TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

quarta-feira, 8 de abril de 2015

08.- SE O CAMPO NÃO PLANTA, A CIDADE NÃO JANTA



ANO
 9
EDIÇÃO
 3026
Esta edição do blogue abre espaço para noticiar algo que acontece neste mês em significativas universidades brasileiras. Ao longo do mês de abril, dezenas de universidades públicas (e algumas privadas) de todo país realizam a 2°Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. Na sua primeira edição, em abril de 2014, 57 instituições de ensino superior, entre campus, institutos e universidades brasileiras desenvolveram atividades em torno da jornada. Abril também é o mês em que acontecem com maior intensidade as lutas pela terra e pela Reforma Agrária, com a jornada de lutas do MST, ao rememorar o Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 Sem Terra foram brutalmente assassinados no Pará, no dia 17 de abril de 1996.
Encontros, debates, palestras, exibições de teatro, filmes e feiras com produtos da Reforma Agrária serão apenas algumas das programações previstas para este mês. O objetivo da jornada é levar o debate da Reforma Agrária e a luta do campo para o cotidiano das universidades e, assim, abrir um canal de diálogo e formação com os estudantes. Nas últimas décadas o debate sobre a questão agrária tem sido deixado de lado nas escolas e universidades do país. Fonte para redação do texto e da foto [abertura da 2°Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária, nesta segunda-feira (6), no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB)] Página do MST.
Por isso, foi desenvolvida a jornada universitária, criada a partir de uma articulação com professores que apoiam a questão e querem, por diversas maneiras, debater a temática no meio acadêmico. Para o MST é importante afirmar: “Realizamos ocupações do latifúndio do saber, rompendo com as cercas da ignorância, construindo conhecimentos que possam acumular para a conquista da sociedade que buscamos construir”. Portanto, que atrelar as lutas do campo com a inserção nas universidades é fundamental para que a realidade dos problemas sociais brasileiros possam ser conhecidos pelos estudantes.
Esta questão não diz respeito somente ao campo, mas, também à população urbana. “Se o campo não planta e cidade não janta. Estas palavras de ordem nos mostram a dicotomia que interessa somente ao capital. Por isto, é preciso lutar para unificar a luta da cidade e do campo”.
MST e a universidade Atualmente, o MST tem mais de 3 mil militantes presentes nas universidades. Mais de 5 mil já se formaram em cursos universitários e de especialização, e cerca de mil professores realizam um trabalho próximo ao Movimento. Essa inserção acontece via cursos de graduações e pós, que são desenvolvidos em parcerias com várias instituições públicas. As turmas possibilitam a apresentação de questões específicas do campo brasileiro e das lutas sociais ao longo de todo o curso.
A Jornada Universitária “é a forma de reafirmar a luta camponesa no Brasil com as suas conquistas históricas, e reconhecer os movimentos como sujeitos sociais que legitimam suas ações desde as mobilizações desenvolvidas até a produção de alimentos saudáveis para toda a sociedade”.
O fato da universidade ser “altamente elitista onde predominam grupos de interesses mais ligados ao grande capital do que aos trabalhadores. Isto é evidente no crescimento das áreas de agronegócio em detrimento da agroecologia, da agricultura familiar e da educação do campo”.
Entretanto, é preciso “reconhecer e valorizar os grupos contra hegemônicos que diuturnamente levam o embate para avançarmos na produção do conhecimento, na pesquisa, na extensão e no ensino considerando as especificidades do campo brasileiro onde o capital se desenvolve e opera destruindo forças produtivas, destruindo a natureza, o trabalho e o trabalhador”.
      Nos próximos dias, já estão confirmadas atividades nas Universidades Federais da Bahia (UFBA), de Juiz de Fora (UFJF), Pernambuco (UFPE), Sergipe (UFS), Brasília (Unb), do Vale do São Francisco (UNIVASF) - Campus Juazeiro, Rural de Pernambuco (UFRPE), nas Universidades Estaduais de Santa Cruz (Uesc), do Estado da Bahia (UNEB) – Campus Juazeiro, de Pernambuco (UPE) – Campus Petrolina, na Unesp de São José do Rio Preto, no Centro de Cultura João Gilberto (Juazeiro/BA), nos Institutos Federais do Sertão Pernambucano (IFPE - Campus Petrolina e Campus Ouricuri), Pará (IFPA-Campus Rural de Marabá) e na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

