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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

27.-Attico Chassot indicado ao Prêmio Educação RS 2019




ANO
 14
AGENDA 2019
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EDIÇÃO
3350
Esta tarde, antes das 14h, parto de Marabá rumo Belém, Belo Horizonte, Campinas para chegar em Porto Alegre no começo do sábado.
Hoje o blogue traz uma noticia excepcional: Attico Chassot indicado ao Prêmio Educação RS 2019 é um dos três candidatos na categoria profissional. Uma situação original: também é um dos selecionados o meu muito querido amigo Guy Barcellos.
Dentre os indicadores de meu nome, honra-me ter sido indicado por Prof. Me. Leandro Rosa Camacho, Conselheiro do CRQ-V e Presidente da Associação Brasileira de Química/RS e pelo meu colega Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, que elaborou um alentado dossiê, do qual trago alguns excertos, a seguir:
Sem nenhum constrangimento ou inibições sinto-me a vontade e porque não admitir, honrado e orgulhoso pela oportunidade de apresentar e expor à comunidade educacional um educador que poderia ser avaliado pela sua conduta pessoal, como cidadão ético e socialmente responsável. Contudo, para além do que se espera de um ser humano digno dos atributos de humanidades, trata-se aqui de enfatizar o sentido de sua obra científica, como pesquisador e docente, como um contributo imensurável à educação, à ciência.
 Ao verificar a obra do professor Attico Chassot pode-se perceber seu profundo compromisso social, sua militância científica e educacional comprometida com as lutas sociais, com os elementos ontológicos que sustentam o idearia de uma visão de mundo plural, progressista, humanitária e democrática. Sua obra rompe com a ciência revestida da pretensa neutralidade, constituindo-se em um verdadeiro intelectual orgânico. Seus saberes emanam das investigações da vida social real, desdobram-se em possibilidades mutantes para os atores sociais que buscam a qualidade de vida e a construção de um mundo melhor possível. Seus trabalhos, porém, não são "manifestos panfletários", ou "discursos de palanques", mas produtos da pesquisa criteriosa, científica, com teorias e métodos pertinentes à complexidade do conhecimento e ao mesmo tempo disponíveis a processos de formação de uma educação libertadora e emancipadora. A singularidade de sua obra, entre outras questões, é constatada na articulação de quatro dimensões que são essenciais à Educação, ou seja: a investigação científica, a docência, a relação dialógica com a Educação Básica e com os movimentos sociais.
 Essa caracterização pode ser comprovada ao lume do exame de alguns dos seus principais trabalhos. Podemos destacar como uma referência pioneira na área de alfabetização científica, com extenso uso em licenciaturas e pós-graduações Diálogos de aprendentes, que é reconhecido como um de seus melhores trabalhos a serviço da Educação. Suas contribuições qualificam sua postura filosófica ao articular humanidades com as chamadas "ciências duras", visto que sua licenciatura em Química foi seguida de mestrado em Educação e depois o doutorado em Educação (este realizado quando já era Professor Titular aposentado na UFRGS) e a sua obra tem essa marca.
A votação será realizada apenas por sócios do SINPRO RS por voto eletrônico, cujo acesso ao formulário de votação será realizado por meio de link enviado aos professores sócios do Sinpro/RS pelo sistema de newsletter (sinprors@sinprors.org.br) podendo o professor sócio votar em uma ou mais categorias, somente uma vez.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

