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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

28.- Tempos (ex)(in)tensos



ANO
 13
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EDIÇÃO
3371

 

Setembro quase termina. Chegado outubro, em uma semana teremos eleições. Não são poucos os que têm estas eleições, ainda prenhes de interrogantes, como aquelas mais decisivas (talvez, as mais temidas...) da história do Brasil. Já escrevi aqui que é emblemático o cenário: líder inconteste nas aspirações do povo para presidente está preso, por presumível crime ainda não provado e o primeiro colocado dentre os candidatos homologados está hospitalizado por ter sido esfaqueado em uma manifestação eleitoral, no começo deste mês. Hospitalização que o afasta dos debate e assim não mostra que é apenas de extrema direita, mas também de extrema burrice.
Ontem lia na imprensa uma notícia tida como trivial: o General Mourão, candidato a vice-presidente da república recebeu de presente em Bagé um dos relhos usados em março para chicotear manifestantes pró-Lula. Ganhou outro presente uma foto do chicoteamento. Na imagem o candidato com os dois presentes.
Naquele março, uma senadora — agora candidata também a vice-presidente — assim se manifestava, vomitando ódio: “Quero parabenizar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, São Borja. Botaram a correr aquele povo que foi lá levando um condenado se queixando da democracia. Atirar ovo, levantar o relho, mostra onde estão os gaúchos”, disse Ana Amélia (PP-RS).
Nesta semana, em ato pró-Bolsonaro em Recife houve música que compara feministas a cadelas "Dou para CUT pão com mortadela e para as feministas, ração na tigela. As minas de direita são as top mais belas enquanto as de esquerda têm mais pelos que as cadelas", diz o principal verso de uma paródia ofensiva da música "Baile de Favela" que vem sendo cantadas por apoiadores de Bolsonaro.
Declarações de Bolsonaro contra negros, mulheres e população LGBT são “genuinamente aterrorizantes. Vão resultar em mais cabeças quebradas nas calçadas. Mais sangue derramado, mais tortura, mais morte. Mais infelicidade, menos aceitação, mais pais chorando...” disse o ator, cineasta e ativista inglês, Stephen Fry, que entrevistou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e gravou vídeo divulgado nessa terça-feira (25) falando sobre as ameaças representadas pelo atual candidato à presidência.
As agressões de Bagé ou de Recife são dois dolorosos exemplos do panorama eleitoral. Diria minha mãe: são de confranger o coração.
Há, afortunadamente, alguns momentos que fazem contrapontos. Na noite de quarta-feira assisti pela primeira (e única vez) um debate entre os presidenciáveis. O ódio aos recentes governos do PT faz alguns presidenciáveis espumar de raiva. A esta virulência, Haddad, com muita competência (e não sem elegância), mostrou como diferentes programas sociais e com a expansões das universidades e dos institutos federais até “o filho do pedreiro pode virar doutor!” Por exemplo, o Prouni concedeu já 2,5 milhões de bolsas, sendo que enquanto Haddad foi ministro (2005/2012) foram quase 1,6 milhão de bolsas. Ao final da gestão Haddad, o Brasil havia aumentado o investimento público em educação de 3,9% para 5,1% do produto interno bruto. Só isto bastaria para votar no 13, sonhando em voltar a viver em país mais feliz que inexiste nestes tempos temerosos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

21.—Alfabetização científica ou Letramento Científico?


ANO
 13
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EDIÇÃO
33670

 

Um pedido de desculpas: Fiz muitas tentativas. Não sei explicar o porquê sempre o texto se converte todo em letras maiúsculas. Peço que relevem. Se alguém puder explicar, agradeço, ac

PS.: Nos dispositivos móveis parece não ocorrer esta maisuculização do texto; apenas em notebooks. 

Ao encerrar a apresentação da 8ª edição* do Alfabetização científica: questões e desafios para educação, em circulação desde julho — distinguida das edições anteriores pela presença do poético e instigante texto do Prof. Licurgo Peixoto de Brito, da UFPA — pareceu oportuno tentar ensaiar uma resposta a uma continuada pergunta: alfabetização científica ou letramento científico?

Concluo assim a referida apresentação: há um artigo: O que significa alfabetização ou letramento para os pesquisadores da educação científica e qual o impacto desses conceitos no ensino de ciências a ser publicado ainda em 2018 na revista Ciência & Educação (Bauru) — por ser ainda inédito é identificado aqui como Anonimus 2018 — que é significativo na distinção entre alfabetização e letramento.

