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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

DESDE A MINHA/NOSSA ESCOLA DE JACUÍ A UM FIORDE

 

24/11/2023

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EDIÇÃO

 

  ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.342 


24/11/2023 Já é a última edição deste blogue de Novembro2023. Não foi sem razão que na edição pretérita nos referíamos que já passava a metade desse lépido e celebrado novembro.  A próxima edição será em 01/12. As musiquinhas de natal (algumas xaroposas) nos embalam recordações da noite de 24 de dezembro. 

É preciso referir que este 2023, quase terminando, deixará tristes  recordações no Brasil de Sul a Norte: tormentas com chuvas como nunca dantes tão destruidoramente volumosas no Sul, enquanto no Norte uma senegalesca sequia destrói fazendo tudo quase a brasa. Ainda, não podemos deixar sofrer com as mortes nestas guerras dolorosas que ocorrem em diversos pontos de nossa casa comum: o Planeta Terra.

Mas há uma gama de sabores que vale viver, aqui e agora. Vou dividir o anunciado saborear em dois momento: primeiro convidarei meus leitores a saber algo de minha Escola; no segundo tempo vamos ao panteão da literatura. Expectante com sabores. Só ler os parágrafos à espera.

 Ontem, quinta-feira, 23/11, recebi um WhatsApp: Olá,  Professor, tudo bem? Compartilhando notícias boas sobre a sua e nossa Escola Marcelo Gama… —  pois, a minha escola é a Escola Marcelo Gama… em Jacuí, distrito de Restinga Seca, que pertence a 24a CRE de Cachoeira do Sul. Estudei nesta escola de março a sagosto de 1946. Meu pai era, então, marceneiro da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, na Estação Jacuí. Estive na  Escola Marcelo Gama, presencialmente em 2011, com meu amigo e também cachoeirense Edni Schroeder  — volto a mensagem ontem recebida da Professora Aline  —  Lembra quando aceitou nosso convite para uma entrevista e, posteriormente, realizou palestras de forma online? Naquelas ocasiões  nos inspirou  a seguir com os projetos e pesquisas. Nosso projeto de 2023 foi classificado para a Etapa Estadual da Mostra Científica das Escolas Estaduais. Nesta semana estivemos em POA representando os Anos  iniciais.


Um semeador saiu a semear. Houve sementes que caíram em terra fértil e estas produziram Gama de sabores: Saberes, Sementes e Sustentabilidade… e agora há um convite: vamos aproveitar com saberes a gama de sabores. há que juntos semearmos  para sustentar, apoiar, conservar, cuidar das preciosas sementes desta primeira colheita.

Espero tenham curtido a gama de sabores. A colheta desta primeira safra. Curtam o máximo. Anunciara dois tempos. Aceitem a seguir saborear o segundo saber… 

Trago algo de uma muito exótica safra. O convite é para conhecermos algo acerca do Prêmio Nobel de Literatura deste 2023. O adjetivo exótico pode parecer de mau gosto. Vamos saborear primeiro o autor e depois uma amostra de sua extensa produção.

Conheçamos o autor. Ajuda-nos para tal empreitada a Wikipédia, orelha do livro que li e a justificativa para a premiação do Comite Nobel. É dispensável a crítica: não tenho expertise em comentar obras literários. Mais ainda sou alienígena em literatura norueguesa. Parece-me ser este o primeiro livro que leio neste idioma (mesmo traduzido).