segunda-feira, 6 de abril de 2015

06.- QUASE UM CONTO DE FADAS


ANO
 9
EDIÇÃO
 3025

Nesta pascoela (segunda-feira depois da Páscoa e por extensão toda a semana) sempre me dá um pitéu de inveja daqueles (países europeus...) que fazem dia festivo na segunda-feira depois da Pascoa. Lembro que aprendi a sonora palavra pascoela nas aulas de História do Brasil. Está na carta de Pero Vaz de Caminha: “Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão ir ouvir missa e sermão naquele ilhéu”. Devia ser 26 de abril, pois antes há referido “E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha...”
Neste clima, ainda de celebrações, trago uma versão pós-moderna da conhecida historieta na qual ‘a Cinderela conheceu um príncipe, casou e foi morar num palácio’. Eis um emocionante relato trazido com a ajuda do www.ig.com.br/
Mariam Topeshashvili tinha quatro anos quando precisou sair às pressas com os pais de Tbilisi, capital da Geórgia, em meio a uma guerra civil que assolou a antiga república da União Soviética na década de 90 e início dos anos 2000. Mariam e os pais seguiram para a Turquia e, de lá, vieram para o Brasil como refugiados políticos.
Chegaram ao Rio de Janeiro sem saber falar uma palavra em português e foram morar na comunidade Tabajaras#, na Zona Sul. Mariam viu o pai, formado em ciência política e economia, ter o diploma recusado no Brasil e ser obrigado a vender cerveja na praia de Copacabana, tendo de se virar com o português. A mãe, enfermeira, levou dois anos para conseguir um emprego como guia de turismo.
Mariam, por sua vez, estudou, estudou, estudou, e na noite desta terça-feira (31) recebeu a notícia de sua aprovação na renomada Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com bolsa integral. Mariam Topeshashvili, de 18 anos, veio ainda criança da Georgia para o Rio (Foto: Gabriel Barreira/G1))
A jovem de 18 anos quer estudar ciências políticas em Harvard. Mariam é apaixonada por assuntos relacionados à política e economia, faz uma série de trabalhos voluntários e espera no futuro exercer um papel importante na área humanitária.
Por ter chegado ao Brasil com menos de 5 anos de idade, Mariam conseguiu naturalizar-se brasileira. Além de falar um português perfeito, com legítimo sotaque carioca, Mariam domina ainda outros cinco idiomas. Tudo graças aos pais, que lhe ensinaram a importância de aprender e o amor pela leitura.
A estudante lamenta não poder dividir esta conquista com seu pai, Avitandil, que morreu de câncer em 2008. "A gente tinha acabado de conseguir uma situação financeira estável", explica Mariam.
Ela conta que a família foi muito bem recebida na comunidade Tabajaras, em 2001. A família teve o apoio inicial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) para deixar a Geórgia e vir ao Brasil. Os moradores ensinaram os Topeshashvili como funciona a burocracia e a sociedade brasileira e ajudaram o pai a se tornar um vendedor ambulante.
“A gente recebia uma pequena ajuda da ONU, mas meus pais precisavam se virar porque os diplomas deles não foram aceitos aqui. Meu pai fez muito sacrifício para que eu pudesse estudar. Meu pai deixou de fazer o que ele gosta para investir nos meus estudos. Foi ele quem me ensinou tudo o que eu sei de política", orgulha-se Mariam.
Ela estudou no Colégio Pedro II, uma escola pública federal de prestígio no Rio. Participou de olimpíadas de matemática, química e história. No ensino médio, criou o projeto SER Voluntário, com três amigas, para fazer a ponte entre jovens que, como ela, querem fazer trabalhos sociais, mas não sabem como começar, e as instituições que precisam dessa ajuda.
"Faço leitura de livros para deficientes visuais. Aprendi também com meu pai, que adorava ler para mim", conta.
No ano passado, Mariam foi uma das estudantes escolhidas no projeto Jovens Embaixadores, do governo dos Estados Unidos. Viajou para a América do Norte, visitou universidades e foi até a Finlândia.
A jovem ganhou o auxílio da Fundação Estudar e da EducationUSA para fazer o "application", o formulário de inscrição para concorrer a vagas nas universidades estadunidenses. Passou em Yale (nos campus dos EUA e de Cingapura), Duke e mais duas universidades até receber a resposta positiva de Harvard.
Mariam quer fazer da sua experiência de vida uma ferramenta para ajudar outras pessoas que vierem a passar pelo que ela e seus pais passaram. "Meu objetivo agora é, depois de me formar, criar uma ONG para ajudar refugiados que chegam a um país", diz.
#A favela da Ladeira dos Tabajaras é uma comunidade da zona sul do Rio de Janeiro, com data de ocupação em 1926, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Fica em Copacabana e têm cerca de 1200 moradores e quase 400 domicílios. Sofreu com o tráfico de drogas e a atuação da facção criminosa Comando Vermelho (CV) por quase 30 anos