Para a primeira acepção recorro ao artigo: Alfabetização científica: uma possibilidade de inclusão social (Chassot, 2003). A alfabetização científica pode ser considerada como uma das dimensões para potencializar alternativas que privilegiam uma educação mais comprometida. É recomendável enfatizar que essa deve ser uma preocupação muito significativa no ensino fundamental, mesmo que se advogue a necessidade de atenções quase idênticas também para o ensino médio. Sonhadoramente, ampliaria a proposta para incluir também, mesmo que isso possa causar arrepio em alguns, o ensino superior. Assim, considerar a ciência como “uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo natural” (Chassot, 1993, p. 37). E sabê-la assim nos ajuda a entendermos a nós mesmos e o ambiente que nos cerca.

Acerca do letramento científico, Anonimus (2018) oferece contribuições significativas mostrando que pesquisadores (particularmente os estudos da linguagem) optam pelo uso de “letramento científico” indicando uma tendência significativa de maior inserção em bibliografia dos estudos da linguagem entre os pesquisadores do ensino de ciências que tratam da noção de letramento, além de também ser maior a inserção em bibliografia em língua inglesa que trata de scientific literacy ou de temas correlatos.

É ainda Anonimus que afirma: “No Brasil, o termo “letramento” surgiu na segunda metade da década de 1980, para distinguir o mero aprendizado da codificação da escrita, a alfabetização, do impacto de seu efetivo uso em práticas sociais. No campo de pesquisas em ensino de ciências, no entanto, o termo ‘letramento’ ainda não está muito difundido e predominam, em números absolutos, os trabalhos que tratam de alfabetização científica, embora tenha sido crescente e relevante a contribuição dos pesquisadores que tratam de letramento científico”.

Anonimus também informa: “Attico Chassot (2003) é o autor com maior número de citações entre os trabalhos sobre alfabetização científica. Ele critica o ensino voltado para a memorização de teorias, conceitos e processos científicos como a taxonomia, na biologia, as configurações eletrônicas, na química, ou as fórmulas, na física – tipo de conhecimento, segundo ele, fadado ao esquecimento após as provas de avaliação. Chassot (2003, p. 99) defende um ensino que mostre não apenas os benefícios da ciência, mas também sua face controversa. No entanto, a sua definição do termo que pressupõe a falta de conhecimento científico reflete a visão de que, para esse autor, esse tipo de conhecimento seria o único válido: “ser alfabetizado cientificamente é saber ler a linguagem em que está escrita a natureza. É um analfabeto científico aquele incapaz de uma leitura do universo” (CHASSOT, 2003, p. 91).

Como encerramento, na tentativa de fazer aflorar semelhanças e dissemelhanças entre alfabetização científica ou letramento científico se pode afirmar: “trabalhos que tratam de alfabetização científica e de letramento científico mostram um consenso sobre a importância da abordagem das relações entre ciência e sociedade na educação científica.

 Chassot, 2018 p. 21 a 23.

* CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação. Ijuí: Ed UNIJUÍ. (1ed 2000, 438p.) 8ed. 2018, 360p ISBN 978-85-419-0253-3



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

14.—uma blogada em 4 tempos



ANO
 13
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EDIÇÃO
33669

 

Esta é uma edição tem uma tessitura no mínimo original. Estamos a quase três semana das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O líder inconteste nas aspirações do povo para presidente está preso, por presumível crime ainda não provado e o primeiro colocado dentre os candidatos homologados está hospitalizado por ter sido esfaqueado em uma manifestação eleitoral.
Nesta semana, na terça-feira, houve uma evocação muito significativa: os 17 anos do ataque às Torres do World Trade Center. Parece que este ano as celebrações foram mais comedidas.
Adicionar legenda
Eu evoco aqui o 11 de setembro de 2001, em duas dimensões: primeira do ponto de vista histórico. Se diz que então iniciou o século 21. A imagem que reproduzo — uma das cenas mais difundida — está acompanhada de legenda que merece não apenas reflexão, mas também ações de nossa parte.
Numa dimensão pessoal: afirma-se que todos sabemos o que fazíamos no instante da queda das Torres: Eu tenho uma recordação indelével: minha mãe era sepultada no bucólico cemitério do Faxinal em Montenegro.
Essa edição está sendo redigida e postada em Curitiba. Cheguei a esta cidade na metade da tarde; vim de Sertãozinho via Ribeirão Preto e Campinas. Estou aqui por apreço familiar, que pela sua grandeza merece um registro. Vim para celebrar as bodas de ouro — 50 anos de casados — de minha irmã Tile com meu cunhado Antônio Otelo Cardoso. Realmente, nesses tempos, 50 anos de casamento é uma efeméride rara. Importa muito ser celebrada.
Dentro de mais um pouco teremos uma cerimônia religiosa e depois uma confraternização onde hão de ocorrer sumarento reencontro de familiares e amigos e é com alegria que esse blog faz tal registro.

