ANO
9 |
OURO PRETO - MG
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EDIÇÃO
2871
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Estou envolto,
uma vez mais, na quase magia de Ouro Preto. Esta é a terceira vez que estou
nesta histórica cidade. A primeira vez, talvez em 1985 (ou 1986?), quando vim a
convite do meu colega da UFMG, Luiz Otávio Amaral, falar acerca de uma
disciplina na História da Química num curso de licenciatura. Esse convite era a
propósito da QUI114-Evolução da Química, uma das primeiras disciplinas de
História da Química nas licenciaturas de universidades brasileiras, que eu lecionava
na UFRGS. A segunda vez foi julho de 1995, no V Seminário Nacional de História
da Ciência e da Tecnologia, promovido pela Sociedade Brasileira de História da
Ciência, quando apresentei a comunicação: Conde
da Barca, um português que foi pioneiro na Educação Química no Brasil. Fazendo
cerca de 20 anos que não vinha aqui, assim, é a primeira vez que este blogue é
postado daqui.
Hoje, como narrei
ontem, estou aqui para participar, até sexta, do XVII Encontro Nacional de
Ensino de Química. Na verdade o ENEQ já começou para mim pela manhã em Porto
Alegre quando encontrei alguns colegas que partiam, na manhã de neblina cerrada,
para Ouro Preto. Comentei com meu amigo e colega de muitos EDEQs e ENEQs Maurivan:
“Que bom que nossos eventos não foram transmutados para encontros virtuais.
Esses encontros pessoais no ofertam abraços!”. E isso é muito bom. Em Belo
Horizonte juntamo-nos a colegas de outros estados.
E... a partir das 17h éramos
centenas de todas as partes do país. Nos irmanávamos em uma antiga fábrica transformada
no lindo centro de convenções da Universidade Federal de Ouro Preto onde o mote
do evento “A integração entre a pesquisa e a escola abrindo possibilidades para
um ensino de química melhor” parece que se fazia bandeira para todos.
Houve inauguração do evento no Teatro Ouro Preto em sessão
solene presidida pela Professora Doutora Célia Maria Fernandes Nunes,
vice-reitora da UFOP. Após as duas palestras da noite: Los instrumentos en las
revoluciones químicas e Das disciplinas à indisciplina. Vale destacar o quanto
a fala do Prof. Dr. Jose A. Chamizo, da Universidad Nacional Autonoma de México
– UNAM se fez harmônica com minha fala. Certos tópicos se encadearam de tal
maneira, que se brincou, pelos nossos sobrenomes, que abertura do ENEQ foi com
uma noite de chachá.
Vivi uma noite de
muita alegria. Ver a plateia de um teatro levantar-se e aplaudir durante
minutos é algo que emociona. Ao final, algo muito significativo foi ver
formar-se uma extensa fila para fotografias e autógrafos.
Trago duas amostras,
colhidas no Facebook. Amanhã, ainda nos leremos daqui de Ouro Preto.
Mestre Chassot. Fico feliz em ver o quanto tens reconhecida tua tarefa de semear ciência por todas as partes do país. E por certo as manifestações sao prova de que tuas sementes estão sendo jogadas em solo fértil. Uma feliz jornada por aí. Abraço do JB.
ResponderExcluirSalve!
ResponderExcluirCaramba mestre, ainda estás na ativa!
Visitei o teu blog, por isso sei.
E estás bem, parabéns!
Quem vos fala é um antigo discípulo, o ano era 1968, entrei no IPV para me matricular no cursinho para a faculdade de Física.
Fiz a matrícula e estava saindo quando passei na frente da sala onde davas aula, de porta aberta.
Fiquei por ali, meio de esguelha, assistindo... "mas assim é fácil!" disse para mim mesmo.
Voltei e refiz a matrícula, agora para a Química!
Ali decidi ser químico!
Passei e fui te encontrar como Prof. Adjunto da Profª. Ieda Dick lá no Instituto de Química.
Aí decidi ser professor...!
Por que digo isso agora, aos 30 min do dia 20, depois de mais de 40 anos?
Fui visitar um colega de faculdade, que fez um transplante de rins e o encontrei chateado com a rotina hospitalar (já está lá a 21 dias e está indo bem).
Tinha lá uma montanha de livros, "por que não lês" perguntei, "não consigo me concentrar" respondeu-me.
Então vim para casa procurar um livro que o motivasse,... encontrei o teu, "A Ciência Através dos Tempos", que comprei em um sebo anos atrás.
Por isso estou aqui,... o blog exige até 300 caracteres,... era pouco para o que eu queri falar.
Obrigado, "amado mestre"!
Nelson de Magalhães (QUI 1585/69)
Obs. Boa estada nas Minas Gerais!!!
Muito significativa a carinhosa mensagem do antigo pupilo Nelson de Magalhães, ratifica e endossa todas as manifestações que recebestes ontem.
ResponderExcluirAo mestre, nossa homenagem
ResponderExcluirVejam, mestre Chassot mandando bem!
Em Ouro Preto com química nos lábios
Ele conquistou a plateia como ninguém,
Chassot Inserido no panteão dos sábios.
Agora falta somente um prêmio Nobel
Para laudar esse prócer da sapiência,
Que pinta mentes com seu ágil pincel
E eleva aos píncaros nome da ciência.
Vai Chassot, mostre do que és capaz!
Continue sempre adiante na sua saga
Porque ao mundo, luz teu ensino traz
E aquilo que incutes jamais se apaga.
Como sempre fostes um mestre sagaz
Incute aquilo que falas tal acúlea adaga.
acho que a emoção do comentário foi tanta que não foi rs, será? Um bj
ResponderExcluirEu falei quando comentei e não saiu que foi uma noite realmente emocionante, de reencontros e agradeci pelos presentes que o senhor pôde me conceder nesses dias.
ResponderExcluirUm abraço grande, com mto carinho,
Cris