TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

29.- Depois de muito tempo, mais uma vez em Ijuí

ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3211

Depois de alguns anos, estou mais uma vez em Ijuí. Cheguei às primeiras horas de hoje, depois de viajar mais de 6 horas de ônibus, quase 500 hm. Houve um tempo que estava fortemente ligado academicamente à Unijuí e isso me trazia aqui com frequência.
Antes de viajar participei de uma banca de qualificação da doutoranda Cristiane Beatriz Dal Bosco Rezzadori da Universidade Estadual de Londrina com a proposta de tese EDUCAÇÃO QUÍMICA PELO OLHAR DE REDE LATOURIANO orientada pelo Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira, que foi meu orientando de doutorado. Foi um excelente aprendizado.
Mesmo tendo espaçado contatos presenciais, Ijuí, e particularmente sua universidade e nesta, mais especificamente, a Editora Unijui estão no meu cotidiano. Ainda hoje, de meus seis livros circulação, três são da Editora Unijuí: Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação, Memórias de um Professor: Hologramas desde um trem misto e Para que(m) é útil o ensino?
Mas, detenho uma histórica com esta editora: Meu primeiro livro solo — A Educação no ensino de Química — foi editado aqui em 1990. Este foi dos primeiros livros de Educação Química publicado no Brasil. Há os que podem referir e aqui me aproprio de uma metáfora de Bruno Latour que me envolveu nos dias próximos por estar envolvidos na banca de qualificação de doutorado antes referida, assim como dizemos que sorvemos um vinho da safra tal, há os que leram chassot 1990. Antecipo que, ainda em outubro, haverá chassot 2016.
Outro livro há muito fora de circulação editado pela Unijui foi o Catalisando transformações na Educação, que teve três edições, sendo a primeira em 1993. Trago as capas dos dois que certamente a alguns trará evocações.

Acerca de minha agenda aqui, transcrevo excertos do convite que recebi, ainda em agosto:
[...] Com grande satisfação, estamos convidando-o a atuar como Palestrante Convidado na 2ª MoEduCiTec (MOSTRA INTERATIVA DA PRODUÇÃO ESTUDANTIL EM EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA - O PROTAGONISMO ESTUDANTIL EM FOCO). [...] A Programação do evento inclui uma Palestra, que será realizada no dia 29 de setembro de 2016, no turno da manhã. E é para proferir essa Palestra que, com grande satisfação, estamos enviando este convite para você.  Na expectativa de podermos contar com o seu aceite ao nosso convite, informamos que ela tratará do tema: "Relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente na Educação". Outrossim, a MoEduCiTec é um evento que está articulado com a Programação de outro evento, mais amplo, o "Salão do Conhecimento da UNIJUÍ" e, por isso, nosso convite, em nome da Reitoria da Unijuí, é, também, para você proferir essa mesma Palestra para outro grupo de participantes, no turno da noite, no Salão do Conhecimento.  Assim, nosso convite é feito na perspectiva de que você venha para atuar em duas sessões, mas fazendo a mesma Palestra, em dois horários, para dois públicos diferentes. No turno da manhã o público é composto por estudantes e professores da educação básica. No turno da noite o público é oriundo do meio acadêmico, todas as áreas, cursos ..... 
Está explicado o que me traz, com muita alegria, à Ijuí.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

26.-Boas e más razões para acreditar


ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL emwww.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3210

Na semana que passou, em dois momentos, citei a excelente carta* que Richard Dawkins (26MAR1941, Nairóbi / Quênia) envia a sua filha Juliete, quando ela faz 11 anos. A primeira citação, em uma das falas na UFSC, Campus Blumenau e a outra em seminário do Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA. Provavelmente a citarei, uma vez mais em uma das falas que terei nesta quinta-feira na Unijui.
A carta está no livro O Capelão do Diabo (São Paulo: Companhia das Letras, 2005) e nela o pai mostra à filha, boas e más razões para acreditar, destacando o que se acredita marcado pela Tradição, pela Autoridade e pela Revelação.
O texto se encerra assim: [...] E, da próxima vez que alguém lhe disser que uma coisa é verdade, por que não perguntar: “Que tipo de prova há para isso?”. E, se ela não puder lhe dar uma boa resposta, eu espero que você pense com muito carinho antes de acreditar em qualquer palavra daquilo que foi dito, de seu querido Papai
Lembrei-me de Dawkins ao ouvir procurador pregador-batista a acusar por que ele acha, mas não tem provas. Ele certo nunca leu o renomado darwinista, pois o bom moço do PowerPoint deve ser daqueles que acredita, mesmo não tendo provas, nas digitais do criador presentes no barro que ele usou para moldar Adão.
*Esta carta está disponível em vários sítios na rede. Por exemplo, em: http://www.culturabrasil.pro.br/dawkins_to_juliet.htm.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

