ANO
9 |
EDIÇÃO
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Há
uma sigla, que só conheci, na acepção trazida aqui, em 2007, quando me tornei
professor do Centro Universitário Metodista do IPA. UAM, antes significava para
mim, Universidade Autônoma de México, uma referência, de maneira muito especial
na área de antropologia. Agora, UAM tem para mim um significado relevante, ou
pelo menos, muito mais próximo: UAM—Universidade do Adulto Maior.
Hoje
retorno à UAM. Nela já fora professor por 4 semestre, em 2010 e 2011. De 2012/1
até o semestre passado, fui, de maneira eventual, professor convidado pelo meu
colega Norberto da Cunha Garin. (A foto é de uma destas minhas visitas).
Assim,
a partir de hoje, a cada segunda-feira à tarde, estarei ministrando o seminário ‘Processo histórico
e antropológico do envelhecimento’. Este seminário, o mesmo
que lecionei em 2010 e 2011 busca ‘acompanhar e entender a dimensão do
envelhecimento a partir dos eventos históricos e culturais ao longo dos tempos,
em principais movimentos sociais artísticos, culturais’.
Programas
de Universidades Abertas para idosos, nas perspectivas de organização que
encontramos nas Instituições de Ensino Superior da atualidade surgiram na
França, na década de 1960, a partir de uma proposta inovadora e demonstrando a
preocupação das Universidades com Educação Permanente. No Brasil, as primeiras
Universidades Abertas (criadas no início dos anos 80) foram iniciativas de
Universidades Federais do Sul do País e já apresentavam, na essência de seus
programas, ênfase no exercício pleno dos preceitos da Aprendizagem.
Neste
contexto, o Centro Universitário Metodista do IPA implanta em 2003 o Programa
de Extensão Universidade do Adulto Maior (UAM), inicialmente vinculado ao Curso
de Terapia Ocupacional e, posteriormente, vinculado à Pró-reitoria de Extensão
e Ação Comunitária. Alguns dos objetivos: Inclusão Social do Idoso. Contexto
histórico, econômico, político, cultural e tecnológico da contemporaneidade. Proporcionar
a manutenção e/ou resgate do exercício de autonomia e cidadania. Constituir-se
enquanto espaço de prevenção e promoção de saúde e qualidade de vida.
O
Programa [www.metodistadosul.edu.br/extensao/uam.php] é constituído de seminários que abordam aspectos
relativos ao processo de envelhecimento, diferentes facetas, contextos,
perspectivas. São elas: Enfoque Biológico, Enfoque Psicológico, Enfoque
Histórico e Sócio-Antropológico, Enfoque Espiritual.
Há
ainda um conjunto de oficinas eletivas: Oficina de Memória, Informática,
Espanhol, Leitura, Literatura e Rádio, Coral, Ginástica, Atividades Aquáticas,
Movimento, Alongamento Postural, Reciclagem do Pensamento, Terapias
Complementares, Laboratório de Criação Visual, História da Arte, Filmes e Fatos.
De
minhas atividades na UAM em semestres anteriores lembro-me de turmas de cerca
de meia centena de participantes, em sua maioria de mais de 70 anos,
profissionais que exerceram uma ampla gama de profissões que retornam (ou vem
pela primeira vez) a Universidade. Assim esta tarde conhecerei o quarto grupo
(terça conhecia uma turma de música e outra de pedagogia e no sábado doze
alunos que iniciam o Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão) que me envolvo
no segundo semestre de 54º ano de professor. Sou, uma vez mais, expectante.
Salve, Mestre!
ResponderExcluirEstes alunos da UAM podem ser — pelo quanto eu o conheço — uns privilegiados. Todavia, o senhor é ainda mais em ouvi-los,
Desejo que não só os usufrua ao máximo, mas traga para nós alguns respingos destas aulas.
A admiração do
Laurus Loureiro Lima.
Caríssimo LLL,
ResponderExcluirobrigado por tua sugestão. Vou de vez em vez trazer algo da UAM.
Minha tarde foi de estar em estado de graça. Há cerca de 60 participantes que tem histórias maravilhosas. Há aqueles que vão fazer terceiro ou a quarta vez o seminário comigo. É algo muito saboroso. É inenarrável.
Obrigado por tua presença aqui,
achassot
Fico a imaginar o resultado do convergimento de um encontro com tantos saberes...
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