Há dias passados, em uma aula na Universidade do Adulto Maior, comentava a Laudato Si’ e não faltou quem dissesse: “Esta é uma encíclica para os esquerdistas!” Respondi: absolutamente correta a afirmação. Por exemplo, o Instituto Ludwig von Mises do Brasil www.mises.org.br uma associação voltada à defesa da economia de mercado, da propriedade privada, e em opor-se às intervenções estatais nos mercados e na sociedade, tem um texto dizendo: encíclica “Laudato Si´”: bem intencionada, mas economicamente insensata. Por que? Resposta óbvia.
Também os fundamentalistas religiosos se sentiram muito desgostosos. A página www.criacionismo.com.br diz, entre muitas outras críticas, que um “erro típico do romanismo, presente na encíclica Laudato Si: o erro de confundir deliberadamente o sábado com o domingo”.
Há quem afirme: “Francisco escolheu com cuidado o momento da publicação e de seu ativismo ambiental. Em setembro, a Assembleia Geral da ONU se reunirá para aprovar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele pessoalmente discursará em Nova York. Depois, em novembro, haverá a Conferência do Clima em Paris, onde se espera que governos assinem um acordo global contra as mudanças climáticas. Segundo a WWF-Brasil, o papa poderá desempenhar um papel importante nessas reuniões internacionais, aumentando a pressão para que governos enfim assumam compromissos nas negociações climáticas.”
Talvez, estejamos vivendo um momento de alavancar o ECOmenismo: um movimento de união de esforços que extrapola os limites das religiões e tem o potencial de coligar religiosos, místicos, cientistas, ativistas, ateus e outros grupos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

03.- e...o Rio, continua lindo!


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3067

Uma segunda feira para inaugurar mais semestre letivo. No meu 55º ano letivo, inicio, uma vez mais, um novo período. Ainda assim, sabe a raras emoções.
Dentre os muitos bônus de ser professor, um é a cada semestre termos novas turmas e, algumas vezes, novas disciplinas. Nesta segunda pela manhã inauguro com uma nova turma de Teorias do Desenvolvimento Humano com alunas e alunos que iniciam hoje o curso de licenciatura em Música. À tarde estreio com novo grupo da Universidade do Adulto Maior. Na noite de amanhã tenho a disciplina de Ética, Sociedade e Meio Ambiente para um grupo de 5º semestre de Pedagogia e Música. Na próxima semana na sexta e no sábado iniciarei seminários com dois grupos do Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão.
Ainda, na noite de hoje tenho uma significativa oportunidade para ampliar saberes: ocorre a quarta sessão de 2015 do Fronteiras do Pensamento. Depois de ouvir nos três meses anteriores Richard Dawkins, Jimmy Wales e John Gray, nesta noite na Reitoria da UFRGS o palestrante é o escritor português Valter Hugo Mãe.
Mas abertura de um novo semestre letivo teve um gostoso prelúdio. De quinta-feira a ontem, por quase 80 horas de houve férias fazendo turismo na Terra Brasilis. Não foi apenas algo diferente. Foi saboroso.
Depois de uma série de viagens de férias no exterior e várias viagens nacionais a trabalho, quase quatro dias no Rio de Janeiro parecia algo quase exótico. Houve momentos muito típicos de turistas. Por exemplo, tomar um metrô desconhecido em horário de pico, num fim de tarde de sexta-feira; então, aconselhado pelo Google descer na estação errada para, em seguida, orientados por um policial militar, caminhar dois catetos, ao invés de percorrer a hipotenusa para chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil. Mais, depois de exaustiva caminhada, chegando ao CCBB soubemos que o espetáculo pretendido estava esgotado. Nestas quase trapalhadas foi singular evocar quando pedíamos informações em países envolvidos em línguas como as faladas na China, Rússia ou ainda este ano na Polônia.
Claro que, como qualquer turista tupiniquim não resistimos a máxima do capitalismo "Consumo, logo existo". Eu comprei um par de sapatos mais leve, pois seria mais confortável a longas caminhadas. O argumento: era preciso proteger um joelho que me incomodava.
Ratifiquei neste fugaz turismo que realmente não sou dado há momentos pantagruélicos. A um rodízio quase infartante de mais de uma dezena de variedades de frutos do mar, talvez preferiria uma meia dúzia de ostras e uma pequena porção de lagostim. Não é sem razão que sou avesso a rodizio de churrasco e ao dito café colonial da serra gaúcha. Também constatei que aos cariocas falta o discernimento dos três sapateiros de Cacimbinha. Quando o Zeca colocou uma placa em sua sapataria: "O melhor sapateiro do Brasil", seu Chico não teve dúvidas, afixou solenemente "O melhor sapateiro do Planeta". Seu Chico não podia ficar para trás. Lascou solene: "O melhor sapateiro de Cacimbinha. Em meio a outras carioquices, não dirimi uma dúvida, pois parece haver mais de uma dezena de restaurantes que anuncia a "a melhor feijoada do Rio".
Ao fim e ao cabo, só mais um registro: o Rio continua lindo. Foi ótima esta ‘fugidinha’. Quando na noite de sexta-feira, de dentro de uma piscina no 39º andar de um hotel de Copacabana contemplava uma lua cheia de azul esplendoroso e a imagem do Cristo Redentor, imaginei... se existe paraíso, talvez essa seja uma amostrinha.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