21.- Inaugurando a Primavera em Blumenau

ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3209

Nesta quinta-feira inauguro a Primavera com atividades no UFSC no campus de Blumenau, em dois eventos distintos. Antes de trazer informações de um e outro de meus fazeres, quero desejar a meus leitores uma florida e agradável primavera. Àquelas e àqueles que me leem e vivem do Hemisfério Norte faço votos de um radioso outono.
 À tarde tenho atividades no Programa de Formação Continuada  - PROFOR onde no curso "MOVIMENTOS CURRICULARES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: (DES)CONTINUIDADES" desenvolverei o tema  -  História e filosofia da ciência catalisando ações indisciplinares, por convite da Profa. Dra. Zenira Maria Malacarne Signori
À noite estarei ministrando um seminário no III Semana Acadêmica das Licenciaturas da UFSC Blumenau, convidado da Profa. Dra. Ana Carolina Araujo da Silva.
Nesta segunda-feira ocorre o lançamento do Paedagogica Farmacopoeia de meu colega e amigo Guy Barros Barcellos. Impossibilitado de estar no evento, já me comprometi com o Guy — e ratifico publicamente aqui — trazer brevemente uma resenha. Pelo anúncio ao lado é possível prever desafios que o livro há de trazer à Educação, em tempos que se busca uma Escola sem mordaças.

domingo, 18 de setembro de 2016

18.- Em tempos de turbulências globalizadas


ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3208

Na última segunda-feira, houve a quarta conferência da edição deste ano do Fronteiras do Pensamento. Tivemos o privilégio de ouvir, então, a reconhecida intelectual francesa, Elisabeth Roudinesco, uma das maiores especialistas em história da psicanálise. Ela transformou a complexa doutrina freudiana em matéria-prima para best-sellers, como a História da Psicanálise na França. Biógrafa de Jacques Lacan e de Sigmund Freud, a intelectual francesa acredita que a psicanálise deve evoluir no mesmo ritmo das mudanças que transformam o mundo.
A grande virada dos tempos contemporâneos, marcados pela crise da democracia e do individualismo, foi a temática central da conferência. Roudinesco se disse “pessimista por inteligência e otimista pela vontade. A inteligência acompanha frequentemente o pessimismo. Porque toda forma de reflexão digna desse nome supõe que a gente adote uma distância crítica em relação à realidade e que não se deixe enganar". No entanto, segundo Roudinesco, o perigo está em permanecer no pessimismo da inteligência e considerar que apenas o mundo do passado era melhor. “Dessa forma, a gente se condena a nenhuma vontade de agir para mudar o curso da história. E substitui o pessimismo da reflexão por uma aversão."
A grande virada seria, assim, a morte de algo antigo que ainda não foi substituído pelo novo. A atualidade é marcada pelas turbulências globalizadas que ameaçam a Europa com desvios totalitários, pelo descrédito na política tradicional e pelo sentimento de perda de representação social. Há um crescente anseio por mudanças, mas de rumo incerto.
Luciana Thomé produziu um bem elaborado resumo da conferência em www.fronteiras.com/resumos

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

14.- A Ciência é masculina? É, sim senhora!

--
ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3207

Nesta quinta-feira vou pela terceira vez a UFPR-Litoral em Matinhos, no Paraná, para atividades instigado pelo mote: A EDUCAÇÃO é a nossa praia.
A UFPR Litoral, Setor da Universidade Federal do Paraná, promove a educação superior no litoral do Paraná visando o desenvolvimento humano e local. Instalada em Caiobá, no município de Matinhos, suas ações chegam aos sete municípios litorâneos e se estendem ao Vale do Ribeira, regiões que historicamente foram desacreditadas e ainda apresentam grande fragilidade social e econômica. O projeto UFPR Litoral se tornou viável pela parceria entre a Universidade Federal do Paraná, os Governos Federal e Estadual, com o apoio das prefeituras locais.
Vou participar da II Semana Acadêmica de Licenciatura em Ciências e da I Semana Acadêmica de Licenciatura em Educação do Campo com Ênfase em Ciências da Natureza que está ocorrendo no período de 12 a 16 de setembro. Na noite desta quinta-feira faço uma de minhas palestras mais polêmicas e também das mais solicitadas: A Ciência é masculina? É, sim senhora! Já a proferi em praticamente todos estados do Brasil e em outros seis países. O livro homônimo — que subsidia minha fala — lançado em 2003 e no ano passado começou a circular a 7ª edição atualizada.
Partindo do princípio de que não somos sociedades machistas por acaso, são analisadas três vertentes que nos constituíram como humanos no mundo ocidental: a grega (os mitos e a filosofia), a judaica (cosmogonia e a torá) e a cristã (Apóstolo Paulo e outros doutores da Igreja Cristã). Discute-se as (des)contribuições destas três raízes que nos fizeram assim. A Ciência não é uma exceção e também a filosofia, a arte, a religião e o esporte evidenciam marcas machistas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