sexta-feira, 3 de abril de 2015

03.- REFLEXÕES ILUMINADAS POR UM PLENILÚNIO


ANO
 9
EDIÇÃO
 3024

Num imprevisto despertar à madrugada, pareceu-me — em instante súbito — que esquecera a luz acessa. Ledo engano. O quarto se fazia iluminado pelo plenilúnio. Dava-me conta que era quase sexta-feira-santa. Celebração que por ser marcada por calendário lunar — diferente de outras — sempre ocorre em lua cheia.
A data é prenhe de evocações. Algumas logo se fizeram presentes em maiêuticas saudosas que povoaram a busca por mais uma hora de sono que merecia. Não iria colher marcela. Não guardaria jejum. Não faria abstinência de carne. Nem sei se comeria peixe. Lembrei-me de minha mãe que não varreria a casa e de meu pai, que mesmo marceneiro, não usava martelo neste dia. Ele não permitiria nem que assobiássemos. Minha avó não ordenharia as vacas.
Como tudo isso é distante. Como a religiosidade se mitifica. Como mitos se esboroam. Adormeço pensando no que dizer para meus netos acerca da Páscoa.
Hora depois acordo. Alegro-me com um ritual matinal que ainda ocorre: há jornal à porta. Dou-me conta que este requinte cotidiano não deve subsistir por muito tempo. Há pelo menos duas conspirações contra esta mordomia.
A primeira: um tablete ou mesmo um smartphone me oferece não apenas o jornal local (que parece significativo porque me anuncia óbitos e missas de sétimo dia de possíveis conhecidos), mas jornais de todo o mundo. Olho jornais espanhóis e evoco uma semana santa que passei na Andaluzia. Nos jornais franceses sei mais sobre a tragédia aérea nos Alpes. De vez e vez, espio até o L’osservatore Romano. Devo aqui confessar que não poucas vezes ouço a rádio vaticana.
A segunda razão que me seduz ao abandono de assinar jornal em suporte papel é o apelo do meio ambiente. Condoo-me quando vejo o volume de papel que descarto a cada semana, mesmo que este ano já tenha deixado de assinar um jornal. Há um número muito grande de páginas (noticiário de futebol, classificados e publicações legais de empresas) que nem sequer abro. Além de anúncios fúnebres para que assinar jornais em suporte papel?
Tomo o jornal. Enquanto promessa fugaz, deleito-me, ainda, antes do café e da academia com quase uma hora de leitura diária, entremeada com notícias de rádio, onde pontificam os ditos formadores de opinião, que sabem tudo melhor que ninguém. Convenço-me que é saboroso ler jornal em suporte papel. Desentranho por primeiro os encartes que me desinteressam.  Há um, de rede de lojas, que tem na capa uma modelo com um título que me repugna. A vida é um grande desfile. Nego-me a sequer folha-lo. Esta simplificação capitalista para a vida é desoladora. Mas, lamentavelmente vejo que na sociedade atual é verídica. Um dos itens que mais pesa no orçamento de muitas pessoas é o vestuário. E este é para quem? Para desfilar para os outro. Vi ontem num tapume, na av. Goethe: Estar na moda é sentir-se. Não sou adepto do nudismo, por questões estéticas. Se tivéssemos pelos como nossos irmãos macacos, nos sentiríamos mais na moda. Pelados (também no sentido de sem pelos) a maioria de nós não parece muito bonita. Penso que a experiência de usarmos roupas mais iguais, como por exemplo, entre os gregos, na época do nascimento da filosofia ocidental, era mais simpática. Uniformes unissex como na China de Mao, eliminaria muitos estresses antes de da maioria das partidas de casa a cada dia.

Encerro com votos de um bom recesso pascoalino. Aos que creem e aos que não
creem, férteis dias de reflexão. Quando vejo que já passou 6/20 semanas de aulas deste semestre vejo que a recomendação de uma reflexão é salutar. Curtir um plenilúnio também é gostoso. Ainda há oportunidade. “Poetas, seresteiros, namorados, correi… é Lua muito cheia!”

segunda-feira, 30 de março de 2015

30.- À GUISA DE BALANÇO.