20.- Laudato Si’ clama para cuidarmos do Planeta Terra




ANO
 14
AGENDA 2019
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EDIÇÃO
3349
Não que me falte assunto, esta blogada escrita em Marabá, quase ao término da primeira das duas semanas setembrinas aqui, exige -- como prelúdio – que traga excertos do posfácio da edição anterior (20/9):
Como posfácio: esta manhã, quando na Academia anunciava minha ausência, por duas semanas, perguntado para onde ia, disse: para a Amazônia, ajudar a apagar as queimadas. Minha afirmação não era/é metafórica. Na fala que fiz ontem, para cerca de 100 pessoas no IFRS Porto Alegre, incluí como prelúdio comentários acerca da Encíclica Laudato Si’ como antidoto às políticas ambientais e indígenas do atual governo. Busco mostrar que Papa Francisco, num dos mais lúcidos documentos acerca do cuidado de nossa Casa comum, nos alertava já há quase cinco anos. Neste segundo semestre já preludiei a Laudato Si’ em mais de uma dezena de palestras em vários estados brasileiros. Esta é uma das ações para ajudar a apagar incêndios. Tenho deixado como tema de casa: estudar a Laudato Si’. Eis uma excelente dica para este fim de semana.
Não imaginava a extensão do que eu propunha tinha um muito significativo sentido adverso. Pela primeira vez, em 13 anos de blogares sentia-me só. Precisava de ajudas. Pedi. Na noite de domingo postava um ‘help me’ dirigido a alguns amigos e amigas, especialmente amazônidas.
Minha amiga!/ Meu amigo!
Descalço-me! O solo que piso é sagrado! Estou em Belém. Venho de Porto Alegre, via Viracopos rumo à Marabá. Estou um pouco sem chão!
Desde 2015 tenho usado a Laudato Si' como o melhor texto acerca dos cuidados da nossa Casa comum! Desde julho deste ano, tenho trazido excertos da mesma encíclica como prelúdio de minhas palestras. Apoio o Sínodo Pan-amazônico!
Trago a Laudato Si' como antídoto à política ambiental do Bolsonaro, especialmente na Amazônia, com mineração destruidora de terras indígenas. Agora para alguns estou no caminho errado.
A TFP e o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira estão fazendo do Papa Francisco um anti-Papa. Dizem ser um demoníaco maçom argentino. Ensinam Bergolio estar pregando uma nova religião índia vinda da Amazônia. Mesmo não sendo um fiel da grei onde o Papa Francisco é o pastor, reconheço nele um dos mais preparados líderes mundiais
Peço opinião. Peço ajuda!
A ajuda não tardou. Recebi muita solidariedade. Vou trazer uma pequena amostra. Há mensagens na qual se fez verdadeiros tratados. Não as posso trazer aqui, não apenas pela extensão, mas por conterem afirmações das quais não tenho autorização para publicar.
LICURGO (UFPA Belém PA) Meu caro amigo. Estamos enfrentando uma das mais devastadoras políticas anti-humanas, braço nacional brasileiro, que está assolando dendriticamente o planeta. É certo que um papa humano e politicamente consciente, no sentido grego, não poderia escapar a essa ofensiva. Resistamos com nossa voz serena e firme. Vai passar! Não tão rapidamente, mas vai passar! Meu forte e afetuoso abraço.
SÍLVIA (UFPA Belém PA) Gostaria de poder te dizer que isso logo passa, mas tenho a impressão que ainda vai piorar muito antes de melhorar.
Conceição & Carneiro (UFPA Belém PA) Querido professor Chassot, bom dia! No desjejum de ontem, conversamos sobre tuas inquietações matutinas.
1. Sobre o uso da Laudato Si' como antídoto à política ambiental do desgoverno Bolsonaro: penso que o cerne da encíclica é bem representativo de uma posição política que desejas expressar.