09.- Cenas que sabem Temer


ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3206

Notícia dos jornais nesta sexta-feira: Os contratos de trabalho poderão passar a ser feitos em horas, com jornadas diárias de até DOZE horas...
... enquanto isso, eis o cotidiano de um lar brasileiro desde o macabro 31/AGOSTO/2016.
******
********
***********
***************
*******************
Vale ouvir e divulgar a homilia de Dom Angélico Sândalo Bernardino na Missa de 07 de Setembro de 2016 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

08.- Alfabetização científica ou Letramento Científico

ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3205

Nesta quinta-feira vou a São Paulo para participar do 5º Congresso de Pesquisa do Ensino do SINPRO-SP (http://www.sinprosp.org.br/conpe5/) com o tema Física e Química na escola e na academia: o desafio interdisciplinar. Minha inserção no evento será à tarde na Mesa-Redonda “O letramento para a área de Ciências”. Dividirá a mesa comigo a Profa. Dra. Otília Lizete Martins Heinig (FURB).
É a primeira vez que participo de uma atividade promovida pelo SINPRO —Sindicato dos Professores de São Paulo que representa os professores do Ensino privado, desde a educação infantil ao ensino superior do Município de SP com aproximadamente 25 mil professores sindicalizados. O SINPRO SP acredita que além de cuidar das questões trabalhistas e de organização política, compete-lhe promover a atualização e a reflexão dos professores é também um meio de garantir melhores condições de trabalho e de qualidade da educação brasileira.
Não vou teorizar, nesta tarde, acerca de duas opções de termos para o que é título desta mesa: Letramento científico ou Alfabetização científica. Já, há um tempo (Chassot, 2003), fiz essa discussão optando pela segunda expressão. Quando da primeira edição do Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação (Chassot, 2000) definia em capa de livro, que este ano teve a sua sétima edição, minha opção.
 Assinalo que reconheço a autoridade dos que optam pela primeira alternativa e afirmo: a mesma não me desagrada. Minha opção é apenas marcada pela consagração do uso da segunda.
Vou partir de uma continuada questão: O que é Ciência, afinal?  Arvoro-me em responder em duas linhas: A Ciência pode ser considerada como uma linguagem construída pelos homens e pelas mulheres para explicar o nosso mundo natural. Há três definidores cumulativos para respondermos o que Ciência no enunciado apresentado: 1) é uma linguagem, como é, por exemplo, o Português, Libras ou a Música; 2) é um construto humano, muito mais feito pelos homens, que pelas mulheres como se mostra em Chassot (2015) ao se examinar os DNAs que nos constituem culturalmente; 3) há uma finalidade explícita: para ler o mundo natural, isso é facilitar nossa compreensão do Planeta onde vivemos e contribuir (ou até facilitar) para que as modificações que nós fazemos no mesmo sejam para melhor. No sítio referido minha fala está mais detalhada.
CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação. Ijuí: Ed UNIJUÍ. (1ed 2000, 438p.) 7ed. 2016, 344p.
CHASSOT, Attico.  Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 22, p. 89-100, 2003
CHASSOT, Attico. A Ciência é masculina? É, sim senhora!  São Leopoldo: Editora UNISINOS. (2003 1ed) 7ª. ed. 2015. 148p. 

sábado, 3 de setembro de 2016

03.- Um sonho: ser bibliotecário


ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3204

Escrevi aqui, em maio, que Erico Veríssimo ao referir a sua procedência, quando no exterior, dizia“Venho de Porto Alegre, uma cidade que tem uma orquestra sinfônica!”. Quando em 2002 vivi na Espanha, em tertúlias referia: “Venho de uma cidade que sedia o Fórum Social Mundial!” Agora, orgulho-me ao dizer: Sou de uma cidade que promove o Fronteiras do Pensamento!”
Pois, na última segunda-feira, um dos dias mais aziagos que vivi, houve a terceira conferência da edição deste ano do Fronteiras. Foram momentos balsâmicos em um dia de agruras. Fomos aquinhoados com a douta exposição Censores em ação – Como os Estados influenciaram a literatura de Robert Darnton, que voltava à Porto Alegre, depois de 10 anos, quando esteve na edição inaugural do Fronteiras. A conferência foi excelente em termos de forma e de conteúdo, pois evidenciou resultados de extensas e densas pesquisas.
Na apreciada aula, cujo texto está na integra em www.fronteiras.com/resumos Darnton evidenciou que uma análise requer uma grande quantidade e variedade de documentos, para chegar ao comparativo desejado. Para exemplificar, o bibliotecário da Harvard trouxe três estudos de casos de censura com análises etnográficas e história comparativa: França no século 18, Índia no século 19 e Alemanha comunista no século 20. Três exemplos bem distintos e que mostram como a literatura dessas épocas foi afetada pelos censores
Após a exposição dizia que precisava semanas de férias para sorver os livros que adquirira naquela noite. Agora, já tenho definido algo: se outras vidas me forem oferecidas já sei a profissão que desejo em uma delas: bibliotecário e vou querer lecionar a disciplina: a História do livro. Sou expectante.