JON FOSSE nasceu em 1959 na costa oeste da Noruega e é considerado um dos grandes autores de sua geração, com uma obra que inclui prosa, poesia, ensaios, contos, livros infantis e peças teatrais. Sua estreia literária se dá em 1981, com a publicação do conto Han em um jornal estudantil. Dois anos mais tarde, lança Raudt, svart, seu primeiro romance. Por Trilogien, recebeu o prestigioso Nordic Council Literature Prize, em 2015. Seus livros já foram traduzidos para mais de cinquenta idiomas. Depois de estudar literatura, estreou em 1983 com o romance Raudt, svart (Vermelho, preto). Fosse escreveu romances, contos, poesia, livros infantis, ensaios e peças de teatro. As suas obras foram traduzidas em quase 50 idiomas, com suas peças encenadas mais de mil vezes pelo mundo. Fosse fez parte dos consultores literários da Bíblia 2011, uma tradução norueguesa da Bíblia publicada em 2011. Em 2023, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, "pelas suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível". Quando na quinta-feira, 5 de outubro a Academia Sueca, em Estocolmo anunciou o Prêmio Nobel de Literatura 2023 fomos tomados de interrogações, pois a Academia, diz ser o prêmio concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

.A forma fosse pode ser [primeira pessoa singular do presente do subjuntivo de fossar], [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ir], [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ser], [terceira pessoa singular do imperativo de fossar], [terceira pessoa singular do presente do subjuntivo de fossar], [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ir ou [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ser]. "fosse", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, 

https://dicionario.priberam.org/fosse. Mesmo com estas múltiplas formas (em português) ‘fosse’ é o sobrenome do noroeguês laureado com Nobel de Literatura deste ano.


                


A esquerda está a capa do único livro de Jon Fosse que eu li. Terminei ontem. Este exemplar é do Emar (meu irmão caçula) que mora em Holambra que no fim de semana esteve queridamente aqui. No design para esta segunda etapa deste blogar anunciei que falaria do autor e de um de seus livros. Anuncio antecipadamente que não cometerei spoiler e recomendo a não curiosidade  — até me estranho, eu que tanto recomendo esta ‘virtude’-- lendo a última página (107). Sempre me pergunto o que diria a orientando que me entregasse um texto modelo Saramago. Pois Fosse chega a ter um conjunto de dezenas páginas sem ponto ou sem parágrafos. Recomendo conhecer sobre ‘fiorde’.Transcrevo (ratificando não cometer spoiler) um muito pequeno excerto extraído das duas orelhas do selo Prêmio Nobel da edição de 2023 da Companhia das Letras.



                Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porem sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam. as noites chegam, as noites passam e elas os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça grande diferença.”

“Com uma prosa hipnótica e alucinante, Jon Fosse constrói um mundo em que todos esses momentos habitam o mesmo espaço e os fantasmas do passado confrontam aqueles que ainda vivem. Nessa narrativa ambientada nas indômitas paisagens norueguesas a força da natureza, os elementos como gelo, terra e fogo  — e a propria noção da passagem do tempo  —  também ganham força central.

Publicado originalmente em 2004 e aclamado pela crítica, É a Ales é uma obra-prima visionária que oferece uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e os traumas que moldam as relações familiares.”

    
Se era para ser isso o blogar desta semana. Trouxe dois cenários: a Escola que em pouco mais de meio ano me fez alfabetizado e  imaginar um fiorde e sonhar um dia voltar a gélida Dinamarca. Apreciaria se  — como na edição anterior  — houvesse algum comentário para despedir novembro e seus blogares. Não vou desejar um Happy Black Friday pois é um colonialismo demais para meu gosto.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

ACERCA DE UM MEMORIAL SEM CERCA

 

17/11/2023

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EDIÇÃO

 

  ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.339 

                

                    ACERCA DE UM MEMORIAL SEM CERCA

17/11/2023  Já vivemos a segunda metade desse lépido e celebrado novembro. Na edição anterior relatei: “Já vi árvore de natal anunciado as festas.” agora é só pluralizar: “Já vi árvores de natal…” Há que dizer: as ditas árvores não são apenas aquelas da família das araucária como há tempos. Um ‘modesto’ cipreste não raro são alternativas que anunciam as comemorações natalinas. 

Ao adjetivar, no paragrafo de abertura, que novembro é mês de celebrações meu leitor mais atento faz suspeição: O Chassot vai fazer do prelúdio excerto de seu diário, que já aprendemos na edição passado não ocorrem mais a trazidas dos diários de um viajor. 

