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quarta-feira, 10 de abril de 2013

10.- ALVÍSSARAS À EDUCAÇÃO



ANO
7

EDIÇÃO
2443
Este texto é redigido depois de aulas pela tarde e noite com licenciaturas. Futuros professores, na disciplina de Teorias do Desenvolvimento Humano, dedicaram-se hoje a trazidas por escrito de opiniões (muito díspares) acerca do documento da Sociedade Brasileira de Genética (postado neste blogue em 28JUN12) acerca do ‘duelo’ criacionismo versus evolucionismo. Surpreendi-me, com alegria, com a qualidade de alguns trabalhos.
Houve, todavia, espaço para festejamentos. E, estes foram pelo ato da Presidente da República que nesta quinta-feira acrescentou mais um artigo, com dois parágrafos à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Eis a íntegra da sanção presidencial:
A Lei 12.796, de 4 de abril de 2013, sancionada pela Presidente da República, altera o texto da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 para incluir, entre outras questões, no Art. 62, o §4 e o §5 o texto:
 Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública.
§ 2o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior.
Mesmo com sobreposição à legislação anterior e necessidade de regulamentação de especificidades, para a nação isto é um avanço. Para professores, especialmente aqueles que se envolvem com a formação de professoras e professores isto é motivo de júbilo. Alunos de licenciatura — em geral desprestigiados, tem nesta ação motivos de aumento da auto-estima.
Embalo duas de minhas utopias para a Educação brasileira:
a) cada nível se completar em si (a educação infantil não é preparação para o fundamental; este não é preparação para médio; que também não é preparação para universidade.
 2) (uma utopia anarquista, agora levemente valorizada) quanto a exigência de titulação: teríamos doutores ensinando no ensino fundamental; mestres no ensino médio; graduados, nas graduações; sem titulação formal nos mestrados e doutorados.
Renovo o convite que está mais detalhado na edição desta segunda-feira:
Painel PAPA FRANCISCO: GESTOS, INTERPRETAÇÕES e DESAFIOS,
a ser realizado, hoje, 10 de abril de 2013, às 19h, no Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, Auditório Ir. Bruno Ruedell (Bordô) em Canoas promovido pelo Curso de Teologia e pelo Programa de Pós Graduação em Educação.

5 comentários:

  1. Acredito Mestre, que o grande abismo que ainda separa a nossa realidade do mundo dito evoluído é o menosprezo dado pelo nosso governo, e consequentemente pela nossa sociedade mercantil, à carreira do magistério quanto a sua remuneração. Uma pessoa que opta por lecionar o faz apenas por vocação, e em nosso país tambem por abnegação. Conclusão, para ter uma vida próxima da decente,o professor se lança a jornadas geralmente múltiplas somando os parcos salários com um total muito aquém do merecido. E ainda temos um fator interessante neste quadro caótico, o aluno da rede particular é antes de tudo um cliente, e como tal tem sempre razão.
    O único remédio para o homem é a educação.

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Mestre querido,

    que alegria ler este blogue hoje, trazendo boas notícias ao magistério e seus aspirantes.
    Também fico pensando em como seria bom se pudessem os professores do ensino básico graduarem-se em nível de doutorado.
    Mais ainda urge mudarmos a mentalidade de que o ensino escolar é preparação para o vestibular. Já vi escolas transformarem-se
    em verdadeiros "clubes de treinamento de vestibulandos", chegando à afirmar teratologias como ser a 6ª série uma época adequada para começar a treinar os alunos para o ENEM, vestibular etc... O ensino não é (não deveria ser) preparatório de concurso. Esta é uma noção deturpada do que é educação e uma ação perversa de opressão e alienação.
    Continuemos nossa incansável luta. Sonhando um sonho (im)possível.
    Abraços arrebatados,
    Guy.

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  3. PS: Não fosse o pavoroso trânsito da BR116 iria gaudiosamente assistir-te hoje falar sobre Dom Francisco, o bispo de Roma.

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  4. Limerique

    Neste Patropi autoridade enrola
    Para ensino em geral não dá bola
    Mas é hora de acordar
    As mangas arregaçar
    Um país se faz com livros e escolas.

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  5. Mestre Chassot: Novamente a tal da Estatística ( IBGE ) quase 20% das crianças de 4 a 5 anos estão fora da escola,é pelo jeito criar leis é muito fácil,quero ver realmente funcionar. Está na hora de pensar em quantidade e sim em qualidade. Mais um desafio vamos torcer. Um forte abraço Ley

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