ANO
7
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Boa Vista - RR
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EDIÇÃO
2460
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Na madrugada
deste sábado [02h40min (03h40min BSB)] começo voltar por três voos: Boa
Vista/Manaus/Guarulhos/ Porto Alegre, aonde chego pelas 13h.
Ontem pela
tarde estive na UERR para a terceira banca de qualificação. À noite, como
ontem, nos reunimos para comer o que Bela Vista tem de melhor: peixe.
A eleição para minha manhã livre ontem não poderia ser
mais acertada. Visitei, com
Peuris Frank Lau [na foto], o Parque Ecológico Bosque dos Papagaios, um
dos espaços não formal usado para fazer Educação Ambiental. O bosque é o artefato
cultural objeto dos estudos do Frank em cuja proposta de dissertação estive
envolvido aqui.
Em plena área urbana da capital de Roraima — Boa Vista é
uma linda cidade de cerca de 300 mil habitantes —, um espaço verde se tornou um
dos pontos turísticos mais visitados da cidade para caminhadas, prática de
exercícios e, especialmente, lócus de estudos. O lugar fica numa área nobre,
que antes era local de despejo de lixo. Hoje é cuidadosamente preservada pela Secretaria
Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas.
Foi uma visita privilegiada. Para o Frank e a mim
pareceu-nos ser, como há 2.500 anos eram os peripatéticos ouvindo Aristóteles
nos jardins do Liceu. Nossa guia foi a Mestre em Biologia Karuliny Taveira Maia,
uma entusiasmada potiguar, há um tempo encantada com a natureza roraimense. Ela
é a competente diretora do parque, aonde faz educação ambiental. Ouvi-la falar
de animais e plantas é um deleite.
O Parque Ecológico Bosque dos Papagaios abriga em um mantenedouro mais de 40 animais entre
répteis, mamíferos e aves. Todos foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Os animais são alimentados de acordo com cada espécie. As
aves, além das frutas, recebem suplementação com sementes e castanhas. Os
jabutis também recebem ração. Como a área é preservada e mantém a fauna e a
flora originais.
O bosque se tornou objeto de estudos e observações de animais
para acadêmicos. O bosque mantém um programa para receber estagiários [alguns deles na foto com a diretora do
Bosque e comigo] de diferentes cursos e faz palestras para estudantes de
todas as idades.
As árvores do bosque são catalogadas. É
comum ver animais como tamanduás-bandeira, iguanas, corujas e tamanduás.
A árvore que Karol tem como ícone do
parque é o caimbé, [na
foto ela e eu sob um caimbé] acerca da qual trouxe destaques muito
particulares como resistir às queimadas. A Wikipédia complementou-me que o “Caimbé
(Coussapoa asperifolia) é um arbusto ou árvore de até 15 metros, da família das
cecropiáceas, que ocorre na Amazônia. Possui madeira escura, de qualidade,
resina amarelada, lactescente, com propriedades cicatrizantes, folhas obovadas,
grossas, ásperas, flores em capítulos, e frutos de que se faz tinta
pardo-escura”.
Numa produção literária para incentivar às
crianças visitar o parque, Karol — escritora e ilustradora para o mundo
infantil — há um personagem: Senhor Caimbé, o
sábio conselheiro do bosque.
A diretora do
Bosque faz um convite aos que quiserem conhecer uma das pérolas de Boa Vista — http://www.facebook.com/ ParqueEcologicoBosqueDosPapagaios—
sítio onde de maneira continuada ela adita informações acerca de educação
Ambiental. Neste convite também adito votos de um muito bom sábado a cada uma e
cada um.
Agradeço pelo privilégio de desfrutar de sua companhia nesse belo passeio, repleto de descontraídos e despretensiosos ensinamentos.
ResponderExcluirO Brasil é o celeiro do mundo. Se um dia porventura houve um Jardim do Éden, com certeza localizava-se no Brasil. Temos o melhor clima, os melhores frutos, as mais belas mulheres, as mentes mais brilhantes, as mais lindas paisagens, e principalmente, somos um povo de paz. Caso a exemplo de Cuba, fecharmos nossas portas, o mundo dito evoluído é que passará dificuldades.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirNaquele bosque um tanto poético
Karuliny, Frank e mestre cético
Deambulam a pé
Sob belo Caimbé
Se transformam em peripatéticos.