ANO
9 |
EDIÇÃO
2870
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Nesta terça, ainda madrugada, viajo para Belo Horizonte. Do
aeroporto de Confins, por via rodoviária, vou à histórica Ouro Preto em viagem
de cerca de 2,5 horas. Ali, até sexta, participo do XVII Encontro Nacional de
Ensino de Química, na Universidade Federal de Ouro Preto. O tema central do
evento é: “A integração entre a pesquisa e a escola abrindo possibilidades para
um ensino de química melhor.”
A inauguração
será esta noite no Teatro Ouro Preto. Fui distinguido, para junto com o Prof.
Dr. Jose A. Chamizo, da Universidad Nacional Autonoma de México - UNAM, para
proferir uma das duas conferências inaugurais. O destacado educador mexicano apresentará: Los instrumentos en las revoluciones
químicas. O tema de minha fala será:
Das disciplinas à indisciplina.
Completo esta
edição com uma evocação dos 16 ENEQs anteriores. Por ter participado de todos,
vi um evento se transformar de cerca de meia centena de participantes em sua edição
inicial, reunir, em edições mais recentes, cerca de dois mil educadores a cada
dois anos.
A partir de
iniciativa do Rio Grande do Sul, que organizou em 1980 o 1º Encontro de Debates
de Ensino de Química —em outubro deste ano ocorre o 34º EDEQ, na Universidade
de Santa Cruz do Sul —, surgiram, em 1982, os Encontros Nacionais de Ensino de
Química (ENEQs). Em 1982, na UNICAMP, em Campinas, aconteceu o primeiro ENEQ, e
definiu-se seu caráter bianual. O evento passa a ocorrer nos anos pares das
reuniões anuais da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), que então dava seus
primeiros passos e realizava suas reuniões dentro das reuniões anuais da SBPC.
Esse primeiro ENEQ foi semente também para o surgimento da Divisão de Ensino, a
primeira das diretorias científicas dentro da SBQ.
O segundo ENEQ foi em 1984, em São
Paulo, na USP; o terceiro, em 1986, em Curitiba, na UFPR; o quarto, em 1988,
mais uma vez em São Paulo, na USP; o quinto, em 1990, em Porto Alegre, na UFRGS,
e o sexto, em 1992, novamente na em São Paulo, USP. O sexto foi o último que
ocorreu dentro das reuniões anuais da SBQ e da SBPC, que então já realizava sua
42a RA. O sétimo, em 1994, em Belo Horizonte, na UFMG
(Os mineiros foram os primeiros que organizaram um encontro sem ter a infraestrutura da SBQ e SBPC). Do VII ENEQ, ficou aquela que
hoje é a realização maior dos educadores envolvidos no ensino de Química: Química
nova na escola. O oitavo, em 1996, saímos pela primeira vez do sudeste e
sul e fomos a UFMS, em Campo Grande; o nono, em 1998 em Aracaju, 1998, na UFSE.
O décimo, em 2000, em Porto Alegre, na PUC RS (Esta edição
ocorreu junto com o XX EDEQ, e o II ELEQ, Encontro Latino-americano de Ensino
de Química). O décimo primeiro, em 2002, em Recife na UFRPE; o décimo segundo,
em 2004, em Goiânia na UFGO; o décimo terceiro, em 2006 em Campinas na UNICAMP;
o décimo quarto, em 2008 em Curitiba, na UFPR; o décimo quinto, em 2010, em
Brasília, na UnB o décimo sexto, em 2012, realizado
por seis
universidades baianas na UFBA.
Percorridos, de maneira panorâmica, mais de três
décadas há que ter esperanças com esta 17ª edição de um ENEQ. Será bom curtir
estes quase quatro dias de Ouro Preto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuímica
ResponderExcluirSem a química não haveria milhares
De produtos que facilitam nossa vida.
E uso na guerra apesar dos pesares
Não supera a aplicação em pesticida.
Pois a química está presente no lar
E nas indústrias que dependem dela
Transforma substâncias em todo lugar,
Seja no banho, quintal ou na panela.
Química é por isso ciência estranha?
Oculta, miteriosa tal como alquimia?
Assim como faz sua teia uma aranha?
Não, é uma matéria clara como o dia
Lógica, esperta que move montanha,
Espécie de matemática com alegria.
Na química, como também em todas as outras áreas do conhecimento, se faz urgente uma nova forma de transmissão. Os bons resultados devem ser imitados.
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