Realmente o meu leitor merece nota máxima, mesmo que não tenha referido algo mais que excertos. Tudo isso, e muito mais, pode se considerar uma breve narrativa de um diálogo de um neo-aposentando. O diálogo do viajor, não tem mais o estatuto como o narrado por José Carneiro, da UFPA no texto o peregrino da Ciência em artigo em O Liberal de Belém do Pará. A blogada de hoje se refere a inauguração, no sábado passado de memorial em homenagem à minha produção (acadêmica).

Na manhã de sábado, nos cerca de 110 quilômetros (Xangri-lá RS // Sombrio SC) dentre as perguntas que nos fizemos (meu filho André e eu) mais de uma vez nos perguntamos: Que vamos fazer na Morada dos Ipês? Tudo que sonhei durante meses, foi superado… Tudo isso, e muito mais, pode se considerar uma breve narrativa de um diálogo de um neo-aposentando. Insiro um relato do André, meu filho, que pilota parte significativa de meus sonhos e fazeres desde meu desastre doméstico na abertura do inverno de 2021.

Num sábado novembrino, com temporal anunciado, pegamos estrada, rumo ao Sítio dos Ipês em Sombrio. Chegamos antes das 10 horas. Lugar encantador, Antônio na lida. Uma energia radiante entre os convidados, para inauguração do recanto de livros do Mestre Chassot. Churrasco de lamber os beiços. Palavras do Mestre contagiante. Amantes do saber Reunidos pelo Livro. O temporal chegou, alma lavada. Coração enxarcado. Com de seu criador, a admiração do André.   

E                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
 

Estas duas imagens são heliocêntricas do último sábado, 11/11/2023. Na primeira, a Jane e eu  —  com o olhar vencedor do Antônio, descerramos uma placa de madeira do Paraná. É um bonito momento  — ou melhor, um momento solene que se instaura o memorial (= CANTINHO LITERÁRIO). Cerca de 20 pessoas (desde a alunos da Escola Básica a muitos doutores. Já estão ali amealhados livros e revistas, alguns oriundos de um primeiro fracionamento de minha biblioteca pessoal. Este, e talvez alguns outros memoriais priorizarão obras da área da Educação nas Ciências. Se pretende privilegiar livros em suporte papel.

Com a trazida do documento do André adito depoimento do Prof. Dr. Antônio Valmor Campos, dono da casa e da ideia do Memorial. Em tempos conturbados, com uma dezena de guerras pelo mundo e atrocidades contra pessoas e crianças indefesas em nome de “democracias” e direito de defesa. Tiramos um tempo para tratar da boniteza da vida.

Aprendi a quase duas décadas, durante as orientações do Mestrado em Educação, na Unisinos, que um idoso é como uma biblioteca, pelos conhecimentos que produziu e detém, isso com o querido Mestre Chassot.

Já faz um tempo, que pensamos em fazer uma homenagem, singela, mas para nós importante ao sempre querido Mestre Chassot, com as dificuldades da caminhada adiamos algumas vezes, mas neste dia 11 de novembro, foi possível contar com a brilhante presença de Attico Chassot e de seu filho André, para conhecer nossa pequena e humilde biblioteca, que passa a se chamar “Cantinho Literário Mestre Chassot”, na morada dos Ipês, no Morro da Canoa, Sombrio/SC. Também contamos com outros importantes convidados. Este espaço é onde pretendemos divulgar e socializar muitos conhecimentos científicos, mas também os saberes primevos, através dos quais as pessoas humildes também são visibilizadas, nas suas contribuições para a evolução humana.

Trata-se de uma pequena homenagem ao brilhante professor, escritor, pesquisador e extraordinário ser humano, por sua contribuição com a produção do conhecimento, de incentivo à ciência, sempre com uma visão crítica, transformadora e humanista.

Apesar da humildade, esperamos que este ato acalente o coração valente do sempre querido Mestre Chassot, com o reconhecimento de todos e todas da morada dos Ipês. 