Em uma segunda-feira, para estar às 7 horas da manhã em Curitiba, procedente de Porto Alegre é fácil de inferir quão começou meu dia. Cheguei em São José dos Pinhais, onde está o aeroporto da capital do Estado fui a União da Vitória
Era a terceira vez que estava Universidade Estadual do Paraná UNESPAR, campus União da Vitoria, onde a noite fiz palestra Assentando óculos para ver o mundo dentro de atividades do simpósio de Química da instituição. Foram momentos emocionantes quando num auditório de mais de 200 pessoas repeti aquele um gesto que acompanha minhas falas nos últimos anos: braço esquerdo levantado, punho cerrado e o grito: fora temer e depois aditar Lula Livre, em mais de dos muitos autógrafos que dei foi solicitado que escrevesse as frases do brado.
Nesta semana, na quarta à noite, quinta e sexta pela manhã, estive pela primeira vez em Sertãozinho em São Paulo. Fui convidado pelo Instituto Federal São Paulo IFSP que tem um excelente Campus em Sertãozinho
Na quinta pela manhã apresentei um minicurso para cerca de 60 pessoas mostrando como história e filosofia da ciência pode catalisar ações indisciplinares. Na manhã desta sexta-feira dei uma palestra "Uma brecha entre o nosso passado e o nosso futuro" para um auditório de mais de duzentas pessoas, com muitos assentados no chão oi em pé. Esta estada em Sertãozinho teve marcas muito diferenciadas.
Eu quero destacar menos detalhes de como as duas falas foram antecedidas e sucedidas por tietagens, autógrafos muitos, e nas duas falas o usual #Fora temer e #Lula livre, mas por algo que fez diferenciado para mim esse encontro e ao destaca-lo busco mostrar como uma viagem pode ter dimensões diferentes: na noite de domingo dia 9 recebi o e-mail que me comoveu e eu transcrevo aqui autorizado pelo seu autor para evidenciar o quanto pode ser diferente estar com colegas. Eis seu texto:
Estimado Chassot,
Estamos muito animados com sua vinda à Sertãozinho. Um grupo de professores do Campus Barretos do IFSP (Barretos fica a 100 km de Sertãozinho) está se mobilizando para participar de nosso evento juntamente com vários alunos das licenciaturas em Biologia e em Química daquele campus.
O prof. João Cascaldi, da área de automação industrial e um dos que querem te conhecer pessoalmente, te apanhará no aeroporto de Ribeirão Preto (RP) e o levará para o hotel em Sertãozinho.
Para a quinta-feira à tarde vou propor uma agenda cultural: Como resido em Brodowski (à 40 km de Sertãozinho), gostaria de convidá-lo para conhecer o Museu Casa de Portinari (https://www.museucasadeportinari.org.br/#). No retorno à Sertãozinho, a profa. Joana Andrade da USP de RP nos pede que passemos na USP para você conhecer o CEIQ - Centro de Ensino Integrado de Química (https://ceiq4.webnode.com/). A USP/RP fica no caminho para Sertãozinho. A Profa. Joana pediu te dizer, caso você não se lembre dela (o que ela acha quase impossível devido sua ótima memória), que: "... fui orientada do Maldaner e fiz a apresentação da reedição do livro "Para quem é útil o ensino..." Fizemos a reserva no hotel Soldera (http://www.hotelsolderainn.com.br/)
Estamos divulgando que você trará livros para venda.
Abraço
Prof. Dr. Paulo Sergio Calefi
Grupo de Pesquisa em Ensino de Química e Formação de Professores Centro de Ensino Integrado de Química Coordenador Institucional do ProfEPT
IFSP - Campus Sertãozinho
As propostas do Prof. Calefi foram realizadas. Foi significativo visitar o Centro de Ensino Integrado de Química e estar mais uma vez no excepcional campus da USP de Ribeirão Preto. Ir a Brodowski e visitar a muito bem cuidada casa de Cândido Portinari.
 Com votos de muito bom fim de semana, concluo esta blogada em quatro tempos dizendo que agora, para Presidente da República é 13!