30.- 2006 | NOVE ANOS | 2015

ANO
 10
NOVE ANOS
EDIÇÃO
 3066

Esta é uma edição comemorativa. Há dias passados referi a este 2015 como annus arduus, então fui lembrado que na História, por algumas situações, há annus terribilis, ou para usar uma expressão mais popular períodos de inferno astral. Diz-se que, a um ano terrível sucede um annus mirabilis, ou um ano maravilhoso ou um tempo em que gira a roda da fortuna. Porém ainda, há cinco meses para passar este 2015 de vacas magras.
Hoje recordo (não comemoro) os nove anos deste blogue. Comemoração, por ora me parece insípida ou sem graça. Mais recentemente, eu sinto que o blogue (não seu editor) não vai bem. Houve algumas estratégias não bem sucedidas para curá-lo. Em maio de 2013, se fez perdas. Depois de 6,8 anos de blogares diários, optei, então, por edições semanais. A abstinência teve gosto amargo. Primeiro, cumpri a decisão. Depois a frequência foi aumentando. Meio ano depois a periodicidade voltou a ser diária. Em 27 de dezembro do ano passado, quando cheguei à edição 3.000: novas modificações. Então, eu defini que sairia de circulação. Decisão difícil? Sim. Maturada? Muito.
Tinha razões: A rapidação no sistema de absorver e de disseminar o conhecimento determinada pela Internet é galopante. Em 2006, quando comecei a blogar era estar na vanguarda. Hoje, apenas nove anos depois parece algo anacrônico. Poderia trazer meia dúzia de exemplos. Cito um: em 2006, ninguém lia em smartphone. Hoje poucos usam as plataformas de então. A diagramação, a extensão do texto e até o assunto requerem outras estratégias.
O desenfreado consumismo é veraz... e é voraz.
 Ele valoriza a informação. Desprestigia o conhecimento. Não vou aderir liminarmente a Umberto Eco que, há dias, afirmou: “a internet deu voz a uma multidão de imbecis”. Mas, parece que faltam cada vez mais pessoas que olhem de maneira crítica o que leem e também o que escrevem.
O acesso mestrechassot.blogspot.com não desapareceu. De vez em vez, publico algo. Esta é a edição 3066. Desde que deixei de ser diário passaram sete meses, assim há uma frequência aproximada de duas edições por semana. Hoje não entendo como mantinha um blogue diário. Fica, por ora, o propósito de manter este ritmo. Mesmo sabendo que não esta sendo fácil, hoje, sustentar duas edições por semana. Estou em um ritmo maior de outros escritos. As exigências acadêmicas aumentam.
Sigo com o propósito de vez em vez postar algo. Como fiz, por exemplo, em janeiro quando trouxe excertos do diário de um viajor de Berlin, Varsóvia e Cracóvia ou, ainda, durante o primeiro semestre, comentei mais de uma dezena de viagens profissionais. Obrigado a cada uma e cada um dos meus queridos leitores que seguem prestigiando este blogue.
Começamos, hoje, o ano DEZ. Façamos isso, e tudo o mais, na expectativa de tempos muito possivelmente melhores.

terça-feira, 28 de julho de 2015

28.- A PRODUÇÃO DE LIXO AUMENTA.

ANO
 9
EDIÇÃO
 3065

Eis uma notícia desta segunda-feira, 27 de julho: Nos últimos 11 anos, o aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional. De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 6%.

Mesmo com a retração econômica, o ano de 2014 registrou um aumento da produção de lixo por pessoa em comparação ao ano anterior.
Cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos por dia. Ao longo do ano, foram 387,63 kg de lixo per capita, aumento de 2% em relação a 2013.
A quem desejar colocar 6 minutos de reflexão nestes números recomendo https://www.youtube.com/watch?t=13&v=1tYdOIqvpqg
onde poderá assistir um vídeo muito bonito e muito cristão, produzido na esteira da encíclica: Laudato si' ou "Sobre o Cuidado da Casa Comum"