No entanto, trago uma reflexão: embora eu respeite o fato de escolheres o pensamento de um líder da religião católica para ilustrar tuas palestras, pergunto-me se não seria o caso de diversificar, afinal, nem és católico (ainda és agnóstico?). Não fará mal mencionar, vez por outra, o pensamento de um líder evangélico, por exemplo, ou de um indígena ou de um islâmico. Isso ajuda a passar a mensagem de nem todo evangélico é fundamentalista, nem todo evangélico é de direita, nem todo islâmico é terrorista, e que nem é só o cristão ou católico que são sensíveis aos problemas do planeta. Nossas turmas de Pedagogia aqui em Belém, a maioria é evangélica (pentecostal ou neopentecostal), mas ouvi depoimentos bem críticos contra o machismo pregado pelas igrejas. Penso que temos, também, o dever de catalisar transformações para desconstruir as aversões às religiões de matriz africanas, os estereótipos generalizado contra os evangélicos e o islamismo.
2. Sobre a TFP e ideias do seu mentor (Plínio Corrêa de Oliveira), expressas pelo Instituto de mesmo nome, em contraposição à postura progressista do papa Francisco: eles estão sendo coerentes. Não se deve esperar que aplaudam as ideias do papa Francisco, seja em relação à diversidade religiosa (neste caso, respeito à religião de matriz indígena), seja em relação à diversidade sexual. Tens preocupação com a posição desse Instituto? Penso que não deves dar ouvidos. As postagens do presidente nas redes sociais possuem repercussão de maior impacto (embora fortaleçam esses e outros conservadores).
Dúvidas:
a) os que te julgam no caminho errado o fazem por serem contra o Sínodo Pan-Amazônico? Ou por serem contra a posição do papa em defesa do planeta Terra? Ou pela menção e respeito por parte do papa às religiões dos povos da floresta?
b) Por que te sentes sem chão? Por esse conjunto de inquietações? Era isso. Não sei se ajudei ou te tirei mais um pedaço do chão. Não sei se tirei ou botei mais inquietação. Grande abraço
EDNI (Metodista Porto Alegre) Grande Chassot, Vi o teu grito na madrugada e resolvi meditar para responder:
a) a posição que tenhamos sobre qualquer assunto - é a melhor . . . pelo menos para a gente.
b) é confortante quando convivemos com pessoas ou grupos com pensamentos assemelhados aos nossos. (Respeitando-se o livre pensar dos outros).
c) estar com o Papa Francisco é uma boa companhia para nós que vemos o mundo além dos nossos umbigos e, principalmente, comprometidos com o dizer "o que fizerdes aos meus pequeninos (pobres) - a mim o fizeste".
d) de resto: é muita paciência e choro silencioso, pois poderíamos ter feito melhores opções para este nosso país diante do que está aí! VAMOS EM FRENTE . . .
GARIN (Teólogo Metodista Porto Alegre) Tenho o Papa Francisco em alta conta. Suas ações têm desestabilizado os setores conservadores da Igreja Católica. Imagino a pressão política que ele deve estar recebendo. Claro, tudo isto se preta a maledicências e mentiras (agora chamadas de fake news). Não tenho informações sobre a predileção do Papa Francisco pelos maçons. Acredito que isso não procede. Entretanto, acho que tanto faz. Conheci vários maçons com mente muito aberta e de esquerda.
Minha humilde opinião: continua palestrando a favor do meio ambiente com sustentação na Laudato Si’ que vais estar bem amparado enquanto base acadêmica.
Obrigado a cada uma e cada um que respondeu a meus rogos. Estamos num dos caminhos que parece certo aos meus pares. Assim, vamos em frente.
Há vídeo muito bonito que circula no WhatsApp sobre o Sínodo Pan-amazônico que traz momentos de religiosidade índia sincrética com rituais cristãos que incomoda a alguns. Eu não consegui inserir aqui. Aceita-se ajudas.