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

07.-- No dia da (In)dependência


ANO
 13
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EDIÇÃO
33668

 

Esta é uma edição para o dia da (In)dependência deste difícil 2018. A dita semana da Pátria começou em chamas. Senti-me incapaz de blogar sobre o dantesco episódio.
A escolha da foto para esta edição foi complexa. Circulam na rede mais de uma centena. Esta que retrata um heroico pesquisador do museu salvando preciosidades, mesmo que estas representassem apenas uma gota d'água em um oceano parece traduzir algo comovente.
Fiz um convite para quem é autoridade em museus. Seu résumé está ao final do texto para conferir. Pedi que fosse menos gongórico (= rebuscado). Usualmente é desobediente. Ratificou.
Vale refletir com o único amigo museólogo (esse ser de nossa fauna parece que carbonizou antes do Museu Nacional) que eu tenho.
Diatribe precipitada sobre Fogo e Cinismo
Somente hienas seriam capazes de escarnecer frente à tragédia da destruição do Museu Nacional. Vi algumas manifestações cínicas (poucas, porém suficientes para me irritar), menoscabando e minimizando a catástrofe com argumentos descontextualizados sobre a história do prédio. O palácio foi completamente ressignificado trâmite as pesquisas ali realizadas. Era espaço de emancipação intelectual e cidadã, lócus democrático de ampliação de mundos das comunidades que ali frequentavam. Eventuais dificuldades e falhas não invalidam sua relevância. O que vimos foi nossa história ser devorada pelo fogo do descaso, da incúria do estado mínimo sobre o bem comum. Vimos pesquisadores, pessoas como nós, perderem décadas de pesquisas, de vidas inteiras dedicadas ao conhecimento. Vimos educadores perderem uma potente ferramenta de CONSCIENTIZAÇÃO (palavra proscrita pelos esnobes neopatas do pensamento, jacobinos epistemológicos). A todos estes solidarizo-me e comisero-me em sua indizível dor. 
Perdemos soberania, reiterando intenções imperialistas de relegar-nos ao aterro sanitário da história, quintal do mundo, tremedal da geopolítica mundial. Vimos arder em chamas o testemunho do tempo ido, e apesar de não ter sido este tempo como gostaríamos é, inescapavelmente, nossa história. Não há museu que não tenha valor social, mas este, imolado, era Opus Magnum de nossa sociedade. 
Pobre povo, governado por cleptocratas, fascistas e uma elite gananciosa e ignara. Além destes, há esta mínima, porém não inofensiva, submilícia de intelectuais de gabinete, incontornavelmente condenados ao opróbrio, que faz pouco da perda é grei de ressentidos. Em sua necessidade "problematizar" o apocalipse acabam por endossar os algozes. Qual museu hão de ferretear agora estas vespinhas de Academia? Agora que morta está sua Moby Dick, podem fazer sabão com as cinzas, lavar suas mãos e vestes intemeratas e continuar a discursar em seus papers, afinal pdf é à prova de fogo. A ação é antípoda do dizer. Cessou tudo que cantava a antiga musa, pois no vácuo do ar comido pelo fogo não se propaga o som. Miserando país demente.
Entretanto, há resistência. Haverá luta. Há esperança. Viva o povo brasileiro! Vivam os Museus, todos! Viva Mnemosine e suas filhas! Viva o Clássico, o Popular, a Arte e a Ciência. Afinal, como disse Beethoven: "Somente a Arte e a Ciência elevam o homem ao nível dos deuses." 
Vamos reconstruir.
Se nossa sina é empedoclesiana, sobraram as sandálias, e com elas temos um caminho a trilhar.
Um desabafo do Prof. Dr. Guy Barcellos, Acadêmico de Academia Nenhuma
 Résumé oferecido pelo autor
Licenciado em Ciências Biológicas, Mestre e Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela PUCRS. Seus objetivos na pesquisa consistem em estudos relacionados à Alfabetização Científica, à Educação pela Pesquisa e à Divulgação de Ciências. É autor dos livros "Manual de Implantação de Museus Escolares", "Farmacopeia Pedagógica" e de artigos sobre alfabetização científica, epistemologia e docência, museus escolares e bioquímica estrutural em periódicos da área e livros no campo da Educação e da Popularização das Ciências. Ministra palestras, oficinas e minicursos sobre implantação de museus escolares, alfabetização científica e educar pela pesquisa em universidades, escolas e museus no Brasil e nos EUA. Atualmente é Coordenador Pedagógico do OTROPORTO Centro de Cultura e Educação (Pelotas/ RS) e professor-voluntário no Centro de Convívio dos Meninos do Mar - Museu Oceanográfico - FURG (Rio Grande/ RS).
Título da dissertação de mestrado: 
O papel da construção-participativa de um museu de ciências na alfabetização científica dos alunos envolvidos,Ano de Obtenção: 2012.
Título da tese de doutorado: 400 Dias: subjetivações, assujeitamentos e devaneios ontológicos de um professor na escola pública, Ano de obtenção: 2017.
Ligação para acesso ao livro eletrônico do "Manual de Implantação de Museus Escolares: http://files.ensinodeciencia.webnode.com.br/200001222-b4c46b6b71/2013_Barcellos_Manual%20de%20implantação%20de%20museus%20escolares.pdf