A estas percepções parece significativo ler a doutoranda Jane Acordi, esposa do Antônio: No dia 11/11, vivemos um sábado cheio de emoções. Nós:  Antônio, Jane, Catarina e André fomos honrados com a visita do querido Professor Chassot. 

O dia estava ensolarado, nossa casa cercada por plantas, pássaros, lagos e uma chuva com vento no meio da tarde foi cenário desse lindo momento. 

No almoço, contamos com a presença de professores da rede estadual de Santa Catarina, que já tinham tido acesso aos escritos do Professor Chassot e alguns participado de eventos onde ele atuou como palestrante.

Para nós educadoras e educadores o Professor Chassot é uma referência na educação emancipadora e transformadora, preparando os estudante para o exercício da cidadania, a partir da alfabetização científica e do comprometimento com as questões sociais, políticas e ambientais. 

Há um quarto e último que merece espaço nestas memórias: é o do Senhor André Acordi, agricultor de 73 anos, compartilhou o privilégio que sentiu ao viver aquele momento especial. Destacou uma reflexão frequente em sua vida, sobre como preservar as memórias das realizações. André expressou que o Professor Chassot é uma fonte de inspiração devido ao conhecimento que acumulou e aos livros que produziu. 

Ele ressaltou a importância de manter viva a obra do professor. André estabeleceu uma comparação entre os livros do professor e as enxadas e ferramentas que ele próprio utilizou ao longo de sua vida. 

Essas ferramentas estão cuidadosamente guardadas, visando preservar a trajetória de vida que elas representam. As memórias deste encontro ficarão guardadas em nossos corações, já aguardamos a próxima visita.

Foram quase raras, em mais de 17 anos deste blogar, que dei páginas exclusivas a assuntos pessoais. Numa escrita ligeira destaco quatro, contando a de hoje:

1º Outorgação de uma láurea: Pena libertária.

2º Festschrift: ignota e exótica palavra catalisa uma produção acadêmica

3º Colégio Israelita Brasileiro: revertendo ações significativas 

4º Em memória da presença dos educadores que fazem Histórias.

Na trazida de um breve espraiar dos quatro segmentos acima listados se constrói o sumário deste blogar nesta terceira edição deste novembro.  que deseja recordar para fazer memórias.

1º Outorgação de uma láurea: Pena libertária. .Ajudado pela assessoria de imprensa do Sinpro/RS assesto luzes na outorga da 22ª edição de 2019 da láurea: Pena libertária. A cerimônia de entrega do troféu Pena Libertária aos vencedores ocorreu  no sexta-feira, dia 25 de outubro de 2019 na sede estadual do Sindicato dos professores/RS, em Porto Alegre. Das 70 indicações, os vencedores se destacaram pelo compromisso com a educação de qualidade, com o desenvolvimento da cidadania e com o acesso ao conhecimento, segundo a comissão julgadora.

“Educação é resistência, é luz, é reflexão, é esclarecimento, é alento. E é na escola que podemos transformar, que podemos criar espaços, que podemos ousar, que podemos ter esperança na dimensão política do termo, de forma justa e democrática”, destacou a professora Margot Andras (na foto), coordenadora da premiação, instituída pelo Sinpro/RS em 1998.

2º Festschrift: ignota e exótica palavra catalisa uma produção acadêmica 

Uma das últimas mensagens que recebi no bissexto 2020, trazia este preâmbulo: Querido Professor, no decorrer de 2020, os nossos grupos de pesquisa se dedicaram a elaborar uma homenagem aos seus 60 anos de dedicação à educação. O resultado se encontra anexado a este email. Trata-se da nossa primeira versão completa que ainda será melhorada.” Quem assinava a mensagem é o Prof. Dr. Vanderlei Folmer, pesquisador líder de grupos de pesquisa da Unipampa, câmpus de Uruguaiana/RS. 