ANO
 9
EDIÇÃO
 3023

Logo na abertura do texto soa um alerta, ou melhor, dois. Diferentemente do usual, primeiro dei o título e depois me propus a escrever. O normal é nascer o rebento e depois batizá-lo. Talvez, porque — aqui e agora — tenha claro o propósito texto. Não é um divagar acerca do (quase) nada, como alguns de meus blogares. Não sei se conseguirem fugir ao divagar.
Mas por que soar alertas (tipo daqueles irritantes que ouvimos nos smartphones alheios avisando que chegou mensagem) ante, apenas, um despretensioso título?
Voltei ao Priberam. Primeiro descubro que guisa pode ser da conjugação do verbo guisar que eu não conhecia. Eu guiso, tu guisas, ele guisa...
Guisar: 1. Preparar com refogado. 2. [Antigo, Figurado] 3.  Ajeitar; dar azo a; ajudar.
Mas, no título posto, usei como substantivo feminino Guisa que tem três acepções, das quais conhecia apenas a primeira:
1. Modo, maneira, feitio.
2. [Ornitologia] O mesmo que abibe.
3. Comemoração de falecimento, ao cabo de mês ou ano em Cabo Verde.
Agora sei que guisa ou abibe é uma ave pernalta de arribação, do tamanho do pombo e se um dia for Cabo Verde talvez vá a uma guisa homenagear um amigo falecido e depois guisar um abibe ou uma guisa.
O meu ‘à guisa’ do título está dicionarizado com o significado que escolhera: Completamente armado, sem nada lhe faltar.
Mas, falei de dois alertas. O segundo é para o substantivo balanço.
Um dos mais gostosos fazeres, no brincar com as palavras é viajar em nossa história pessoal e ver quando/como determinada palavra entrou em nossa vivência. Se perguntarmos a uma criança de hoje o que é um balanço ela certamente referirá com facilidade aquela que parece ser a acepção mais trivial: 2. [Brasil] Brinquedo composto por um assento suspenso de alto, com cordas ou correntes, em que alguém se senta, oscilando com o impulso do corpo
Mas, eu aprendi primeiro esta palavra naquela versão que Priberam coloca como a sétima acepção.
7. [Contabilidade] Operação de contabilidade tendente a conhecer 
a receita e a despesa de uma casa comercial.
Sou filho de ferroviário. Antes da opção do transporte rodoviário no Brasil (governo Juscelino: 1956-1961) a VFRGS (Viação Férrea do Rio Grande do Sul) era uma empresa muito importante. E para os ferroviários e suas famílias a ‘Cooperativa dos empregados da VFRGS’ era uma instituição que abrangia armazém de secos e molhados, loja de tecidos, armarinhos, farmácia e financiava inclusive escolas particulares. Só comprávamos na ‘Cooperativa’. Lembro por exemplo que no dia 19 de cada mês na cooperativa havia longas filas para compras, pois então as aquisições ‘corriam para o outro mês’. Isso na economia familiar era significativo.
Lembro que um dia, meu irmão e eu fomos a compras e a Cooperativa estava fechada. Havia um cartaz na porta: “Fechado para balanço”. Voltamos intrigados. Por que a cooperativa estava fechada? Então a minha mãe explicou como acontecia a contagem do que havia em estoque para saberem o quanto fora vendido. Então entendemos porque ouvíramos, vindo de dentro da loja fechada, uma cantata de listagem de mercadorias seguida de números: vassouras 23; enxadas, 18; ancinhos, 42... Faziam o balanço.
Mas, e o que tem esta blogada à guisa de balanço?
Meu balanço é singelo. Completa-se hoje o primeiro trimestre que, optei, depois de 8,5 anos por não mais fazer edições diárias deste blogue. Esse anúncio foi feito no dia 27 de dezembro, quando chegava à edição 3000. Esta edição é a 23ª depois de 91 dias (treze semanas) da alteração da periodicidade. Isto significa que houve, em média, uma postagem a cada 4 dias ou menos de duas postagens por semana.
Estas 23 postagem, que estão tendo entre 200 a 300 acessos a cada dia (quando o blogue era diário os acessos eram mais de 400) cobrem um período atípico. Assim 5 (mais de 20%) são relato de férias. Mais da metade podem ser considerados excertos do diário de um professor e algumas são de variedades. Apenas uma (a do dia 17 de março) contém uma análise política (com significativa repercussão).
Há, além deste balanço classificatório, duas avaliações a contemplar com o aperiodismo atual: uma objetiva e outra subjetiva.
A primeira: estou cumprindo o pretexto que invoquei para diminuição da frequência: precisava de mais tempo para dedicar a um livro que estou escrevendo. Ele se consolida, mesmo sem o crescimento sonhado. Estou vibrando com a produção que realmente se torna possível pela diminuição de cerca de cinco blogadas semanais. Breve trago mais detalhes da obra gestada.
A segunda: mesmo que tenha crises de abstinência, ou melhor, saudades da parição diária de um texto, parece que tenho conseguido me superar. Às vezes, não é fácil. Todavia, há que reconhecer que eu não sei como conseguia manter a frequência diária. Duas vezes por semana já me parece, hoje, muito exigente.
    Agradeço comovido ao poeta Jair Lopes, a homenagem que se faz ilustração deste texto e tem a ver que esta edição que se faz à guisa de balanço.