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

13.- Não se faz visitas como antigamente



ANO
 14
AGENDA 2019
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EDIÇÃO
3348
Há quase um senso comum de que falas que começam “No meu tempo não era assim... ou no meu tempo era melhor...” são de saudosista alienados ao mundo hodierno. Eu discordo. Eu sou dado a comparações acerca das transições culturais não apenas para entender os mais jovens, de maneira mais especial meus filhos e netos e meus orientandos, mas, mormente a mim mesmo como indivíduo em uma sociedade em mutações. Percebo um leitor murmurando: mormente é coisa de velho.
Meu foco hoje quer ser outro. Gostaria de obter de uma fração de meus leitores uma resposta a interrogante capital: Tu fazes/recebes visitas? O que é uma visita? O dicionário pouco me ajudou na primeira visitação: visita s.f. 1. Ato ou efeito de visitar. Então busquei: visitar – v. tr. 1. Ir ver outra pessoa por cortesiadevercuriosidadecaridade etc. Agora a pergunta: Tu fazes/recebes visitas? ganha mais densidade.
A curiosidade que catalisou o frontispício desta blogada: Não se faz visitas como antigamente surge de viver uma semana de sumarentas visitas. Elas se pareciam com visitas de outrora se comparados com as que se fazem os ‘facefriends’.
Tive privilégio de na terça e na quarta feiras receber a visita do filósofo argentino Enrique Del Percio, que inspirou meus estudos que podem ser sumarizados no que se fez título de palestras e de meu último livro: Das disciplinas à indisciplina.
O Enrique deu exemplo de sua generosidade quando convidado pela UERGS para atividades acadêmicas, antecipou sua viagem à Porto Alegre em três dias para dedica-los a visitação do Alfredo Culeton, um filósofo e psicanalista argentino há muito residente em Porto Alegre e a mim. Ele não via a um e outro acerca de cinco anos. A visita de terça-feira, em um momento nos reuniu os três na Morada dos Afagos e depois, também em companhia da Daiana, uma acadêmica de Direito argentina, ora em intercâmbio na UFRGS, fomos à UNISINOS São Leopoldo. Ali, Enrique e eu, entre outros fazeres, a convite do Alfredo, participamos de mesa redonda com alunos do curso de filosofia. Esta atividade foi uma gostosa maneira de espraiar a visita.
Acerca do privilégio de ter passados algumas horas com o Enrique na quarta-feira, eu poderia resumir num entoar loas por poder fruir estar com um polímata. Tal situação tem dupla leitura: primeira, a oportunidade de se poder inquirir o interlocutor acerca das muitas interrogações que se tem; outra, a oportunidade de reconhecer as próprias limitações e formular planos exigentes de estudos. Momentos como estes devem equivaler a um pós-doutoramento.
Na quarta-feira houve o almoço (quase) mensal que venho mantendo com meu ex-orientando de mestrado Jairo Brasil. Como não havíamos nos encontrado em agosto, as novidades foram muitas.
Para esta sexta-feira havia outro encontro que se prognosticava sumarento, mas meu bi-confrade Ivan Pinheiro (grupo Ciências e Espiritualidade & Clube de leitores da Tag) assoberbado por outros fazeres, deixou de ouvir como, ao participar no mês passado de sessão solene da Assembleia Legislativa de Goiás em homenagem a maçons goianos ilustres, tive, segredado pela Danila, como solenidade exigia, explicado porque tanto se homenageava as cunhadas.
Realmente parece ser importante fazer visitas modelos pré-WhatsApp e assemelhados. Ouso dizer emojis também colaboram para abortar uma escrita menos bárbara. Uma boa sugestão, modelo Del Percio: fazer/receber visitas.
Hoje, ainda que não se rotule como visita, merece um registro muito especial o almoço, no qual minha nora Tatiana e meu neto Pedro celebramos juntos com o André o início hoje de sua 50ª volta ao redor do sol.
Como posfácio: esta manhã, quando na Academia anunciava minha ausência, por duas semanas, perguntado para onde ia, disse: para a Amazônia, ajudar a apagar as queimadas. Minha afirmação não era/é metafórica. Na fala que fiz ontem, para cerca de 100 pessoas no IFRS Porto Alegre, evocando o antigo prédio onde era a loja da Mesbla, incluí como prelúdio comentários acerca da Encíclica Laudato Si’ como antidoto às políticas ambientais e indígenas do atual governo.
 O catastrófico aumento das queimadas é consequência destas atuais políticas. Busco mostrar que Papa Francisco, num dos mais lúcidos documentos acerca do cuidado de nossa Casa comum, nos alertava já há cinco anos. Neste segundo semestre já preludiei a Laudato Si’ em mais de uma dezena de palestras em vários estados brasileiros. Esta é uma das ações para ajudar a apagar incêndios.
Tenho deixado como tema de casa: estudar a Laudato Si’, Basta perguntar ao professor Google e ele levará ao sítio do Vaticano, em Português, com muito boas sugestões de leituras. Eis uma excelente dica para o fim de semana.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

06.- Uma história de como (se) fazer professor(es)