A produção anexada era algo incrível: um livro de 305 páginas, com 19 capítulos, escritos por cerca de três dezenas de autores (há nomes dentre esses que são autores em mais de um capítulo). Cada um destes capítulos detalha dimensões teóricas e/ou empíricas de minhas diferentes ações no ser Professor há sessenta anos. Trata-se, na situação deste texto, de um Festschrift (um livro que se fez como um tributo ao meu ser/fazer Educação = eu fiz a nominação).

No entardecer do dia 30/12/2020 escrevi: “Meu querido amigo e colega Folmer, no sábado natalino, vivi uma ameaça de sequestro à filha minha que serviu para ratificar minha sanidade cardíaca, atestada pelo meu cardiologista. Esta manhã o teste a coronárias se repetiu. Fui/Estou nocauteado. Recebi de vocês um livro de 305 páginas onde há a impressão que tu e dezenas de colegas parecem estar equivocados. Não se pode creditar feito tão espetacular ao que vocês me consagram. Há, numa leitura do sumário e de alguns capítulos, superestimações. Vocês não estarão se expondo na comunidade acadêmica querendo dar uma visibilidade equivocada? Não há um forçar a barra na construção de herói balofo? Não sei o que fazer; me faço expectante.”

Levei um janeiro para maturar a proposta dos colegas do câmpus de Uruguaiana da Unipampa. Conversei com alguns dos autores. Abracei a proposta. Primeiro pensei no exaustivo trabalho ao qual se dedicaram tanto pesquisadores, em tempos pandêmicos, durante quase um ano. Li, mais vagarosamente diferentes capítulos. Surpreendi-me: mestres, doutores, mestrandos e doutorandos de um amplo espectro de várias áreas das Ciências, se fazendo arqueólogos. Este souberam encontrar e lapidar textos, que eu nem lembrava mais.

No dia 13 de março de 2021, data que completei 60 anos de professor, o livro, que fora anunciado em dezembro de 2020 foi lançado. desde o câmpus de Uruguaiana da Unipampa, ainda em suporte eletrônico. O evento teve dimensão nacional com a celebração da data marcada pela apresentação de um Festschrift que a Wikipédia diz serO termo em língua alemã Festschrift, na Academia, se refere a um livro que homenageia uma pessoa influente ou reconhecida, especialmente um pesquisador. Geralmente é lançado enquanto o homenageado é vivo. O termo pode ser traduzido como "livro de homenagem" ou "livro de celebração". Um Festschrift contém contribuições inéditas de colegas do homenageado, podendo incluir seus ex-alunos. Geralmente é publicado na ocasião da aposentadoria do homenageado, ou quando ele completa certo tempo de carreira (trinta anos ou mais)”.

Meu momento se fez celebração nacional. Foi festa com protocolos próprios de tempos em que comemorávamos a Vida, há um ano em isolamento social. Chorávamos também nossos mortos. O Covid-19, nesta data, já levara a óbito quase 300 mil brasileiros. Ainda, sofridamente vimos ver este número ascender a quase um milhão.

O entardecer do sábado 13 de março, no momento que, há exatos 60 anos, eu dava minha primeira aula (de matemática) no 3º ano do curso científico do Colégio Jacob Renner, em Montenegro RS, vivia, já como um octogenário, uma celebração inenarrável. Colegas da Unipampa não fizeram apenas um muito original organizaram surpresas no amealhar depoimentos de mulheres e homens que foram parceiros de minha sexagenária e jubilar caminhada. As organizadoras da live jubilar conceberam um cosmos heliocêntrico onde o livro era um sol ao redor do qual orbitavam múltiplos planetas, que se transmutavam em atrações que agrandavam o livro. 

O momento foi tão emocionante que se fez indescritível. Registro o endereço onde é possível (re)viver a história de um momento dos mais emocionantes e gloriosos de meus sessenta anos de professor: https://www.youtube.com/watch?v=Q_sA5eSRcis 

Semanas depois iniciou a circulação do livro em suporte papel. É oportuno dar um destaque à original capa: eu em frente do mural existente no diretório acadêmico da Química no câmpus de Guamá da Universidade Federal do Pará.  Também me abstenho no fazer uma peroração acerca da preferência de muitos leitores pelas edições em suporte papel, se comparada com a versão digital. Só não poder ler as lombadas quando os livros estão em prateleira… para mim já é um algo mais no  preferir livro em papel.

