Porto Alegre Ano 4 # 1431 |
Madrugada do primeiro domingo julino. Os indicadores são a repetição do dia primaveril de ontem. O sábado teve a celebração do 1º aniversário Pedro. O André e a Tatiana muito felizes receberam avós, tios, primos e amigos do aniversariante que festejaram a 29 de junho do Pedro, que talvez preferisse mesmo ampliar sua sesta.
Depois de três domingos marcados pela Copa do mundo, hoje um dia de abstinência preparado o apogeu no próximo. Os americanos (não estou falando de estadunidenses) que eram 7 entre os 16 (enquanto os europeus eram apenas 6), passaram para as oitava de finais com 4 equipes, enquanto os europeus eram 3. O orgulho sul-americano chegava prever que os 4 finalistas seriam daqui. Ledo engano. Temos agora 3 europeus e apenas o Uruguai a representar o continente, devendo abater Golias. Aqueles, que como eu, ontem torceram pelo Maradona, para ver
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinaM3BJ_e7PGtxOko_uMjeYouABOxQRx6OE1Lb0T6i8feoSJZ9UEXWJaTf_rD9-Bb2gjpqXjTY_eAAM8HUcFl1zL1m9pcLF4nDTBMho6CkC5Xn5EU_8l1y_J_mju-D4HKYeFCrHTSXmfM/s400/maradona,jpg.jpg)
valorizado o triunfo daquele que soube dar a volta por cima, restou se comover com seu carinho e com sua dor. Nos jornais de ontem e de hoje vale ver as peças publicitárias que foram preparadas, para serem usadas em uma catástrofe. Pode-se ver a (pouca) criatividade no produzir algo, que se deseja que jamais seja publicado. Eis um exemplo: “Valeu Brasil! Hexa é melhor ganhar em casa!’
Como temos combinado aqui as blogadas dominicais devem ser mais leves. Não sei dizer quantos leitores me enviaram sugestões para o vídeo que ofereço nessa proposta dominical. Não me ocorre poder citar todos nomes, mas ao lado do José Carlos, meu aluno na UAM - Universidade do Adulto Maior e da Marília, uma filósofa foi que foi minha aluna no Centro Universitário Metodista - IPA, deve haver alguns outros.
Assim, nesses dias de África em nossos cenários, a sugestão está em o ‘perigo de uma história única’. É um vídeo bastante inspirador que nos leva a refletir sobre rótulos atribuídos e que geram imagens distorcidas da realidade. Tem 18 minutos, mas é fantástico na sua clareza e na suas verdades. Quem narra sua história é Chimamanda Ngozi Adichie uma escritora nigeriana.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdy1n1DLmcKKQv_vmHq9XlSl-Q9I-KedRijC-Htyb_xmjDfw1xr2Rb6pu0ntLS5qc8lvednfoaAxb8ktJ3Nz5aYGndAa1VkYz1b4ijt10iXRE_q_GlHf_0SX_3ErY6s0kg3CCC_TnTr1U/s400/TED-Talks-Chimamanda-Adichie-Colette-Baron-Reid-Psychic-Medium.jpg)
Chimamanda nasceu em Abba, no estado de Anambra, em 15 de setembro de 1977, mas cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria, onde se situa a Universidade da Nigéria. Seu pai era professor de Estatística na universidade, e sua mãe trabalhava como secretária no mesmo local. Quando completou dezenove anos, deixou a Nigéria e se mudou para os Estados Unidos da América. Depois de estudar na Universidade Drexel, na Filadélfia, Chimamanda se transferiu para a Universidade de Connecticut. Fez estudos de escrita criativa na Universidade John Hopkins de Baltimore, e mestrado de estudos africanos na Universidade Yale.
Sua primeira novela, Purple Hibiscus (Hibisco roxo), foi publicada em 2003. A segunda novela, Half of a Yellow Sun (Meio sol amarelo), foi assim chamada em homenagem à bandeira da Biafra, e trata de antes e durante a guerra de Biafra. Foi publicada pela editora Knopf/Anchor em 2006, e ganhou o Orange Prize para ficção em 2007
O perigo de se contar somente um lado da história é que construímos uma imagem imperfeita das pessoas... e ninguém é totalmente bom, ninguém é totalmente mau. O vídeo conta com legendas em português (é só selecionar no botão subtitles) está em baixo do quadro negro de apresentação!
Vale ir ao endereço: http://www.ted.com/talks/view/id/652 e temos mais uma lição de África nesses dias de Copa do Mundo. A esta sugestão adito os votos de muito bom domingo e convite para um encontro, aqui, amanhã.
Mestre Chassot, defendo sempre minha concepção (da qual muitos amigos meus, entre colegas e mestres, compartilham) de que a História é um discurso e, como tal, é sempre perigoso ater-se a apenas uma versão. Por não existir verdade, existe consenso, e este cosenso acaba por privilegiar, na esmagadora grande maioria das vezes (e aqui a tautologia hiperbólica é para explicitar isso), àquelas elites dominantes.
ResponderExcluirPorém, deve haver cuidado com os "discursos alternativos", pois alguns acabam sendo extremistas. Logo: nem tanto o céu, nem tanto a terra, o dourado caminho do meio é o correto.
Ótimo dia.
Meu caro Marcos,
ResponderExcluir~~ com cópia para o Jairo, outro Historiador comentarista aqui ~~
ousaria discordar de ti. Não devem ser MUITOS (algo relativo, é claro) amigos, colegas e mestres que compartilham com tua leitura da História. Há talvez – ainda – muito mais dogmáticos, positivistas e até fundamentalistas entre historiadores. O pensamento único é – ou pelo menos foi – corrente também no ensino de História. Vejo-te argumentando, que isso mudou. Aceito. Mas quando leio certos livros (especialmente didático e entre estes aqueles para Educação Básica) não encontro falas marcadas pela incerteza.
Com um bom resto deste primaveril domingo com abstinência de FIFA.
attico chassot
Boa noite, Mestre!
ResponderExcluirPenso que o modo de encarar os consensos de que o Marcos Vinicios fala é que precisa ser desmistificado, principlamente -falando em termos escolares- das "matérias" de Ciência e História. O ensino as coloca como verdades permanentes, em vez de relativas e questionáveis.
Uma tarefa que irei me propor esta semana: averiguar os livros didáticos utilizados hoje e compará-los com os "do meu tempo". Recordo-me do qustionário no final de cada capítulo, e das respostas pontuais em vermelho no livro do professor.
Somos seres completos e complexos: ter uma idéia única em relação a um povo ou a uma pessoa, facilita o engavetamento mental, reduzindo a vida a conceitos.
Até mais!
Muito querida Marília,
ResponderExcluirobrigado pela trazida de uma diferenciação: ‘as matérias’ com seu ensino engessado, dogmático e a História (indisciplinar) na concepção da ‘modernidade líquida’ trazida pelo Marcos Vinicius (que recebe cópia deste comentário). Apreciaria demais conhecer os resultados de tua investigação. Esse blogue pode ser o lócus primeiro – e modesto, para mostres a mais de meia centena de leitores.
Uma boa semana e um afago do
attico chassot
Estimado Chassot,
ResponderExcluirApreciei bastante o vídeo. O que mais me chamou atenção foi quando Chimamanda Ngozi Adichie nos adverte que se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos.
Saudades!!!!
Estimada colega Joélia,
ResponderExcluirrealmente o alerta é realmente esse que pontuas.
E isso vale a nível micro (de nossas histórias pessoais) como a nível macro (a historia de uma turma de alunos, de uma universidade, de um povo...)
Um afago com saudades
attico chassot