ANO
 14
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EDIÇÃO
3417

Na primeira semana de agosto, participei na Unisinos, Câmpus Porto Alegre, do 17º Simpósio de Educação Química, organizado pela Associação Brasileira de Química. Fui distinguido com o convite para fazer a fala de abertura e me foi outorgado, pelo Coordenador Nacional de Educação da ABQ, Prof. Dr. Jorge Messeder, do IFRJ, Câmpus Nilópolis, o título de Presidente de Honra do 17º Simpequi. Então foi lançado o livro destacado a seguir, de autoria do Prof. Dr. Marcus Ribeiro, coordenador estadual de Educação da ABQ, que me distinguiu com o convite de escrever um prelúdio para integrar ao seu livro.
RIBEIRO, M. E. M. COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química. 1. ed. Joinville: Clube de editores, 2019. v. 1. 295p.
Sempre me acho distinguido quando sou convidado a escrever o prelúdio de um livro. A esta distinção se adita – permito-me lateralmente dizer que uso este verbo em duas acepções distintas: adicionar e tornar (alguém) feliz, ditoso – uma imensa responsabilidade: escreve-se por último aquilo que será lido por primeiro e mais devemos com a apresentação capturar o leitor. Logo, há a imensa responsabilidade de seduzir o leitor, através de um texto preambular. Vivo, assim, neste prefaciar ônus e bônus.
Agora, a generosidade acadêmica do Marcus – sim essa virtude não precisa ser exótica à academia – quis que eu fizesse a apresentação de livro que ele produziu no amealhar duas dimensões que já anunciei no título desta blogada: ele conta como se fez professor e depois descreve como ele faz professores. Nestas duas dimensões do COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química me espraio um pouco.
Acerca da primeira das dimensões o ‘fazer-se’ professor do Marcus vou faltar com a modéstia: há apenas um livro de minha autoria nas referências bibliográficas no livro em prefácio: Para que(m) é útil o ensino? A edição mais atualizada deste livro, que é extrato de minha tese de doutoramento, está no selo Educação Química da editora Unijui, que editou a terceira e quarta edições.
Um único texto meu, dentre mais de 200 títulos de livros e artigos que estão listados no meu banco de auto-bibliografias é referido no livro do Marcus, mais de uma dúzia de vezes configurando-se num dos suportes que o representante da Pesquisa do campus Novo Hamburgo junto ao Comitê Gestor de Pesquisa do IFSul credita para definir o seu fazer-se professor. Assim, não é sem razão que anunciei que na dimensão ‘fazer-se’ professor faltaria com a modéstia, pois realmente tive meu ego inflado.
Para uma conexão entre as duas dimensões: fazer-se professor e fazer professores ilustro com aquilo que está em alguns do subcapítulos do capítulo 4, onde o Marcus mostra como continua se fazendo professor: Capítulo 4 – O que aprendi nessa investigação: 4.1 Os encontros da Comunidade de Prática; 4.2 O que aprendi com os estudantes; 4.3 O que aprendi com professores participantes da Comunidade de Prática; 4.4 O conhecimento apropriado pelos professores com a participação na Comunidade de Prática
Agora algo acerca da segunda dimensão: o fazer professores. Ela está plasmada no título: COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química. As ‘Comunidades de práticas’ são mentefatos culturais que o Marcus apresenta e usa com muita competência.
Assim no subcapítulo 2.3, por mais de 20 páginas o Marcus nos revela as Comunidades de Prática aos leitores, mesmo que neófitos. Neste mesmo excerto conhecemos a estrutura de uma Comunidade de Prática e aprendemos como se portam os participantes do grupo periférico e como ocorre a aprendizagem por meio de uma Comunidade de Prática. Há subcapítulo — o 4.1 — que descreve os encontros de uma Comunidade de Prática para, quase como uma sobremesa, conhecermos como se dá a mediação em uma Comunidade de Prática. Na verdade a sobremesa mesmo está num anexo, de mais de 25 páginas que traz uma sumarenta ‘Síntese das reuniões da Comunidade de Prática’.
Ainda, uma última recomendação: vale apena conviver numa ‘Comunidade de Prática!’ experimente e verás.