3º Colégio Israelita Brasileiro: revertendo ações significativas Para o registro de recordar memórias deste terceiro segmento aposso-me de excerto da edição do blogue de 21/10/2022 Na noite de ontem, acompanhado de minha filha Clarissa, vivi no Colégio Israelita Brasileiro, momentos  emocionantes. Desde 21 de setembro, quando recebi convite (narrado na edição de 23/09/2022) para em 20 de outubro participar de solenidade incluída na celebração do centenário do CIB, fiz imaginações sobre o que seria, depois de 30 anos, retornar à escola na qual, nos anos 1965/1966, fora professor de química e em 1993 fora diretor. O convite era pertinente ao 2º segmento. Vez ou outra, dizia que se deste período um dia se fizer referência ao meu nome  a menção seria “Chassot, o breve, não durou seis meses!”

Ontem reescrevi a minha leitura da única experiência enquanto ser Diretor de Escola. 

Os 30 dias, entre o convite e a noite de ontem, oferecem memória para páginas de relatos. Todavia, narrar o foram os reencontros da noite de 20/10/2022 poderiam produzir um livro. Não evoco nomes pois correria riscos de omissões. Resumo com a mais afetuosa síntese: foi uma noite inefável! Encerro este blogar com o texto que está no mimo que me foi obsequiado.  No ano de seu Centenário o Colégio Israelita Brasileiro homenageia Attico Chassot por sua inestimável contribuição na Direção da Escola, você fez toda a diferença! Outubro 2022 Estas poucas palavras realmente reescrevem minha contribuição enquanto diretor do CIB.

CHASSOT, Attico. Uma tentativa (mais uma vez não bem sucedida) de migrar da utopia para realidade. Relato do período que o autor foi Diretor do Colégio Israelita Brasileiro. Cadernos UNIJUÍ, Série Educação 03. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 1995.

Acima a referência do texto que escrevi acerca do meu estar diretor de uma escola por uma única vez.

4º Em memória da presença dos educadores que fazem Histórias Esta já terceira edição do blogue em Novembro 2023 se agranda mais que desenhara. Espraiei-me demais. Não falei da proposta da Jane e do Antônio em amealhar saberes primevos para deles fazer saberes escolares. Também Religião e Ciência: são uma comparação necessária, pois dentre os seis óculos (senso comum, sabores primevos, pensamento mágico, mito) antes trazidos, estes dois são aqueles que mais podem distorcer leituras. 

Fiz na minha fala na inauguração do nosso memorial a defesa do livro suporte papel. Ainda sofro com editora fez distrato do contrato editorial do A Ciência através dos tempos. Minha defesa do livro não tem um tom saudosista: Como é bom sentir o aroma quase sensual de estar com um livro em uma rede! Defendo “a qualidade da leitura”. É complexo fazer adjetivações. Aceito que esteja laborando em preconceitos. A leitura em suporte papel parece mais introspectiva e densa; em oposição a uma leitura em suporte eletrônico, que se afigura como volátil e ligeira, marcada pela rapidação. Uma soa como especulativa ou reflexiva; outra, volátil ou grácil. Ratifico minha aceitação que esteja fazendo uma leitura preconceituosa. 

Não quero parecer saudosista, mas advogo ao livro, em sua essência, como um significativo construtor de saberes. Nisso ele está num crescendo (na acepção musical de um aumento gradativo): Informação (como a fornecida pelo Google) < Conhecimento (dado pela Wikipédia) < Saberes. Já sonho um curso, que até já tem título: A arte de escrever Ciência com Arte. Sonho meu? Sim! mas é factível. Aguardem e verão.